terça-feira, 17 de abril de 2007

Proposta Projeto Escola Oswaldo Aranha

PROPOSTA PARA PROJETO INTERDISCIPLINAR - Prof Milton

2as e 3as SÉRIES ENSINO MÉDIO

E.E. OSWALDO ARANHA

AÇÃO 01 : SIMULADO A PARTIR DE QUESTÕES DO ENEM, VESTIBULARES E CONCURSOS PÚBLICOS



" (...)Pensar sempre será uma afronta.

Ter idéias, compor, por exemplo, é ousar. No umbral da História, o projeto de juntar fibras vegetais e criar a arte de tecer foi uma grande ousadia. Pensar sempre será ."

Com defeito de fabricação - Tom Zé

Justificativa :

A imperativa, urgente e desafiadora necessidade atual que possui qualquer instituição - principalmente ligada a aprendizagem, ensino, pesquisa e cultura - da adoção de posturas e concepções tanto teóricas quanto práticas de caráter holístico, humanista e portanto interdisciplinar.

Atitudes que de alguma forma integrem de forma teórica e prática um conteúdo pedagógico que prime pelas qualidades de suas especialidades, sem no entanto se afastar de um movimento que possua sentido mais profundo de integração das mais diversas unidades em totalidades.

Movimento na contra mão da especialização tecnicista, friamente informatizante, despolitizante, empobrecedora e alienante que todos nós educadores, especialmente hoje, inseridos num movimento de enormes demandas pedagógicas e também humanas, resistentes culturais atentos ou não, no auge da era da cyber ou telealienação , consciente ou inconscientemente corremos o sempre iminente risco de incorrer.

Objetivos :

1- Refletir sobre,enriquecer, integrar, discutir e mesmo melhor conhecer o sentido das relações pedagógicas interdisciplinares( a princípio do período da manhã( outros?) das (1as ?) 2as e 3as Séries) da Escola Estadual Oswaldo Aranha.

2- Proporcionar mais uma experiência pedagógica conjunta e coletiva para alunos, professores, Coordenadores, Diretora e Vices a partir da elaboração, aplicação, avaliação e aproveitamento coletivo da experiência e dos resultados em todas as diferentes disciplinas.

3- Proporcionar aos nossos alunos uma diferente vivência de aprendizagem e avaliação em fina sintonia com a lógica das mais tradicionais formas (provas, vestibulares, Enems, etc) que devem lhes aguardar no decorrer de suas vidas após o término do Ensino Médio.

Realidade cada vez mais influenciada e refém da desumana, onipresente e onipotente lógica da competitividade a qualquer custo - contexto que nos obriga, enquanto educadores, a no mínimo apresentar e possibilitar a nossos alunos algum registro institucional e coletivo semelhante àquilo que de certa forma poderá definir sua vida profissional e social imediatamente após o término de nosso processo, afastando-nos assim da - muitas vezes presente - 'aura' de indefinição e de falta de sentido costumeiramente presente em nossas práticas avaliativas.

4- Proporcionar aos alunos mais um elemento de reflexão sobre as realidades da natureza e função social da produção e veiculação dos conhecimentos e saberes, quando poderemos a partir dos simulados, apresentá-los a materiais (provas, simulados, vestibulares, etc) que testemunhem realidades pedagógicas, culturais e profissionais bastante diferentes daquelas as quais eles já estão habituados como avaliação.

5- Obtenção de mais uma ferramenta que balize o andamento coletivo dos diversos profissionais das mais diversas disciplinas e grupos de alunos, instrumento este que possa servir, para todos os membros da instituição de ensino, de indicador dos mais amplos e diversos movimentos ocorridos no âmbito coletivo.

6- Apropriação de elementos possíveis de apontarem novos fenômenos e conteúdos existentes em nossa prática cotidiana, tantas vezes imobilizada numa lógica que vai negativamente fetichizando e cristalizando conteúdos, práticas e posturas no exato sentido contrário do prazer da descoberta, do novo e do desconhecido.

Movimento que nos leva, a todos sem exceção, ao diário enfrentamento de entraves e resistências dos mais diversas àquilo que pode representar qualquer alteração de 'rituais' pedagógicos e de avaliação - seja por parte de alunos, de colegas e mesmo de nós próprios,- condicionamentos estes, alguns legítimos representantes da tradição meramente reprodutiva (copista e reificadora) instalada desde a própria gênese de nossa sociedade, herdeira direta do autoritário modelo católico jesuíta e inquisidor absolutamente desconectado de qualquer compromisso mais decente de integração, solidariedade e troca com o 'outro' da relação - enquanto ser humano passível de elaboração e reelaboração cultural própria, modelo infelizmente ainda bastante vivo em nosso universo institucional, profissional e social.

Condicionamentos inacreditavelmente ainda hoje fundamentalmente baseados no conhecimento linear e no saber centrado no professor, na 'autoridade' do conhecimento 'imobilizado', 'bancário', quantitativo, 'para o outro' mas nunca 'com o outro' - ou seja, tudo aquilo 'espiritualmente' ainda pouco modificado, apesar de toda a recente e irresistível inundação de novas tecnologias, em mais de quinhentos anos de educação formal no Brasil.

Perniciosa deformação a qual apenas nós educadores - a despeito da mais das mais avançadas das tecnologias da informação - temos a possibilidade, a responsabilidade e mesmo a obrigação política, social e humana de intervir.

Elaboração / Preparação / Aplicação

Quem ?

Sempre todos os professores participarão nas discussões sobre a melhor forma e maneira de elaboração das questões a serem utilizadas e da mais apropriada forma de construírmos os simulados definindo temas apropriados em sintonia com a atualidade e oportunidade dos mesmos em relação aos processos pedagógicos já em andamento.

Assim como também sempre todos os professores participarão em todas as fases do projeto :

Como ?

1 - Elaboração = Escolha das questões a partir do Enem, Vestibulares e Concursos Públicos já realizados.

2- Preparação = Construção efetiva do projeto ( digitação, colagem, configuração de imagens, etc...)

3- Aplicação = Realização efetiva dos Simulados com os alunos ( aplicação das provas em sala de aula)

4- Correção = Processo de avaliação quantitativa dos resultados ( aplicação de gabarito)

5- Aproveitamento dos Resultados = Os resultados terão aproveitamento - no que se refere à 'peso' em relação as notas, importância, visibilidade, divulgação, etc - a ser definido pelo grupo de Professores em reunião de HTPC a partir de critérios convenientes ao estágio em que se encontre o grande Plano Político Pedagógico da Instituição.

Quando ?

A periodicidade e o início destes eventos também deverão ser discutidos de forma coletiva a partir de reuniões de HTPC quando os professores (todos) deverão avaliar e decidir qual ou quais os momentos nos quais os simulados, as avaliações, os aproveitamentos e as reflexões sobre tais processos deverão ser realizados.

Indicadores de Êxito :

A validade da experiência obrigatóriamente será apropriada por todos os professores individual e/ou coletivamente.

Em cada universo de aprendizagem específico de cada disciplina as classes terão sua releitura das questões propostas no âmbito da relação professor x aluno quando cada profissional terá seu método próprio para tal apropriação e encaminhamento.

No plano geral as tabulações obtidas a partir deste evento poderão e deverão ser utilizadas das mais diversas formas possíveis como :

* Instrumento de diagnóstico - acerca das carências, falhas, dificuldades,etc e também em relação aos sucessos, avanços, realizações, etc que resultarão do processo -

* Como mais um elemento de conteúdo avaliativo possível - a partir do momento em que a sistematização se transforme em rotina institucional

* Como referência comportamental e institucional - a partir do envolvimento no processo - tanto de alunos quanto de profissionais

* Outros .....

Nenhum comentário: