domingo, 17 de junho de 2007

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sexta-feira, 15 de junho de 2007

MPB

ORIGENS DA MPB

Quando os portugueses embarcaram aqui, já encontraram os índios e sua música, mas a rigor considera-se o início da música popular a partir do ano de 1550. Francisco de Vacas, morador da Capitania do Espírito Santo, foi nomeado provedor da Fazenda e juiz da Alfândega em 1550.Nascido em Portugal em 1530, morreu por volta do ano de 1590. Vacas foi considerado "o primeiro músico de renome e da maior importância na evolução da música popular brasileira". Ele foi citado por Duarte da Costa, em 1555, como "cantor eclesiástico e metido em confusões policiais, tendo inclusive agredido um aluno..."Era bandurrista , viola renascentista, em forma de oito, com cravelha própria.




Portugal deu ao Brasil, o sistema harmônica tonal, desconhecido dos índios , e as primeiras danças européias ( a dança de roda infantil, o reisado e o bumba-meu-boi, entre elas ). Além de ter trazido para cá os instrumentos como a flauta, o cavaquinho e o violão.
Trouxe também para cá o negro da África a partir de 1538. Com os negros, vieram novas danças ( jongo, lundu, batuque e diversas outras ) e a polirritmia. Aos outros instrumentos se somou o agogô, o ganzá, o agê , o xerê e outros.
Mas foram os jesuítas, os verdadeiros responsáveis pela mistura de influências, através da catequese da Companhia de Jesus. Ainda nesta mistura há outras influências como o espanhol ( repertório gaúcho ) e do francês ( cantos infantis ).
Dança Tupinambá com maraca na mão e chocalho.Theodor de Bry (1528-1598)
CHORO
A partir do século XVIII, os modinheiros encantavam a corte com sua melodias suaves e sentimentais. A modinha, de origem portuguesa , foi abrasileirada por gente como o mulato Domingos Caldas Barbosa, o maestro Carlos Gomes, Xisto Bahia, o padre negro José Maurício e , mais tarde Catulo da Paixão. A partir de 1870, nas reuniões musicais, os violões e cavaquinhos começaram a dar um tom abrasileirado às influências européias.
E surge o choro, como gênero. Os principais artistas desta fase de implantação e consolidação do choro como linguagem musical foram os cariocas JOAQUIM ANTONIO CALADO ( Flor Amorosa ), ERNESTO NAZARETH ( Oden, Apanhei-te Cavaquinho ) e Chiquinha Gonzaga ( Atraente, Lua Branca ).
Costumes Paulistas, Rugendas, 1824
Outros instrumentistas vieram se juntar a eles no início do século XX, tais como o virtuose da flauta PATAPIO SILVA, o mestre de banda ANACLETO DE MEDEIROS , o pianista paulista ZEQUINHA DE ABREU ( Tico - tico no Fubá ) e o violonista e compositor JOÃO PERNAMBUCO ( Sons de Carrilhões E surge o choro, como gênero.

Os principais artistas desta fase de implantação e consolidação do choro como linguagem musical foram os cariocas JOAQUIM ANTONIO CALADO ( Flor Amorosa ), ERNESTO NAZARETH ( Oden, Apanhei-te Cavaquinho ) e CHIQUINHA GONZAGA ( Atraente, Lua Branca ).
Outros instrumentistas vieram se juntar a eles no início do século XX, tais como o virtuose da flauta PATAPIO SILVA, o mestre de banda ANACLETO DE MEDEIROS , o pianista paulista ZEQUINHA DE ABREU ( Tico - tico no Fubá ) e o violonista e compositor JOÃO PERNAMBUCO ( Sons de Carrilhões . PIXINGUINHA que era tenor, compositor, arranjador, saxofonista e flautista. Aos 20 anos, PIXINGUINHA já era autor de Rosa e Sofres porque Queres. Suas músicas,entre centenas: Carinhoso, Lamentos, 1X0, Ainda me recordo, Naquele tempo, Vou vivendo e Marreco quer água.

Surgem outros nomes como:
Turunas Pernambucanos, Bonfiglio de Oliveira ( pistão ), Luiz Americano ( clarinete ) , Abel Ferreira ( saxofone ), Altamiro Carrilho ( flauta transversal ), Waldir Azevedo ( cavaquinho ) , Garoto ( multi - instrumentista ), Luperce Miranda ( bandolim ), Jacob do Bandolim ( bandolim ), etc.

Donga, João da Baiana e Pixinguinha
Os grupos de choro tinham uma estrutura harmônica típica de suporte, o que chamamos de regional: um cavaquinho no centro, um ou dois violões de base e um de sete cordas, um pandeiro e um ou dois instrumentos solistas.
Os mais famosos grupos foram os de Benedito Lacerda e Pixinguinha. Também o ÉPOCA DE OURO ( com Jacob do Bandolim ) e o de Claudionor Cruz.
Foi também nos anos 30 que surgiu, em João Pessoa, a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo. Uma orquestra de sonoridade jazzística que misturava uma típica big-band de textura americanizada ( foxes e baladas ) com o choro, sambas e frevos.
O choro ficou esquecido nas décadas de 50 e 70. Mas, a partir de 1975 o choro reviveu, surgindo novos grupos.
SAMBA





Maxixe: A dança proibida
O samba é a própria identidade nacional brasileira. Desde 1870, o cruzamento de influências entre o lundu ( origem africana ), a polca, a habanera, o maxixe e o tango começou a produzir um tipo de música que tendia ritmicamente para o samba.
Lundu dançado pelos negrosRugendas, 1835
Nos fins do século XIX, costumava-se designar como samba as festas de dança de negros escravos. Foi nessa época que começaram a se tornar tradicionais as reuniões nas casas das velhas baianas que haviam emigrado para o Distrito Federal
E destas festas surgem os maiores talentos musicais da época: HEITOR DOS PRAZERES, PIXINGUINHA, DONGA, JOSÉ BARBOSA DA SILVA, JOÃO DA BAIANA e muitos outros.
Surgem novos nomes com os progressos do rádio e do disco. Além de Ismael Silva, Nilton Bastos, Armando Marçal surge FRANCISCO ALVES, como o mais importante cantor da época. Chamado "O REI DA VOZ ", foi durante duas décadas uma espécie de Gardel brasileiro. Sua morte num acidente automobilístico comoveu o país, nos anos 50.
Nos anos 30 surgem nomes como Henrique Foréis ( o Almirante ), Carlos Alberto Braga ( João de Barro ) e Noel Rosa, um menino com o queixo defeituoso e que largou da medicina para se tornar um dos maiores sambistas de todos os tempos. Rádio, música, samba e violão não eram atividades de gente decente, daí os apelidos.
Capa do primeiro samba gravado por Donga
Noel de Medeiros Rosa ( 1910 / 1937 ) deixou mais de 250 músicas em somente 7 anos como compositor. Começou a gravar aos 19 anos e morreu de tuberculose aos 26 anos.
Ary Barroso e Carmem Miranda
De um encontro entre Noel e Ismael surge uma nova forma de fazer samba, que misturava o morro e a cidade. Noel contribuiu para uma estruturação do que podemos chamar de samba urbano, que influenciaria compositores como Ary Barroso ( Minas ), Dorival Caymmi ( Bahia ) e mais tarde Chico Buarque, Paulinho da Viola e Martinho da Vila.
Do Estácio surgem nomes como Ataulfo Alves, Wilson Batista e Geraldo Pereira.
Dos anos 30 aos anos 50, o samba experimentou outras nuances,com os nomes de Ary Barroso ( AQUARELA DO BRASIL ) e Dorival Caymmi e Moreira da Silva com o Samba-de-breque, propositalmente concebido com alguns "buracos " a serem preenchidos por um tipo malandro de improviso. A maior parte dos compositores não gravavam suas próprias músicas, ficando a cargo de cantos e intérpretes a divulgação de suas músicas. Temos então nomes como : MÁRIO REIS, ORLANDO SILVA, SILVIO CALDAS, CYRO MONTEIRO, ROBERTO SILVA, JAMELÃO, ARACY DE ALMEIDA, CARMEM MIRANDA E ELISETE CARDOSO.
No final dos anos 50, o samba já surge com uma nova vertente que é a BOSSA - NOVA . Neste período a juventude brasileira embarcou em duas viagens: uma na direção do ROCK e outra na direção do JAZZ e das preocupações existenciais e sociais. Nomes como Carlos Lyra e Sergio Ricardo entenderam que era preciso abrir um canal que ligasse a Bossa Nova ao samba. Esta ligação já começara a existir com CARTOLA, um dos fundadores da Mangueira, a mais tradicional de todas as escolas de samba cariocas. Com Cartola, outros veteranos, como Nelson Cavaquinho, voltam à cena.
No bar simples, no centro do Rio, com a boa cozinha de dona Zica, esposa de Cartola e os sambas de Cartola, surge o ZICARTOLA, espaço que proporcionou o aparecimento de uma nova geração de sambistas. Estes aproximaram o samba de acordes dissonantes e alterados, com sofisticações harmônicas influenciadas pelo Jazz norte-americano. Surgem nomes como Paulinho da Viola, Elton Medeiros , Martinho da Vila e Zé Keti.
Em 1964, Armando Costa, Vianninha e Paulo Pontes reuniram num único palco o espetáculo OPINIÃO, com a cantora NARA LEÃO, musa da Bossa Nova, o sambista Zé Keti e o maranhense João do Vale. Mais tarde Nara foi substituída pela estreante Maria Bethania ( irmã de Caetano Veloso ).
Nos anos 70, em meio a festivais de MPB, os talentos do Zicartola consolidaram suas carreiras. Novos nomes surgem beneficiados pela mídia: João Nogueira, Paulo César Pinheiro, Candeia, Nelson Sargento e Monarco. E novos intérpretes: Beth Carvalho, Alcione e os já falecidos Roberto Ribeiro e Clara Nunes.
BOSSA NOVA
CHEGA DE SAUDADE , João Gilberto, 1958. Foi considerado o início da Bossa Nova. Mas, muitas influências ocorreram para o despontar deste grande movimento. Por exemplo: o arranjo de Radamés Gnatalli para o samba COPACABANA, gravado por Dick Farney. As composições de Garoto, Johnny Alf e Dorival Caymmi. Os violões de Laurindo de Almeida e Valzinho. O elepê Canção de Amor Demais, de Elizeth Cardoso, com músicas de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Foi no ano de 1957 e foi nele que se ouviu pela primeira vez a batida diferente do violão de João Gilberto.
A vida no Rio se deslocava para o beira mar, de Copacabana e Ipanema. E uma nova geração de autores e intérpretes reunia-se nos night-clubs de inspiração americana. DICK FARNEY, LÚCIO ALVES, JOHNNY ALF, JOÃO DONATO, MAYSA, RIBAMAR, SYLVIA TELLES , ANTONIO MARIA, TITO MADI, DOLORES DURAN, NORA NEY E DÓRIS MONTEIRO.
Depois do 78 rpm CHEGA DE SAUDADE, João Gilberto gravou 3 elepês que definiriam o receituário estético do movimento. Segundo Caetano Veloso, aprendemos ali a "pra sempre ser desafinados".
João Gilberto

Antonio Carlos Jobim
Neste primeiro momento, Bossa Nova eram os compositores Carlos Lyra, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Luiz Bonfá, Ronaldo Bôscoli, Marcos e Paulo Sergio Valle, Sergio Ricardo e Durval Ferreira, os cantores João Gilberto, Sylvia Telles e Nara Leão e Astrud Gilberto e músicos como Luizinho Eça , Tenório Jr. e Maurício Einhorm. Mas, logo surgiram novos nomes como: Johnny Alf, Leny Andrade, Jorge Ben, Wilson Simonal, Paulinho Nogueira, Quarteto Novo ( de Hermeto Paschoal ), os Cariocas, Sergio Mendes , o coreógrafo americano Lennie Dale e o modinheiro e comediante Juca Chaves. Outros talentos se somaram: Aloysio de Oliveira lançou os primeiros trabalhos de Edu Lobo, Baden Powell, Nana Caymmi e Maria Bethania. Surge em 1966, Chico Buarque de Holanda.
O surgimento de Elis Regina e a proliferação de trios à semelhança de Tamba ( piano, baixo e bateria ), com Luiz Eça, Bebeto e Ohana, depois Helcio Milito, como o Zimbo Trio ( Amilson Godoy, Rubens Barsotti e Luiz Chaves ), Sambalanço ( liderado por Cesar Camargo Mariano ), Bossa Três e dezenas de outros, abriram as portas da televisão para a Bossa Nova. Os programas O FINO DA BOSSA e DOIS NA BOSSA confirmavam o acerto da parceria TV - BOSSA NOVA, que desaguaria no período dos festivais de MPB, onde se afirmaram nomes como MIILTON NASCIMENTO, GERALDO VANDRÉ, CAETANO VELOSO, GILBERTO GIL, DORI CAYMMI, GONZAGUINHA, EGBERTO GISMONTI, IVAN LINS, SERGIO SAMPAIO, RAUL SEIXAS, ALDIR BLANC, MARIA ALCINA, GUTEMBERG GUARABIRA, JARDS MACALÉ, CAPINAN, NELSON MOTTA, TOQUINHO, PAULINHO DA VIOLA E DANILO CAYMMI, entre tantos compositores e intérpretes.
TROPICALISMO
O Tropicalismo surgiu como uma ruptura contra a Bossa Nova, tanto quanto esta rompeu com a estrutura do samba de morro. Entre 1967 e 1970, o Tropicalismo traz irreverência e informalidade, mas com uma teoria de fundo: a possibilidade de incorporação de tudo que era e foi considerado de mau-gosto, resgatando-o e transformando- o . Num primeiro momento, abaixo o banquinho e o violão. Depois, Caetano Veloso e Gilberto Gil, os principais nomes deste movimento, muitas vezes se apresentaram desta forma, estendendo um tapete vermelho para João Gilberto passar.

Bethânia e Caetano
A teoria se apoiava em Oswald de Andrade, no MANIFESTO PAU BRASIL, na Semana Modenista de 1922 e na influência dos irmãos Campos, Augusto e Haroldo , mais Décio Pignatary e o maestro Rogério Duprat. O grupo baiano se completava com Capinam, Gal Costa, Tomzé, Torquato Neto, Julio Medaglia, Nara Leão, Macalé e os Mutantes, o grupo de Rita Lee.
Gal Costa
Os tropicalistas queriam convencer os intelectuais brasileiros de que CHACRINHA, o velho guerreiro, líder de audiência da televisão naquele período, era o próprio substrato da nacionalidade brasileira e que não fazia sentido a Bossa Nova não ouvir Roberto Carlos. Trocou-se o violão pelas guitarras e as roupas sociais por batas africanas coloridíssimas. Tudo isso ocorria num clima de repressão política severa em 1968. Caetano e Gil foram presos e ficaram dois anos no exílio, em Londres.
Caetano nasceu em Santo Amaro da Purificação, Bahia em 1942. Após um período em Salvador, desembarcou no Rio, em 65, adicionando a música É DE MANHÃ , ao repertório de Maria Bethania, no show Opinião. Em 67, no Festival da Record, supreende o país com a colagem poética de ALEGRIA ALEGRIA ( "o sol nas bancas de revista/ me enche de alegria e preguiça/ quem lê tanta notícia?/ eu vou/ por entre fotos e nomes/ sem livros e sem fuzil/ sem fome, sem telefone/ no coração do Brasil" ). No ano anterior, tinha sido o melhor letrista com a bem comportada BOA PALAVRA.
Gil também é de 42. Suas primeiras canções têm sabor nordestino e usam temáticas de músicas de protesto ( Roda, Procissão, etc ). Em São Paulo busca espaço para mostrar seu violão no reduto da Bossa Nova. É quando Elis Regina e Jair Rodrigues conhecem e gravam LOUVAÇÃO , em 1965, que sua carreira começa oficialmente. Em 67, no mesmo festival de ALEGRIA ALEGRIA, Gil juntou-se aos MUTANTES e subiu ao palco com DOMINGO NO PARQUE, crônica sangrenta de 2 operários em torno do mesmo amor.
Chacrinha e Caetano Veloso
Foi em 1968, na eliminatória paulista do Festival Internacional da Canção, que tanto Gil, quanto Caetano resolvem tornar evidentes suas propostas de ruptura. Gil cantou QUESTÃO DE ORDEM e foi vaiado e desclassificado. Caetano entrou com É PROIBIDO PROIBIR, alusão ao movimento estudantil na França. Não conseguiu levar a música até o fim. Soterrado de vaias, trocou os versos por um discurso: "Nós tivemos coragem de entrar em todas as estruturas e sair de todas. E vocês? Se vocês em política forem como são em estética, estamos feitos. E, quanto ao júri, é muito simpático mas é incompente". Gil fez sua música AQUELE ABRAÇO, antes de ir para o exílio.
PANORAMA ATUAL E NOVAS TENDÊNCIAS
Incorformados com as guerras, os jovens criaram a partir dos anos 50 o rock'n roll; música dos brancos revoltados influenciados pela rítmica negro-americana. Em 1958 surgem os irmãos Celly e Tony Campello, os primeiros roqueiros que abrasileiraram os hits do gênero dos EUA.
Em 1960 surge Roberto Carlos e seu parceiro Erasmo Carlos, reproduzindo de forma empobrecida, a baladização do rock'n roll norte-americano, influenciados pelo grupo inglês The Beatles. Roberto declarava-se alheio à política, absolutamente individualista e alienado do momento de forte poderio e repressão militar. Com o sucesso de seu programa JOVEM GUARDA DA TV-RECORD,as vendas de discos de iê-iê-iê, os esforços conjuntos dos produtores de discos, rádio, cinema e TV, oportunamente Roberto Carlos conseguiu promoção global.
Personificando o estereótipo do ídolo de uma massa de jovens, ainda não politizada, e que veio a calhar para os objetivos do novo poder militar instaurado recentemente em 1964. A oposição da massa estudantil universitária, conscientizada e politicamente ativa precisava ser contida.
A indústria do som estimulada pelas novidades dos festivais de rock ao ar livre direcionou seus investimentos para a área do instrumental eletrônico e para os equipamentos sonoros. Os efeitos de ocupação dos meios de comunicação pelas modas musicais produzidas fora, tornaram-se mais fortes ainda após os festivais de rock feitos no Brasil, a partir de 1985. Dominado o mercado brasileiro por ritmos e estilos internacionais , aparecem o reggae e o funk da virada das décadas de 1960-70, o heavy-metal, o punk e
o new wave dos anos 70, e, já na década de 1980, o tecno-pop, o break, o rap e o hip hop. Com exceção dos gêneros chamados sertanejos, as músicas de época, como as de Natal, São João e de Carnaval, e sambas urbanos da periferia, chamados de pagode ou eventuais explosões de um ou outro gênero de música brasileira genuína, as criações da década de 1980, principalmente durante o carnaval baiano, vem comprovar a penetração de ritmos internacionais no cenário nacional ;os ritmos caribenhos como o merengue , a salsa e o reggae, e mesmo a lambada, a dança da galinha ou do pezinho.
O tropicalismo teve papel importante, aceitando a JOVEM GUARDA na mesa de debates. Roberto e Erasmo Carlos, Wanderléa e outros artistas puderam, enfim, ser admirados longe dos preconceitos da classe pensante. Influenciada pelo tropicalismo, a geração que se lançou depois incluía Fagner, Alceu Valença, Elba Ramalho, Zizi Possi, Fafá de Belém, Luiz Melodia, Suely Costa, Simone,Zé Ramalho,
Geraldo Azevedo, Fátima Guedes, Xangai e Elomar, entre outros.
A música instrumental, com o aval americano a nomes como Laurindo de Almeida, Bola Sete, Raul de Souza, Eumir Deodato, Donato, Sivuca, Hermeto Paschoal, Oscar Castro Neves, Egberto Gismonti, Paulinho da Costa, Cláudio Roditi, Airton Moreira, Naná Vasconcellos, Leo Gandelman, Helio Delmiro, Toninho Horta, Ivo Perelman, Dori Caymmi, Ricardo Silveira, Romero Lubambo, vem ganhando o mundo. Festivais no mundo todo apresentam músicos, instrumentistas, solistas brasileiros entre suas atrações. E foi o exterior que viabilizou carreiras como as de Wagner Tiso, Antonio Adolfo, Grupo Azimuth, Sebastião Tapajós, Marcio Montarroyos, Saul Barbosa, Cesar Camargo Mariano e Gilson Peranzetta. Infelizmente, os músicos mais internacionalmente conhecidos e aceitos não o são dentro do país. Felizes de compositores que conseguiram impor-se em regime de iniciativa privada como Djavan, Ivan Lins, Milton Nascimento, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e João Bosco.
Novos nomes apareceram, mesclando influências e assumindo experiências das mais simbióticas. Vítimas da AIDS, Cazuza e Renato Russo mal tiveram tempo de se lançar internacionalmente, mas o repertório que deixaram tem uma longa estrada pela frente. Chico Science, revelação pernambucana, morreu em acidente. E formações como OS TITÃS, OS PARALAMAS DO SUCESSO, SKANK , além de Lulu Santos, são significativos da música jovem que se faz hoje no Brasil. Entre os novos compositores, estão Cássia Eller, Chico Cesar, Carlinhos Brown e Guinga. Este, parceiro de Aldir Blanc, é autor de CHÁ DE PANELA, ganhadora do Prêmio Sharp de melhor música de 1996.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Arquitetura, Literatura e Teatro no Brasil

Arquitetura Brasileira
A história da arquitetura brasileira é restrita aos cinco séculos após a descoberta, pois o período pré-cabralino não temos como reconstituir. A arquitetura indígena é baseada nas convicções mágicas que tinham tanto para a moradia quanto para o conjunto urbano. A disposição geométrica de uma aldeia visa funcionalidade, mas também é orientada pelo gosto. Uma aldeia circular, com orientação norte-sul, tendo como eixo a casa central servindo de passagem e como espaço de reuniões, seu conceito é a "aldeia do além" : assim, o arco da existência supera o tempo e o trânsito terreno em função do infinito. Esta filosofia governa os atos de viver, as expressões plásticas e mais ainda a poesia, compondo uma cultura bem definida. Já os portugueses começam da estaca zero, os pioneiros improvisavam-se construtores para levantar moradias e entrincheiramento a fim de se defenderem dos índios e de outros brancos. Na necessidade da conquista e manutenção do espaço cria-se um sistema feudal e organizam-se os arraiais, como no caso de Salvador uma cidade cercada por muros de taipa, essa técnica, embora precária quando bem mantida, perpetua-se ao longo dos séculos. Em cada uma das regiões ocupadas recursos locais são utilizados na construção, como a carnaúba no Piauí que ainda hoje é utilizada. Até a primeira metade deste século grande parte das casas no Recife eram construídas como no século do descobrimento. A "casa-fortaleza", como era denominada, utilizava pedra, cal, pau-a-pique e era telhada e avarandada. Não se tem amostras mas sabe-se através dos documentos que obedeciam às prescrições da Coroa ao conceder-se uma sesmaria. Com o crescimento das vilas, os construtores começam a procurar materiais mais resistentes e passam a utilizar a pedra. A primeira obra em pedra parece ter sido a torre de Olinda, construída por seu primeiro donatário (Duarte Coelho). A grande produção desta época é de fortalezas e o número de arquitetos é grande, porém a maioria ocultos. A arquitetura "arte" foi preocupação dos missionários, pois sabiam da importância da construção das Igrejas na catequese. Esta arquitetura toma vulto com a chegada de Francisco Dias e Luís Dias, assim como Grandejean de Montiny, no século XIX e Le Corbusier no século XX. Deve-se notar aqui as conquistas holandesas, os batavos muito produziram com alta qualidade e fazem com que Recife torne-se a cidade mais importante da colônia, porém não se misturam com os produtores da insipiente arte local. É com a ajuda de Pieter Post, arquiteto incluído na expedição de Nassau, que se realizam um conjunto de obras urbanísticas e arquitetônicas notáveis. É nesta época que o barroco começa a dar sinais de vida, e as Igrejas buscam construir com luxo, enquanto o povo continuará a viver da maneira mais simples até os anos setecentos. A prosperidade da arquitetura religiosa deve-se, também, à instituição das Irmandades que construíam suas igrejas, às vezes, rivalizando com as Ordens. Os artistas eram disputados e razoavelmente retribuídos. Nosso barroco floresce de maneira torta e não é comparável aos outros movimentos no mundo, pode-se dizer que é mais parecido com o alemão do que com o italiano. A arquitetura civil é inexpressiva e servia, praticamente, a fins religiosos. Quase todos os arquitetos brasileiros da primeira metade do século XVIII, constroem igrejas de nave octogonal, a primeira, construída entre 1714 e 1730, é a de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, no Rio de Janeiro, muito importante por representar uma evolução em relação às igrejas portuguesas ou mesmo qualquer igreja da época. Outras Igrejas brasileiras de plano octogonal são: a igreja paroquial de Antônio Dias (1727); a Igreja de Santa Efigênia em Ouro Preto (1727), ambas atribuídas a Manuel Francisco Lisboa, pai de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho; igreja do Pilar em Ouro Preto (1720); igreja de São Pedro dos Clérigos de Recife (1728-1782), de Manoel Ferreira Jácome; igreja da Conceição da Praia em Salvador, projetada por Manoel Cardoso Saldanha, que foi a última de importância construída na Bahia, também a última de plano octogonal a ser erguida, tanto no Brasil quanto em Portugal. Na segunda metade do século XVIII, Minas Gerais passa a dominar a arquitetura religiosa em igrejas como: o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo (1757-1770); a de São Pedro dos Clérigos, em Mariana (1771) e a Capela do Rosário de Ouro Preto. Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho principal escultor e arquiteto da época deixou vasta obra, adepto do estilo rococó, soube integrar melhor do que ninguém a arquitetura e a escultura, a decoração rebuscada à sobriedade da arquitetura religiosa portuguesa. Ele modifica a estrutura do altar suprimindo o baldaquim ou elevando-o até a abóbada. A igreja de São Francisco em Ouro Preto foi inteiramente projetada, construída e decorada por Aleijadinho num espaço de vinte e oito anos entre 1766 e 1794, o que explica sua extraordinária unidade. Sua capela-mor é uma das obras mais importantes de Aleijadinho. A transferência da Corte de Dom João VI para o Brasil provoca mudanças sensíveis na arquitetura. Em 1816 chega ao Rio de Janeiro a chamada Missão Francesa incumbida, por Dom João, da educação artística do povo brasileiro. Liderada por Lebreton, a missão trouxe como arquiteto Auguste-Henri-Victor Grandjean de Montigny (1776-1850), que introduziu o Neoclassicismo e fez adeptos. A primeira obra, que foi encomendada a ele, foi a da Academia de Belas-Artes, edifício cujas obras paralisadas durante anos, por ocasião da morte do Conde da Barca, responsável pela vinda de Grandjean. tal fato faz com que o arquiteto passe a dedicar-se a outros projetos, como o edifício da Praça do Comércio, já demolido, a Alfândega, o antigo Mercado da Candelária e várias residências, além de ter sido o primeiro professor de arquitetura do Brasil. Atuaram também nesta época os arquitetos José da Costa e Silva, Manuel da Costa e o Mestre Valentim da Fonseca e Silva, autor da ornamentação do passeio público do Rio de Janeiro. Já no começo do século, o Art Nouveau e o Art Deco aparecem de forma restrita, principalmente em São Paulo, e seu expoente máximo é Victor Dubugras, que faleceu em 1934. A Semana de Arte Moderna de 1922 e a sequente revolução de 1930 são a alavanca da arquitetura moderna no Brasil. Já em 1925 o arquiteto Gregori Warchavchik publicou seu Manifesto da Arquitetura Funcional. É interessante notar que a Casa Modernista que Warchavchik construiu em São Paulo, em 1928, é anterior à construção da Casa das Rosas, da Av. Paulista. Le Corbusier, arquiteto modernista francês, visitou o Brasil pela primeira vez em 1929 e realizou conferências no Rio e em São Paulo; chegou a propor um plano de urbanização para o Rio de Janeiro que não foi executado. Provavelmente o seria, não fosse a Revolução que colocou Getúlio Vargas no poder e Júlio Prestes no exílio. Mas a revolução traz vantagens para a arquitetura: Lúcio Costa torna-se diretor da Escola Nacional de Belas Artes, para onde chama Warchavchik. Por motivos políticos, sua gestão não dura um ano, mas não sem frutos. Cedo uma nova geração de arquitetos surgia: Luiz Nunes, os irmãos M.M.M. Roberto, Aldo Garcia Roza, entre outros. Em 1935, é realizado o concurso para o prédio do Ministério da Educação no Rio de Janeiro, cujo primeiro prêmio foi para um projeto puramente acadêmico; porém, por decisão do Ministro Gustavo Capanema, o projeto passa para as mãos de Lúcio Costa, que reúne uma equipe com outros concorrentes, entre eles Oscar Niemeyer. Le Corbusier faz nova visita ao Brasil para opinar sobre o projeto do concurso e também para discutir o projeto da Cidade Universitária do Rio de Janeiro. Lúcio Costa deixou, em 1939, a chefia da equipe que construía o Ministério da Educação e em seu lugar assume Oscar Niemeyer, no início de uma carreira brilhante, que tem seu apogeu juntamente com Lúcio Costa, com a construção de Brasília, vinte anos mais tarde. No mesmo ano de 1939, acontece a Exposição Internacional de Nova York, onde o Pavilhão do Brasil, obra de Lúcio e Oscar, causa furor. A arquitetura brasileira dá sinais de vida mundialmente. Niemeyer constrói o conjunto da Pampulha em Belo Horizonte durante a prefeitura de Juscelino Kubitschek, que depois o leva para Brasília, onde realizará um conjunto de obras notáveis juntamente com o plano geral de Lúcio Costa. Oscar Niemeyer também esteve à frente da equipe que construiu o parque do Ibirapuera em São Paulo entre 1951 e 1955. No Ibirapuera, o paisagismo é de Roberto Burle Marx, que tem vasta obra a ser apreciada e é o maior expoente dessa arte no país. Em 1954, foi construído o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de Affonso Eduardo Reidy. Outro arquiteto modernista de grande importância é Villanova Artigas, autor, entre outras obras, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Artigas, que esteve exilado por causa do regime militar, quando retornou ao Brasil, viu-se obrigado a fazer uma prova de admissão para poder lecionar na faculdade que ele mesmo projetara, prova que ficou registrada em forma de livro. Não é possível, neste breve esforço, abranger toda a produção arquitetônica contemporânea, porém não podemos deixar de citar aqui a grande obra de Lina Bo Bardi, mulher de Pietro Maria Bardi, autora de projetos como o do SESC Pompéia, em São Paulo ou o do MASP (Museu de Arte de São Paulo), cuja arrojada estrutura foi uma imposição do terreno. O projeto deveria conservar o antigo belvedere, e a solução encontrada por Lina foi construir um prédio sustentado apenas por quatro pilares nas extremidades do terreno, uma vez que o túnel da Av. 9 de julho, que passa por baixo do terreno, não permitia outra conformação. O resultado é uma grande caixa de vidro suspensa, envolta em dois pórticos, formados pelos pilares somados às vigas de sustentação da cobertura. Seu vão livre, de setenta e dois metros em concreto protendido, é uma aventura a ser apreciada.

Literatura Brasileira
História da literatura brasileira, Escolas Literárias do Brasil, Quinhentismo, Barroco, Arcadismo,
Romantismo, Realismo, Parnasianismo, Simbolismo, Modernismo, Neo-realismo


Padre José de Anchieta : representante do início da literatura brasileira

Quinhentismo (século XVI)
Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo da colonização. Representante da Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de Anchieta com seus poemas, autos, sermões cartas e hinos. O objetivo principal deste padre jesuíta, com sua produção literária, era catequizar os índios brasileiros. Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Através de suas cartas e seu diário, elaborou uma literatura de Informação ( de viagem ) sobre o Brasil. O objetivo de Caminha era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra.


Barroco ( século XVII )
Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse contexto histórico acabou influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual. Metáforas, antíteses e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste período. Podemos citar como principais representantes desta época : Bento Teixeira, autor de Prosopopéia; Gregório de Matos Guerra ( Boca do Inferno ), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes.

Neoclassicismo ou Arcadismo ( século XVIII )
O século XVIII é marcado pela ascensão da burguesia e de seus valores. Esse fato influenciou na produção da obras desta época. Enquanto as preocupações e conflitos do barroco são deixados de lado, entra em cena o objetivismo e a razão. A linguagem complexa é trocada por uma linguagem mais fácil. Os ideais de vida no campo são retomados ( fugere urbem = fuga das cidades ) e a vida bucólica passa a ser valorizada, assim como a idealização da natureza e da mulher amada. As principais obras desta época são : Obra Poética de Cláudio Manoel da Costa, O Uraguai de Basílio da Gama, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás Antonio Gonzaga, Caramuru de Frei José de Santa Rita Durão.

Romantismo ( século XIX )
A modernização ocorrida no Brasil, com a chegada da família real portuguesa em 1808, e a Independência do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na literatura do período. Como características principais do romantismo, podemos citar : individualismo, nacionalismo, retomada dos fatos históricos importantes, idealização da mulher, espírito criativo e sonhador, valorização da liberdade e o uso de metáforas. As principais obras românticas que podemos citar : O Guarani de José de Alencar, Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães, Espumas Flutuantes de Castro Alves, Primeiros Cantos de Gonçalves Dias. Outros importantes escritores e poetas do período : Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e Souza.

Realismo - Naturalismo ( segunda metade do século XIX )
Na segunda metade do século XIX, a literatura romântica entrou em declínio, juntos com seus ideais. Os escritores e poetas realistas começam a falar da realidade social e dos principais problemas e conflitos do ser humano. Como características desta fase, podemos citar : objetivismo, linguagem popular, trama psicológica, valorização de personagens inspirados na realidade, uso de cenas cotidianas, crítica social, visão irônica da realidade. O principal representante desta fase foi Machado de Assis com as obras : Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores realistas Aluisio de Azedo autor de O Mulato e O Cortiço e Raul Pompéia autor de O Ateneu.

Parnasianismo ( final do século XIX e início do século XX )
O parnasianismo buscou os temas clássicos, valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os autores parnasianos usavam uma linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas. Diziam que faziam a arte pela arte. Graças a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alienada, pois não retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais autores parnasianos são : Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.

Simbolismo ( fins do século XIX )
Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broquéis de João da Cruz e Souza. Os poetas simbolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo suas obras de misticismo e religiosidade. Valorizavam muito os mistérios da morte e dos sonhos, carregando os textos de subjetivismo. Os principais representantes do simbolismo foram : Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens.

Pré-Modernismo ( 1902 até 1922 )
Este período é marcado pela transição, pois o modernismo só começou em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Está época é marcada pelo regionalismo, positivismo, busca dos valores tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais. Os principais autores deste período são : Euclides da Cunha ( autor de Os Sertões ), Monteiro Lobato, Lima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma e Augusto dos Anjos.

Modernismo ( 1922 a 1930 )
Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais características da literatura modernista são : nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos) , linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores modernistas : Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira.

Neo-Realismo ( 1930 a 1945 )
Fase da literatura brasileira na qual os escritores retomam as críticas e as denúncias aos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também são retomados. Destacam-se as seguintes obras : Vidas Secas de Graciliano Ramos, Fogo Morto de José Lins do Rego, O Quinze de Raquel de Queiróz e O País do Carnaval de Jorge Amado. Os principais poetas desta época são: Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecilia Meireles.


O Teatro no Brasil
História
No Brasil, os primeiros contatos com o teatro aconteceram no século XVI, período barroco, início do Brasil colonial, com o padre José de Anchieta. Ele utilizou a arte para catequizar os índios. As peças eram apresentadas pelos próprios índios e faladas em tupi-guarani, português e espanhol. Na Festa de São Lourenço , Pregação Universal , A Santa Inês, Na Vila da Vitória . Mistério de Jesus e O Rico Avarento e o Lázaro Pobre, são alguns textos da dramaturgia de Anchieta. No século seguinte o teatro brasileiro se diversificou com a introdução de novas peças trazidas da Espanha, além das encenações em língua portuguesa. O baiano Manoel Botelho de Almeida escreveu obras teatrais e Antônio José da Silva, o Judeu, contribui com peças que eram encenadas no Teatro do Padre Ventura, no Rio de Janeiro. As representações aconteciam principalmente em ocasiões festivas, quando grupos amadores montavam, em praça pública, peças populares, em homenagem às autoridades.O primeiro ator e dramaturgo a se destacar foi João Caetano. Carioca, nascido em 1808, interpretou clássicos de autores do teatro como Shakespeare e Molière, além de autores brasileiros. Hoje, a sala de teatro do Rio de Janeiro, que anteriormente se chamava de Real Teatro São João, construída em 1810 por determinação do imperador D. João VI, leva o nome de João Caetano, em homenagem ao dramaturgo. Os circos brasileiros mais antigos organizaram-se na segunda metade do século XVIII. Em 1828, Manuel Antônio da Silva apresentou um espetáculo de dança sobre um cavalo a galope em uma residência particular.Outra fase do teatro brasileiro acontece com o Romantismo, com ênfase a literatura cotidiana e histórica do país. Dessa época destacaram-se Gonçalves de Magalhães, Martins Pena, Leonor de Mendonça, Castro Alves e Joaquim Manuel de Macedo. Em meados do século XIX, autores como Machado de Assis e Aluisio de Azevedo introduzem o Realismo através da literatura recheada de humor e sarcasmo que criticava as elites brasileiras.No teatro, destacou-se o escritor Arthur de Azevedo que escreveu peças relacionadas às questões político-sociais do país. Entre as quais A Capital Federal e O Mambembe , até hoje montadas em nossos teatros. Já no final do século XIX, teve início a construção dos grandes teatros brasileiros como o Teatro Amazonas (1896), o Theatro Municipal do Rio de Janeiro (1909) e o Theatro Municipal de São Paulo (1911). As edificações foram inspiradas na Ópera de Paris. Nesses locais, em princípio, encenavam-se obras eruditas, óperas, orquestras, apresentações de grupos e artistas estrangeiros. Hoje esses teatros recebem todo tipo de espetáculos, do clássico ao regional. Na década de 40, atores do leste europeu refugiaram-se no Brasil, introduzindo o método de Stanislávski no Teatro Oficina, no Rio de Janeiro. A montagem de Ziembinski, para Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, em 1943, transformou o papel do diretor de teatro no Brasil e a obra revolucionou a dramaturgia brasileira. Em 1948, o italiano Franco Zampari fundou o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) em São Paulo, transformando um casarão em teatro, com 365 lugares e equipamento de luz. Contratou técnicos da Europa, diretores, cenógrafos e iluminadores que ensinaram e formaram profissionais no Brasil. As questões sociais passaram a ser discutidas nas peças brasileiras nos anos 50. Nelson Rodrigues despertou polêmica com peças consideradas escandalosas. Ariano Suassuna inovou o teatro regionalista.

Nesse período diversas companhias se formam como o Teatro Popular de Arte, de Maria Della Costa; a Cia. Nydia Lícia-Sérgio Cardoso; o Teatro Cacilda Becker e a Companhia Tônia-Celi-Autran. Alfredo Mesquita funda também nesse período a Escola de Arte Dramática (EAD) em São Paulo. O Teatro de Arena foi fundado em na década de 50 em São Paulo. Novos elementos na dramaturgia brasileira são utilizados, destacando as montagens de peças como Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri. Sob a liderança de Augusto Boal, o Arena forma novos autores e adapta textos clássicos para que mostrem a realidade brasileira. Nesta fase o teatro brasileiro implantou o sistema curinga, no qual desapareceu a noção de protagonista, em trabalhos como Arena Conta Zumbi (1965) e Arena Conta Tiradentes (1967), que abordavam acontecimentos históricos nacionais. O Arena fechou suas portas em 1970 com o regime militar. A censura imposta pelo novo regime obrigou os atores a encontrarem uma linguagem que driblasse as proibições. Com isso apareceram grupos irreverentes que se expressavam por meio de metáforas.O dramaturgo Fauzi Arap escreveu peças sobre a homossexualidade. Outros grupos surgem, na mesma época, formados por jovens atores e diretores. No Rio de Janeiro destaca-se Asdrúbal Trouxe o Trombone, cujo espetáculo Trate-me Leão retratava a geração de classe média carioca.Em São Paulo surge a Royal Bexiga's Company e o grupo Pod Minoga, formado por alunos de Naum Alves de Souza, com a montagem coletiva Follias Bíblicas , em 1977. Em 1979 a censura perde a força e algumas peças proibidas nesse período são liberadas. A montagem de Rasga Coração , de Oduvaldo Vianna Filho, teve estréia nacional, no dia 21 de setembro do mesmo ano, no Guairinha. Na década de 80 o teatro sofreu influência do pós-modernismo, tendo como expoente o dramaturgo Gerald Thomas. Montagens como Carmem com Filtro , Electra com Creta e Quartett apresentavam ironias sofisticadas e concepções ousadas. Já na década de 90 as encenações mostraram tendências à visualidade e o retorno gradativo à palavra, por meio de montagens de textos clássicos.O experimentalismo alcança sucesso de público e crítica nos espetáculos Paraíso Perdido (1992) e O Livro de Jó (1995), de Antônio Araújo, encenadas em um hospital e uma igreja. A técnica circense também é adotada por vários grupos da época. Atualmente o teatro alternativo é considerado uma quarta forma de encenação porque ocupa espaços pouco usuais como galpões, banheiros públicos, cadeias ou edifícios abandonados.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Selic cai para 12% A menor da História

Fonte G1
Copom intensifica corte de juros e Selic cai para 12% ao ano
Decisão do Copom não foi unânime, mas corte já era esperado pelo mercado. Juros são os mais baixos da história, mas, descontada a inflação, os maiores do mundo.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília
» EUA, inflação e dólar baixo entusiasmaram Copom, dizem analistas
» Queda dos juros no Brasil está lenta, diz Soros
» Juro no Brasil pode ter corte maior, diz Banco Mundial
» Juros reais ainda estão altos no Brasil, admite Meirelles
» Bancos prevêem juro menor e dólar a R$ 2,03 em 2007
» Mercado prevê corte mais ousado dos juros em junho
» Dividido, Copom reduz juro básico para 12,5%
Diante do recuo do dólar, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou, nesta quarta-feira (6), por intensificar o ritmo de corte da taxa de juros. Neste mês, em vez de baixar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual como nas três últimas reniões do Copom, o BC foi mais agressivo e cortou os juros básicos da economia brasileira em 0,50 ponto percentual, fixando-os em 12% ao ano. A redução veio em linha com as estimativas do mercado financeiro. Até o momento, a Selic estava em 12,50% ao ano.

A exemplo do ocorrido em abril, quando o dólar estava em R$ 2,03, a decisão do Copom não foi unânime. Neste mês, cinco diretores votaram por uma queda de 0,50 ponto percentual, mas outros dois queriam uma redução menor, de 0,25 ponto percentual. No encontro do mês retrasado, três diretores votaram por um corte maior, de 0,50 ponto percentual, argumentando a contribuição de um nível maior de importações – causado pelo recuo do dólar – estaria gerando um “cenário benigno” para a inflação. A próxima reunião do Copom está marcada para 17 e 18 de julho.


G1
Redução da taxa básica de juros também influencia as taxas cobradas do consumidor.
Em 12% ao ano, a taxa de juros brasileira se encontra, novamente, no seu menor nível da história. Entretanto, os juros reais, isto é, descontados a inflação, ainda são os mais elevados do mundo. Dados da Consultoria Up Trend indicam juros reais de 8,3% ao ano com a decisão desta quarta-feira do Copom. O segundo colocado é a Turquia, com juros reais de 7,6% ao ano. Israel e Austrália seguem como terceiro e quarto colocados, com 5,2% e 3,9% de juros reais. Os juros reais médios praticados em 40 países selecionados pela consultoria estão em 2,3%.

Atração de dólares
Um dos efeitos do alto nível da taxa de juros brasileira, na comparação com outros países, é o ingresso de recursos na economia - que gera a queda do dólar. Isso porque juros altos atraem investidores que buscam uma remuneração melhor do que a obtida em outros países.
Dados do BC mostram que US$ 28 bilhões já ingressaram no Brasil até abril deste ano, valor próximo dos US$ 37,27 bilhões que entraram em todo o ano de 2006 – recorde para um ano fechado. O Banco Central, por sua vez, argumenta que os cortes efetuados de setembro de 2005 até o momento, de 7,75 pontos percentuais, ainda não surtiram plenamente efeito na economia brasileira. Especialistas explicam que um corte nos juros demora cerca de seis meses para ter impacto pleno.

Para a indústria brasileira, porém, o corte de 0,50 ponto percentual implementado nesta quarta não é suficiente para impedir o ingresso de dólares na economia brasileira. “Para afetar as expectativas a respeito da taxa de câmbio e reduzir as intervenções que o Banco Central vem fazendo e que são custosas, será necessária uma queda maior, como 0,75 p.p”, avaliou o Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial (Iedi), em comunicado, antes da reunião do Copom.

Nova diretoria
Esta foi a primeira reunião do Copom com a participação de Mário Torós, novo diretor de Política Monetária do BC - que entrou no lugar de Rodrigo Azevedo. Anteriormente, já havia saído da instituição o antigo diretor de Política Econômica, Afonso Bevilaqua, que era considerado o principal estrategista da política de juros altos. No lugar deste, entrou Mário Mesquita. A nova diretoria do BC é considerada pelo mercado financeiro como menos conservadora do que aquela do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Definição da taxa de juros
O BC define a taxa de juros com base no sistema de metas de inflação. Para este ano e para 2008, a meta central estabelecida é de 4,5%. Como existe um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima e para baixo, pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Ao baixar os juros, o Banco Central estimula o consumo e, ao elevá-los, impede o crescimento dos gastos da população e, consequentemente, da inflação.

Neste momento, o Banco Central já está mirando na meta de inflação de 2008, visto que existe uma defasagem de seis meses para que um corte dos juros tenha impacto pleno na economia. A estimativa de inflação do mercado financeiro para o próximo ano, porém, está em 4%, abaixo, portanto, da meta central de 4,5%. Isso indica que as reduções de juros deverão ter continuidade. Ao final do encontro desta semana do Copom, o BC divulgou a seguinte frase: "Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, neste momento, reduzir a taxa Selic para 12% ao ano, sem viés, por cinco votos a favor e dois pela redução da taxa Selic em 0,25 ponto percentual".