quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Modelo Autorização Paranapiacaba

Aula aberta em Paranapiacaba – data / / EVENTO NÃO OBRIGATÓRIO Encontro/Saída : 8:00 hs Porta EE Oswaldo Aranha Roteiro : Ônibus Av Sto Amaro até Terminal Bandeira, caminhada até Estação Luz, trem até Ribeirão Pires, ônibus até Paranapiacaba – Volta mesmo roteiro Duração ; até o final da tarde. Necessário : AUTORIZAÇÃO DOS PAIS/RESPONSÁVEIS Quanto custa ? Transporte + Almoço : Sugestão R$ 30,00 Autorização : Eu _____________________________________RG_______________________________( grau de parentesco)________________ Responsável pelo(a) aluno(a) autorizo a participação do meu filho(a) (outro grau de parentesco) ___________ Nome do(a) Aluno(a) __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Na Aula Aberta em Paranapiacaba no dia / / Assinatura :_________________________________________________________________

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Um quinto dos jovens nem estuda, nem trabalha, nem busca emprego

Um quinto dos jovens nem estuda, nem trabalha, nem busca emprego Jornal O GLOBO 15/09/12 São 5,3 milhões os brasileiros entre 18 e 25 anos que estão fora da educação formal e do mercado de trabalho, quase a população da Dinamarca RIO e SÃO PAULO — Para Letícia Protásio, “os dias passam devagar”. “Sobra tempo para ver as coisas do bebê”. Sobra tempo porque a jovem de 20 anos não está estudando, tampouco trabalha, e muito menos procura emprego (“Quem vai empregar uma grávida?”). Ela é um dos 5,3 milhões de jovens, entre 18 e 25 anos, que estão fora da educação formal e do mercado de trabalho — quase a população da Dinamarca. Um problema que atinge um em cada cinco jovens (ou 19,5% dos 27,3 milhões de pessoas dessa faixa etária), aponta o estudo exclusivo “Juventude, desigualdades e o futuro do Rio de Janeiro”, coordenado pelo professor Adalberto Cardoso, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ele teve por base microdados do Censo Demográfico de 2010, do IBGE. As razões que levaram Letícia a interromper os estudos e largar o emprego passam pela maternidade — um dos principais motivos para as mulheres abandonarem os estudos e adiarem a entrada no mercado de trabalho. Pelos dados do especialista do Iesp, o número de moças que fica em casa é quase o dobro do dos rapazes: respectivamente, 3,5 milhões e 1,8 milhão. Mas a maternidade não é a única explicação. O forte desalento, segundo Cardoso, ajuda a entender os números alarmantes. Que ficam mais graves quando se leva em conta que, em 2010, ano do Censo, a economia brasileira cresceu 7,5%. — Esses jovens que ficam fora têm qualificação muito ruim. Tão ruim que, ao abandonarem a escola, o mercado de trabalho, mesmo em plena atividade, não os absorve. Resultado: eles desistem, e são os pobres os mais afetados — disse Cardoso, acrescentando que esse fenômeno é muito urbano. — Entram nesses números os jovens que foram puxados para a criminalidade. Na parcela mais pobre da população brasileira, com renda per capita de até R$ 77,75, quase metade (ou 46,2%) dos jovens estava fora da escola e do mercado de trabalho. — A escola não consegue atrair o jovem, levando a uma elevada evasão escolar. Em consequência, ingressar no mercado de trabalho vai ficando mais e mais difícil — explicou Cardoso. Professor vê desalento estrutural O gargalo, segundo o professor Fernando de Holanda Filho, da Fundação Getulio Vargas (FGV), está na baixa taxa de matrícula do ensino médio. Hoje, segundo ele, ao menos 50% dos jovens trabalham sem ter nível médio: — Quando vão para o mercado de trabalho, não conseguem se colocar. Esse cenário cria um desalento estrutural, que se complica a cada ano. É um problema de longo prazo. O paulistano Eduardo Victorelli, de 22 anos, não terminou o ensino médio e não buscou cursos técnicos ou profissionalizantes depois que largou a escola, aos 17 anos. Embora pareça ter um futuro incerto, ele afirma com segurança que será jogador de futebol: — Meus pais e minha família me apoiam e conseguem pagar as contas. Acreditamos que o salário de jogador mudará nossa vida. Ele largou a escola para ir ao Paraná, tentar jogar no Coritiba. Mas o salário não bastaria para comer, morar e viver em outro estado, e voltou para São Paulo. Desde então, jogou em dois pequenos times. Ele mora em Sapopemba, bairro simples da Zona Leste, com os pais, avós e tios. O afastamento dos estudos e do trabalho vai comprometer — e muito — o futuro desses jovens, diz Cardoso: — Parte dessas pessoas vai se colocar como assalariado sem carteira assinada. Esse jovem de hoje vai carregar o peso desse abandono pelo resto da vida — disse Cardoso. Letícia vive com o namorado, que ganha R$ 1.500 por mês como divulgador. Em Jacarepaguá, eles têm o apoio da avó e da mãe dele. — Sei que agora vou ter que ficar em casa, cuidando do meu filho. Talvez por um, dois anos. Para Hildete Pereira, coordenadora do Núcleo Transdisciplinar de Estudos de Gênero da UFF, faltam políticas públicas de controle da natalidade e apoio para cuidar de crianças. A cobertura de creches passou de 7% das crianças de 0 a 3 anos em 2000 para 21% em 2011: — Melhorou, mas ainda há déficit. Enquanto isso, país amarga escassez de mão de obra O contingente de 5,3 milhões de jovens inativos no Brasil ocorre num momento em que o país tem baixas taxas de desemprego e os empresários se queixam de escassez de mão de obra. — É um desperdício de recurso, especialmente no momento econômico do país — disse Naércio Menezes, professor de economia do Insper, acrescentando que, quando o jovem deixa de enxergar os benefícios da educação, ele deixa de ter um futuro melhor. Essa geração perdida vai fazer falta para um crescimento sustentado, advertiu Paulo Levy, economista do Ipea. Ele explica que as empresas terão que aumentar a produtividade dos que estão trabalhando. Mas o crescimento econômico do país também permite que uma ínfima parcela desse contingente tenha respaldo em casa para pensar na carreira. Além disso, na chamada “geração canguru” os jovens deixam a casa dos pais mais tarde. Nesse universo, estão pessoas que se preparam para concursos públicos ou tiram um sabático para viajar. O Iesp-Uerj só considerou quem não frequenta a educação formal. Natália de Miranda, de 24 anos, estuda em casa para o concurso para magistratura do trabalho: — Estudo de seis a oito horas por dia e, muitas vezes, ainda ouço que não estou fazendo nada. Mas o cenário pode ser ainda pior. Ao incluir os jovens que buscam trabalho mas não conseguem, os 5,3 milhões saltam para 7,2 milhões. Ou seja, a cada quatro jovens entre 18 e 25 anos, um está parado. http://oglobo.globo.com/economia/um-quinto-dos-jovens-nem-estuda-nem-trabalha-nem-busca-emprego-6109028#ixzz26esIk2Ox .

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Pré sal

História : O Surgimento do petróleo : Há inúmeras teorias sobre o surgimento do petróleo, porém, a mais aceita é que ele surgiu através de restos orgânicos de animais e vegetais depositados no fundo de lagos e mares sofrendo transformações químicas ao longo de milhares de anos. Substância inflamável possui estado físico oleoso e com densidade menor do que a água. Sua composição química é a combinação de moléculas de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos). Uso e derivados : Além de gerar a gasolina, que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a parafina, gás natural, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação. Primeiro poço da história : O primeiro poço de petróleo foi descoberto nos Estados Unidos – Pensilvânia – no ano de 1859. Ele foi encontrado em uma região de pequena profundidade (21m). Ao contrário das escavações de hoje, que ultrapassam os 6.000 metros. O maior produtor e consumidor mundial são os Estados Unidos; por esta razão, necessitam importar cada vez mais. Maiores países produtores de petróleo : Os países que possuem maior número de poços de petróleo estão localizados no Oriente Médio, e, por sua vez, são os maiores exportadores mundiais. Os Estados Unidos da América, Rússia, Irã, Arábia Saudita, Venezuela, Kuwait, Líbia, Iraque, Nigéria e Canadá, são considerados um dos maiores produtores mundiais. Petróleo no Brasil :No Brasil, a primeira sondagem foi realizada em São Paulo, entre 1892-1896, por Eugênio Ferreira de Camargo, quando ele fez a primeira perfuração na profundidade de 488 metros; contudo, o poço jorrou somente água sulfurosa. Foi somente no ano de 1939 que foi descoberto o óleo de Lobato na Bahia. Pré Sal - A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo . Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros. Um comunicado, em novembro do ano passado, de que Tupi tem reservas gigantes, fez com que os olhos do mundo se voltassem para o Brasil e ampliassem o debate acerca da camada pré-sal. À época do anúncio, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) chegou a dizer que o Brasil tem condições de se tornar exportador de petróleo com esse óleo. Tupi tem uma reserva estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos. Neste ano, as ações da estatal tiveram forte oscilação depois que a empresa britânica BG Group (parceira do Brasil em Tupi, com 25%) divulgou nota estimando uma capacidade entre 12 bilhões e 30 bilhões de barris de óleo equivalente em Tupi. A portuguesa Galp (10% do projeto) confirmou o número. Em Iara, a estimativa é reservas de 3 a 4 bilhões de petróleo e gás. Para termos de comparação, as reservas provadas de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil ficaram em 14,865 bilhões (barris de óleo equivalente) em 2009, segundo o critério adotado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Ou seja, se a nova estimativa estiver correta, Tupi tem potencial para até dobrar o volume de óleo e gás que poderá ser extraído do subsolo brasileiro. Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.Fonte : Folha de S.Paulo 10/06/2010 Entenda o que o Senado aprovou em relação ao pré-sal O Senado aprovou na madrugada desta quinta-feira (10) quatro principais pontos em relação a exploração de petróleo na camada pré-sal: Fundo Social, regime de partilha, divisão de royalties e capitalização da Petrobras. O texto-base aprovado estabelece o regime de partilha (em vez de concessão) como novo modelo de exploração do petróleo e cria um fundo para reduzir diferenças sociais com recursos provenientes da receita do pré-sal. O projeto sofreu alterações e, por isso, voltará para a Câmara. Na divisão de recursos, 50% dos recursos recebidos pela União com a venda do petróleo do pré-sal será destinada à educação. Entre as outras alterações, uma determina que 5% dos recursos do fundo que o governo destinar ao combate à pobreza devem ser encaminhados à Previdência Social. Fonte : Folha de S.Paulo Royalties : O ponto mais polêmico, que divide os royalties, foi votado em separado, graças a uma emenda do senador Pedro Simon (PMDB-RS). Contrariando determinação do presidente Lula, o Senado aprovou a emenda que divide de forma igualitária os dividendos da exploração do petróleo dos atuais contratos e das áreas a serem licitadas. Os senadores definiram ainda que caberá à União compensar as perdas de Estados produtores como Espírito Santo e Rio de Janeiro, os principais prejudicados pela emenda. Há três meses, o governo já havia sofrido a mesma derrota na Câmara dos Deputados, que aprovou emenda dividindo os royalties do petróleo entre os fundos de participação de Estados e Municípios. O projeto ainda voltará para a Câmara para votação. Capitalização Por fim, o Senado aprovou o projeto de capitalização da Petrobras. O governo vai emitir títulos da dívida pública no valor de mercado, equivalente a 5 bilhões de barris de petróleo, em favor da empresa. Em troca, a petrolífera pagaria por esses direitos, em um modelo batizado de "cessão onerosa". A definição das regras para a capitalização é essencial para que a empresa possa cumprir seu programa de investimentos para este ano, de pelo menos R$ 88,5 bilhões, além de levantar os recursos necessários para a exploração do petróleo da camada pré-sal. A Petrobras pretende fazer a capitalização no mês de julho. A estatal pretende também fazer um aumento de capital, atualmente estimado em R$ 60 bilhões, para R$ 150 bilhões, por meio da emissão de até 2,4 bilhões de ações preferenciais e 3,2 bilhões de papéis ordinários. Fonte : FOLHA DE SÃO PAULO Links : http://www1.folha.uol.com.br/mercado/748802-entenda-o-que-e-a-camada-pre-sal.shtml http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,entenda-a-polemica-sobre-a-distribuicao-dos-royalties-do-petroleo,525916,0.htm http://www.estadao.com.br/especiais/o-caminho-ate-o-pre-sal,30956.htm http://tools.folha.com.br/print?url=http%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Fmercado%2F748684-entenda-o-que-o-senado-aprovou-em-relacao-ao-pre-sal.shtml&site=emcimadahora www.brasilescola.com/.../historia-do-petroleo-no-brasil.htm www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/.../historia.html Entenda as regras da divisão dos royalties do petróleo http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/10/111019_royalties_q_a_jf.shtml Petrobrás : Atuação no Pré-Sal http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/tecnologia-e-pesquisa/atuacao-no-presal/ Perguntas e Respostas - Petrobras / Pré-sal www.petrobras.com.br/minisite/presal/ Os desafios do Pré-sal - Petrobras / Pré-sal www.petrobras.com.br/.../presal/.../os-desafios-do-pre-sal/ - http://dicasdoprofmilton.blogspot.com, http://atualprofmilton.blogspot.com, http://simuladoprofmilton.blogspot.com

A importância do Pré-Sal no desenvolvimento do Brasil

A importância histórico-social da indústria petrolífera vincula-se à necessidade da apropriação, pelo modo de produção hegemônico, de formas de energia de alta disponibilidade e baixa entropia, que permitam o aumento da produtividade do trabalho. Isso produz excedentes cada vez maiores, a custos que o sistema é capaz de absorver. O carvão poderia continuar como a fonte de energia por excelência desde a Revolução Industrial, pois é o recurso fóssil mais abundante do planeta (cerca de 4 trilhões de barris equivalentes de petróleo em reservas no globo). Entretanto, a associação entre a indústria do motor de combustão interna e a do petróleo transformou um insumo praticamente sem valor em necessidade essencial da vida moderna. Pelas condições especiais que reúne, o petróleo permite que se use menos capital e trabalho vivo para sua apropriação, disponibilizando mais energia líquida. A expansão do automóvel como meio de transporte gerou uma demanda sustentada de produtos petrolíferos e hoje o consumo maciço mundial de petróleo destina-se ao transporte. A tendência é de aumento deste consumo. Agências de análise e empresas de energia não lidam, ainda, com a hipótese de substituição energética plena, mas sim com a necessidade de suprir o aumento da demanda por petróleo com novas descobertas, com complementação a partir de fontes renováveis e não-convencionais e com fomento à eficiência energética. Todavia, o problema da exaustão definitiva do petróleo terá que ser encarado em breve, pois os recursos convencionais estão se exaurindo face à taxa atual de consumo, próxima dos 85 milhões de barris/dia. Isto significa que os dois trilhões de barris remanescentes de recursos convencionais conhecidos durarão apenas mais três ou quatro décadas. O enfrentamento das mudanças climáticas também exigirá posicionamento, com investimento em ciência e tecnologia para amenizar os impactos que a substituição energética terá na estrutura de produção e de consumo. E para a mudança do modelo de desenvolvimento não basta apenas vontade: é preciso desenvolver as forças produtivas, investir em novas tecnologias, para que elevem sua produtividade e, ao mesmo tempo, trabalhar para que o modelo social seja alterado. O quão importante é o petróleo para o mundo atual? O custo crescente de produzir petróleo deve ser analisado comparativamente. Quando a indústria do petróleo começou, no século XIX, a energia líquida disponível era de 1:100, ou seja, era gasto um barril de petróleo para obter 100 barris. Hoje a proporção é de 1:30 – é gasto em capital humano e trabalho o equivalente a um barril de petróleo para produzir apenas 30. A fonte alternativa ao petróleo mais competitiva é o etanol brasileiro, com uma energia líquida disponível de 1:8 (biodiesel, 1:1 e fotovoltaica, 1:1). Atualmente o óleo é produzido a um custo de US$ 1 a US$ 10/barril, considerando apenas o capital e trabalho (trabalho vivo e morto) aplicados, e desconsiderando as transferências (impostos, taxas, rroyalties, participações e assemelhados). O custo direto do petróleo do pré-sal não deverá ultrapassar os US$ 15 por barril. O valor de mercado nos últimos anos variou entre US$ 60 e US$ 150/barril, o que significa um excedente (lucro) de mais de US$ 50/barril. A renda diferencial é disputada por estados e grandes empresas. A economia mundial consome cerca de 30 bilhões de barris/ano, gerando um excedente econômico de cerca de US$ 2 trilhões/ano, para um PIB mundial de cerca de US$60 trilhões. Isso dá uma idéia do que está em jogo. O petróleo deverá manter seu elevado valor ainda por três ou quatro décadas, até a exaustão dos recursos convencionais ou a disponibilização de substituto de larga escala, cujo custo atual se situa na ordem de US$ 80 por barril equivalente. Tal expectativa somente poderá ser abalada por catástrofes políticas e econômicas na estrutura mundial de produção e circulação vigente. Quem controlar a apropriação de qualquer elo importante da cadeia desse recurso natural controlará parte do poder. Onde está esse petróleo remanescente no planeta? São três as fronteiras de exploração petrolífera do planeta para as próximas décadas: na Ásia Central, na África, em países como Nigéria e Sudão e, agora, no pré-sal brasileiro. A importância política da intervenção estatal como forma de apropriar parte da renda extra criada pelo petróleo é relativamente recente. Ela surge em 1922, com a criação da YPF Argentina. Prossegue com a criação da Pemex, 1938, no México. A criação da OPEP em 1960 é outro passo na compreensão política do problema da apropriação da renda petroleira. E com os choques de preços dos anos 1973-1979 esse papel especial do petróleo se torna ainda mais evidente. Na década de 1960, o capital privado controlava 85% das reservas mundiais de petróleo, hoje, apenas 16%. O que está em disputa, não só aqui, mas em todos os cantos do mundo hoje é isso. Quem ganhará com as rendas a serem propiciadas pelos recursos do pré-sal, uma das últimas grandes fronteiras mundiais do petróleo, é o debate, ainda inconcluso, que se apresenta para a sociedade brasileira neste momento. Dimensionar o volume e pensar estrategicamente a propriedade e o valor dos recursos possibilitará apropriar socialmente os benefícios que podem ser gerados pelo pré-sal. Para estimar grosseiramente valores, considere-se um período de extração das reservas de 40 anos, um preço médio do petróleo de US$ 75,00/barril (nos 40 anos) e um custo de extração (capital e trabalho, nos 40 anos) de US$ 15,00/barril. O excedente (renda petroleira) gerado será de US$ 60,00/barril. Se as reservas forem de 100 bilhões de barris, a extração anual será de 2,5 bilhões de barris, ou 6,85 milhões de barris/dia. Nessas condições, o excedente anual gerado seria de aproximadamente US$ 150 bi (R$ 263 bi)!! Em se duplicando, ou triplicando, o volume das reservas, o mesmo ocorre com a geração potencial da renda. Em termos comparativos, basta lembrar que toda a arrecadação de impostos pelo governo federal no ano de 2010 atingiu o valor de R$ 800 bilhões, dos quais apenas 5% destinados a investimentos… O que remete a uma reflexão adicional: qual o significado da disputa pelos royalties do pré-sal? O que são os royalties do petróleo? O conceito de “royalty” foi formulado por Hotelling, na década de 1920, como um prêmio a ser pago ao detentor de recursos naturais não reprodutíveis (às vezes era o rei, daí “roaylty”, o direito do soberano), em compensação por sua exaustão e sua não disponibilidade no futuro, quando poderia ter valor muito maior. No Brasil foram criadas distorções a partir do conceito adotado na Constituição de 1988, que diz em seu Artigo 20: “ São bens da União: V – os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VIII – os potenciais de energia hidráulica; IX – os recursos minerais, inclusive os do subsolo; § 1º – É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.” Assim, no Brasil, o soberano, titular dos recursos é o Povo. A Lei 9478 de 1997, gerada no auge da onda neoliberal, que buscava abrir caminho para privatizar o petróleo e a Petrobras no País, adotou uma aplicação deste preceito, visando facilitar esta estratégia, concedendo benefícios às regiões mais diretamente afetadas, essencialmente o Rio de Janeiro. Isto ocorreu na década de 90, quando o preço do barril oscilava entre 15 e 20 dólares apenas, e a produção nacional era pequena. Portanto os valores esperados não guardam proporção com a situação atual. A explosão dos preços ocorrida a partir de 2005, combinada com incremento da produção, se refletiu em explosão dos royalties, de forma completamente imprevista. Trata-se de um efeito superveniente, inesperado: não pode gerar expectativa de direito adquirido… A falsa ideia do ‘estado produtor’ O debate público concorre também para a falsificação do conceito de estado produtor. Este conceito é facilmente aplicável à produção terrestre de petróleo: estritamente são estados produtores Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Amazonas, Alagoas, Sergipe. Mas quando se trata produção a mais de uma centena de quilômetros da costa, em alto mar, o estado produtor é essencialmente o Estado Nacional. A descoberta e a produção são frutos de um esforço nacional de décadas, e é o País como um todo que garante a produção, em termos de segurança, logística e tecnologia e recursos humanos. Alegar que seria uma indenização por implicações ambientais, não tem base consistente, pois qualquer evento na produção off-shore terá impactos segundo a orientação das correntes marinhas, que não guardam relação com as linhas de pseudo-influência dos Estados, traçadas pelo IBGE para contabilizar a distribuições dos royalties e participações especiais. A metodologia de cálculo da distribuição utilizada atualmente simplesmente não guarda relação com princípio lógico. O mais grave porém é que os recursos originários dos royalties e participações especiais estão sendo queimados em grande medida por Estados e Municípios. Deveriam ser investidos para a criar uma infra-estrutura produtiva, educacional, tecnológica que geraria mais riqueza do que o valor futuro do próprio petróleo produzido agora, tomado às gerações futuras. Mas, em grande parte, vão para o ralo. O IDH das regiões beneficiadas está longe do refletir os recursos recebidos. Estados, como o Rio de Janeiro, o maior beneficiário, reivindicam os recursos, proclamam “direitos adquiridos” para seu orçamento e, ao mesmo tempo outorgam isenções fiscais para empresas, sem justificativas e sem transparência. Transformam os recursos tomados ao futuro em generosidades empresariais… O caminho correto seria aplicar de forma direta e lógica o princípio constitucional inscrito no caput do Artigo 20, reproduzido acima, segundo o qual o petróleo pertence à União, portanto a todos os brasileiros. Deveria ser direcionado para acabar com as assimetrias sociais e regionais, e permitir a construção de um País, para todos. E não somente os royalties, fração pequena do valor total do petróleo. Royalties, no Brasil, são calculados sobre o volume de petróleo produzido e o preço de referência do campo no mês de apuração. É um valor condicionado pelo mercado internacional e cai quando o preço do petróleo é desfavorável. A quantidade a ser paga em um mês de preço baixo pode ser frustrante para as finanças do beneficiário, seja estado, município ou União. O valor mais alto do total de royalties e participações especiais gerado no país, no período registrado, foi atingido no ano de 2008: cerca de R$ 11 bi de royalties e 12 de participações. É muito, mas comparado à renda potencial que o Pré-sal pode gerar, representa uma fração marginal. Privilegiar a batalha em torno dos royalties e alçá-la ao centro do debate sobre o pré-sal é perder foco e tempo precioso, privando a sociedade brasileira de conhecer e escolher o futuro dos recursos que são seus… Do valor adicionado líquido pela Petrobras – hegemônica no setor petrolífero do país – à economia brasileira, a maior parte fica retida pelos governos via impostos e participações, ou seja, grande parte da renda petroleira já fica com o Estado, em suas várias instâncias. É necessário pensar estrategicamente a apropriação e distribuição destes montantes, para que sua destinação responda a objetivos mais abrangentes e de longo prazo, reduzindo a concentração e ampliando os benefícios para toda a sociedade. Ildo Sauer Diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP e ex-diretor da Petrobras. Especialista em fontes energéticas. http://www.cartacapital.com.br/economia/a-importancia-do-pre-sal-no-desenvolvimento-do-brasil/

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Entenda os vetos de Dilma ao novo Código Florestal

Lei sancionada28/05/2012 | 12h56 - Entenda os vetos de Dilma ao novo Código Florestal - Recuperação de áreas de preservação permanentes é um dos temas subtraídos do texto - Chegou ao fim o suspense sobre os vetos e modificações feitos pela presidente Dilma Rousseff ao texto do Código Florestal. - A edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União revela os 12 itens vetados e também publica a Medida Provisória elaborada para suprir os vazios deixados pelos trechos excluídos e mudar incisos e parágrafos do projeto aprovado na Câmara dos Deputados. - Entre os artigos vetados por inteiro pelo governo estão o 1°, 43°, 61°, 76° e 77°. Também foram suprimidos o inciso XI do artigo 3°; os parágrafos 3°, 7° e 8° do artigo 4°; o parágrafo 3° do artigo 5° e os parágrafos 1° e 2° do artigo 26°. - A seguir, entenda como era o Código aprovado pelos deputados e como ficou após os vetos: -- * Objetivos do novo Código Florestal - Artigo 1° — Como era: Os deputados haviam cortado itens de apresentação e objetivo do Código Florestal, estabelecidos pelo Senado, que ressaltava a importância das florestas como bem comum e a necessidade de preservá-las. Fizeram um parágrafo enxuto e, conforme justificativa da presidente, sem parâmetros norteadores para a interpretação e aplicação da lei. — Como ficou: O novo texto não tem nenhuma consequência prática, serve apenas para facilitar a interpretação da lei. Reconhece as florestas como bens de interesse comum à população brasileira, destaca a lei como guia para proteção e uso sustentável da vegetação nativa do país, em harmonia com o desenvolvimento econômico, afirma a soberania do Brasil em administrar suas áreas verdes, recursos naturais, biodiversidade e solo e responsabiliza a União, os Estados e os municípios, bem como a sociedade civil, por preservar e restaurar a vegetação. - * Prática de interrupção de atividades agropecuárias - Artigo 3°, inciso XI — Como era: O inciso abordava a questão do pousio, prática de interrupção temporária de atividades agropecuárias ou de silvicultura para recuperar a capacidade de uso do solo, sem estabelecer período mínimo para o descanso. — Como ficou: Foi estabelecido um período de cinco anos, no máximo, para o pousio do solo em uma área produtiva de até 25% do tamanho da propriedade ou posse. - * Áreas de Preservação Permanentes - Artigo 4° - parágrafo 3º — Como era: O parágrafo não considerava como área de preservação permanente (APP) os salgados e apicuns, que são planícies salinas, em continuidade dos mangues, encontradas no litoral (menos no Rio Grande do Sul). — Como ficou: Disciplina a ocupação de apicuns e salgados para salinas e criação de camarão, considerando-os como APP. Antes não havia regra para utilização dessas áreas. - * APPs em áreas urbanas - Artigo 4º - parágrafos 7° e 8° — Como era: As APPs de margens de rios em áreas urbanas e regiões metropolitanas poderiam ter suas áreas determinadas pelo Plano Diretor e Leis de Uso do Solo de forma independente. — Como ficou: A largura das APPs de margens de rios em áreas urbanas e regiões metropolitanas podem ser determinadas pelo Plano Diretor, ouvindo Conselhos Estaduais e Municipais do Meio Ambiente. No entanto, a área mínima de preservação nesses locais fica determinada no artigo 4° da lei e vale para todo o país. - * Áreas de reservatórios artificiais - Artigo 5°, parágrafo 3° — Como era: As áreas de implantação de parques aquícolas (áreas de criação de espécies como peixes e crustáceos) e de polos turísticos, em regiões de APPs próximas a reservatórios artificiais, seriam indicadas pelo Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entor-no de Reservatório Artificial. — Como ficou: As áreas próximas a reservatórios artificiais são consideradas APPs e devem se manter preservadas, obedecendo regras gerais de uso já estabelecidas na lei. - * Supressão de vegetação - Artigo 26°, parágrafos 1° e 2° — Como era: O município perdia grande parte das atribuições, quanto a autorização para supressão de vegetação, que já estavam previstas na Lei Complementar 140/11, com hierarquia superior ao Código. — Como ficou: Os parágrafos contrariavam a lei complementar existente, disciplinando de maneira diferente o que a União e os municípios podem fazer quanto a supressão de vegetação. Era inconstitucuional. - * Recuperação de APPs, multas e crimes ambientais - Artigo 61° — Como era: o artigo tratava das áreas consolidadas em APPs e garantia a continuidade de atividades em áreas ocupadas até 22 de julho de 2008. O texto era polêmico por exigir a recuperação de apenas 15 metros de vegetação de margem de rio para cursos d'água de até 10 metros, sem distinguir o tamanho das propriedades. Também não havia valores estipulados para recuperação de APPs nas margens de rios mais largos que 10 metros. — Como ficou: todos os produtores são obrigados e recompor as áreas de vegetação em margens de rios, mas proporcional ao tamanho das propriedades. Propriedades de até 1 módulo fiscal devem recuperar área de 5 metros de vegetação; de 1 a 2 módulos fiscais deve recompor 8 metros; de 2 a 4 módulos fiscais a área mínima é de 15 metros e acima de 4 módulos devem recompor 20 metros no entorno de rios de até 10 metros e de 30 a 100 metros para rios mais largos. Também mudam as exigências sobre multas e crimes, já que todos passam a ter que recuperar as APPs para ter as suas penalidades canceladas. - * Supressão de vegetação em biomas - Artigo 76° — Como era: pedia regra de disciplina para uso e supressão de vegetação em cada um dos biomas brasileiros. — Como ficou: não é necessário criar regras para cada bioma. - * Licenciamento Ambiental - Artigo 77° — Como era: Na instalação de obras de impactos grandes seriam exigidas propostas de diretrizes de ocupação do imóvel no texto do EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental). — Como ficou: não é mais obrigatório incluir as propostas e diretrizes. - * Fonte consultada: Gustavo Trindade (advogado e professor de Direito Ambiental da Ufrgs) http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2012/05/entenda-os-vetos-de-dilma-ao-novo-codigo-florestal-3772286.html

terça-feira, 29 de maio de 2012

Tecnoestresse causa ansiedade e depressão em jovens

Fonte Folha São Paulo ------ 15/05/2012 - 08h01---------------- ------------------ Tecnoestresse causa ansiedade e depressão em jovens------------------- ANNETTE SCHWARTSMAN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA------------- ---------- Pesquisar no Google, mandar um torpedo pelo celular, atualizar o Twitter e postar fotos no Facebook são algumas atividades que crianças e adolescentes são capazes de executar --todas praticamente ao mesmo tempo. Rede favorece treino sexual do jovem, mas há perdas afetivas Estudante conta como foi ficar uma semana off-line Papel da escola é fundamental nos casos de ciberbullying Até aí, nada de surpreendente, afinal estamos falando dos nativos da "geração digital" para quem o e-mail já é uma antiguidade. Mas nem mesmo esses seres multitarefa passam incólumes por tanta conectividade e tanta informação. O impacto dessa avalanche se reflete não apenas em aumento de riscos para a segurança dos jovens, temidos pelos pais, como também pode afetar seu desenvolvimento social e psicológico. Ao lado de ameaças que são velhas conhecidas, como pedofilia e obesidade, surgem outras: ciberbullying, "sexting", "grooming" e tecnoestresse (veja no infográfico o significado das expressões). O tal do tecnoestresse é causado pelo uso excessivo da tecnologia e provoca dificuldade de concentração e ansiedade. O jovem tecnoestressado também pode tornar-se agressivo ao ficar longe do computador. Segundo o neurologista pediátrico Eduardo Jorge, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisas já associam overdose de tecnologia com problemas neurológicos e psiquiátricos. "Estão aumentando os casos de doenças relacionadas ao isolamento. A depressão é a que mais cresce." O neurologista também diz que há uma incidência maior do transtorno de deficit de atenção entre adolescentes aficionados por computador. "Não é fácil de diagnosticar. Os pais não acham que o filho tem dificuldade de concentração porque ele fica parado no computador." Outro risco é a enxaqueca. "Essas novas telas de LED são um espetáculo, mas têm um brilho e uma luminosidade que fazem com que aumentem tanto o número de crises de enxaqueca como a intensidade delas", alerta. IMPACTO SOCIAL Para o pediatra americano Michael Rich, professor da Universidade Harvard, o impacto das mídias digitais tem efeitos de ordem física e social. "Do ponto de vista da saúde, o principal risco é o da obesidade; do social, o fato é que, quanto mais conectados, mais isolados os jovens ficam no sentido das relações pessoais. É comum ver casais de mãos dadas e falando ao celular com outras pessoas." Opinião parecida tem o psicólogo Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria da USP. Segundo ele, a tecnologia invadiu tanto o cotidiano que as pessoas se perdem no seu uso. "É mais preocupante em crianças e adolescentes, porque nessa faixa etária o cérebro ainda não atingiu sua maturidade, não exerce plenamente a função de controle de impulsos", diz. A internet arrebata ainda mais dependentes quando se torna móvel: estatísticas internacionais apontam que 20% da população mundial de usuários de smartphones não consegue exercer um uso equilibrado da internet, de acordo com Nabuco. Mas é claro que nem tudo são pedras no mundo virtual, como explica Eduardo Jorge. "Pesquisas também mostram que crianças usuárias de tecnologias da informação são mais ágeis, mais inventivas e têm uma capacidade maior de raciocínio em alguns testes de QI. A tecnologia não é um bicho de sete cabeças do qual elas tenham que ficar afastadas", afirma. "Devem ser estimuladas a fazer bom uso, com limites." Rich considera que os próprios pais são os principais responsáveis por este quadro "cibercaótico". Segundo ele, por falta de intimidade com as novas mídias, os adultos deixam de preparar as crianças para o mundo virtual. "Muitas vezes, eles apenas dão o laptop e pensam que, desde que os filhos estejam no quarto, não vão se meter em confusão, o que é um erro", afirma. "Os adultos precisam se tornar aprendizes dos jovens na parte técnica para que possam ser seus professores na parte humana." LADO BOM Ninguém ousa negar que a tecnologia abriu portas, expandiu horizontes intelectuais e proporcionou oportunidades antes impossíveis para crianças e jovens. "Quando usada corretamente, a internet educa pessoas em locais isolados, promove a comunicação ao redor do mundo, cria novos mercados e aumenta a conscientização dos jovens sobre questões globais, forçando-os a considerar problemas maiores do que os seus próprios", enumera Cajetan Luna, diretor do Center for Health Justice de Los Angeles. Outro ponto positivo das novas tecnologias é o fato de serem um elemento agregador entre os jovens. Para Rodrigo Nejm, psicólogo e diretor da Safernet (organização que protege e promove os direitos humanos na rede), a internet também ajuda o adolescente a descobrir sua sexualidade. "Temos que evitar o pânico e não julgar se agora é pior ou melhor do que antes. A questão é que hoje é diferente. Precisamos entender essa mudança e pesar os prós e contras que toda inovação tem", pondera. Segundo Nejm, o grande problema é que os adultos não fazem a mediação do acesso das crianças à internet, definida por ele como "uma praça pública frequentada por 2 bilhões de pessoas, onde há todo tipo de gente e de conteúdo, dos melhores aos mais perigosos". O psicólogo defende que é preciso ensinar aos jovens que o acesso à rede exige cidadania, cuidado, ética e responsabilidade. Para Luna, o envolvimento dos pais tem que ser feito de forma aberta e honesta. "A solução não é censurar ou proibir, nunca funciona, mas explicar as coisas para que os jovens possam reconhecer o que é bom e o que não é." Para Tito de Morais, que apresenta o programa "Miúdos Seguros na NET", em Portugal, a chave é acompanhar. "Temos a obrigação de ser pais on-line e off-line, e isso implica usar as tecnologias com eles desde pequenos, preparando-os para irem ganhando autonomia." Na opinião de Morais, a segurança dos jovens na rede deve incluir quatro abordagens diferentes: regulamentares, educacionais, parentais e tecnológicas. "Se abordarmos só de uma forma, pode ter certeza que alguma coisa vai falhar." Em casa, para garantir que crianças e adolescentes usufruam do que as mídias digitais oferecem com segurança, ele recomenda que elas sejam usadas em um espaço comum que permita a integração da família.

Subemprego cresce entre jovens nos EUA

Fonte Folha de São Paulo ------- 27/05/2012 - 08h19---------- Subemprego cresce entre jovens nos EUA----------- LUCIANA COELHO DE WASHINGTON VERENA FORNETTI DE NOVA YORK ------------------------ Ayesha, 25, acaba de concluir o mestrado pela prestigiosa Universidade de Georgetown. Danielle, 22, se formou na semana passada pela respeitada New School. O momento de festa veio com um choque de realidade: no mês em que elas e 1,6 milhão de universitários recebem o diploma nos EUA, o Gallup divulgou uma pesquisa mostrando que 1 em cada 3 jovens de até 29 anos está subempregado no país -trabalha meio período ou procura emprego sem sucesso. É mais do que o dobro de qualquer outra faixa e o pico em um ano, apesar da melhora do mercado de trabalho. Enquanto o desemprego encolheu para 8,1% em abril, segundo o governo, quem tem de 18 a 29 anos enfrenta um índice de 13,6% (na aferição do Gallup; não há recorte oficial dessa faixa etária). O resultado é uma crise de confiança. "Se fosse mais fácil achar meu emprego ideal, não estaria questionando a área que escolhi", diz Ayesha Chugh, que se pós-graduou em democracia e governança e se candidatou a quatro vagas em desenvolvimento. Após a graduação e a pós, intercaladas por um ano em uma ONG na Índia (onde sua família vive), ela trabalha meio período em um centro de estudos em Washington, mas busca uma vaga integral. "Quero fazer pesquisa, mesmo que receba US$ 35 mil ao ano", afirma. O equivalente a R$ 5.900 brutos por mês, sem 13º nem férias, diz, "é pouco para quem fez tantos empréstimos para estudar". Ayesha calcula ter acumulado entre R$ 142 mil e R$ 206 mil em dívidas. "Prefiro ter de pagar o empréstimo a vida toda do que deixar passar a oportunidade acadêmica." Danielle Docheff parou na graduação em estudos globais, por ora. "Não me sinto confortável em pegar um empréstimo sabendo que posso ter um emprego e mesmo assim não pagar a dívida." Elas reclamam que os empregadores exigem mestrado e experiência para contratar - algo inconciliável, a seu ver- e cobram cada vez mais de estagiários e iniciantes. "Antes, o estágio era para aprender. Agora virou trabalho de graça", conclui Danielle, que tentou cinco vagas. As queixas ecoam um levantamento do Centro de Pesquisa Pew com 2.142 pessoas das quais 57% afirmam que as faculdades não dão aos estudantes um retorno à altura do dinheiro investido. DESÂNIMO Esse resultado vem mais da percepção do que de fatos, já que o índice de desemprego para quem tem ensino superior está em torno de 4%. Mas flagra um paradoxo geracional: nunca os americanos estudaram tanto (40% da população de 18 a 24 anos estava na faculdade em 2009, ante uma média nacional de 28% de diplomados) e nunca foi tão difícil "entrar no mundo real", como diz Danielle. Um novo estudo do Centro de Pesquisa do Congresso confirma a percepção de 82% dos entrevistados do Pew, para os quais essa geração tem mais dificuldade de achar emprego do que a dos pais. "Essa demora não os prejudica só temporariamente. Ela os priva da experiência necessária para um emprego melhor no futuro", aponta o Gallup. "Priva também as empresas americanas de terem funcionários qualificados e experientes no médio prazo." A tendência, um círculo vicioso, aparece de forma aguda na Europa, onde o desemprego nessa faixa chega a 30% em alguns países e o subemprego é praxe, arriscando uma geração perdida. Nos EUA, o desalento já produz dois efeitos colaterais culturalmente transformadores: a permanência na escola e o retorno à casa dos pais. "Os jovens decidem continuar estudando diante da perspectiva tíbia de emprego e a crescente necessidade de mais educação para prosperar", nota a especialista em política social Adrienne Fernandes-Alcantara, autora da pesquisa do Congresso. Nas grandes universidades, são cada vez mais comuns nas salas da pós-graduação jovens que saíram direto da faculdade, sem passar pelo mercado de trabalho. De 2007 a 2011, o Censo registrou um salto de 25% no número de pessoas de 25 a 34 anos vivendo com os pais. A oposição ao presidente Barack Obama notou e tenta capitalizar sobre esse quadro em ano eleitoral. Em um comercial, o grupo do estrategista republicano Karl Rove mostra uma atriz que interpreta uma jovem mãe observando os filhos jogarem basquete no quintal se transformar em uma senhora lamentando assistir à mesma cena. Danielle já cogita voltar a Nova Jersey, dizendo ter sorte pelos pais que podem ajudá-la. Para Ayesha, retornar à Índia é desistir. Mas ela não descarta trabalhar no exterior ganhando pouco. "Ao menos o custo de vida é menor."

"O eurocentrismo morreu" Robert Darnton

Fonte Folha de São Paulo 29/05/2012 - 07h01 "O eurocentrismo morreu", diz historiador Robert Darnton LUCIANA COELHO DE WASHINGTON O historiador americano Robert Darnton está elétrico. Seu trabalho atual --dirigir a maior rede de bibliotecas universitárias do planeta, a de Harvard-- passa por uma revolução diante da missão de criar uma megacoleção de livros e documentos on-line sediada nos EUA e aberta ao mundo. "Aqui, temos 17 milhões de volumes e 350 línguas. É algo não somente para os estudantes e professores da universidade, mas algo que devemos ao país e como um depósito internacional de conhecimento", afirma. "Por isso minha maior missão é abri-la e dividi-la com o mundo." Como estudioso da Revolução Francesa e da cultura da Europa, esse autor prolífico de 73 anos assiste aos desdobramentos da crise na União Europeia sobre a produção cultural do continente, na qual ele vê exaustão. No Oriente Médio, observa a Primavera Árabe, passar do "fervor utópico" à consolidação e à construção. "É menos dramático, mas é promissor." Antes de embarcar para o Brasil para um congresso cultural nesta semana, Darnton conversou com a Folha por telefone sobre livros, crises e leis autorais. Leia a seguir. FOLHA - A crise na Europa parece ter fermentado uma clara sensação de insatisfação política, que já derrubou governos, e, aparentemente, afeta a psique europeia. Como o sr. avalia o momento histórico no continente e quais seriam os paralelos? ROBERT DARNTON - Acho justo dizer que há uma crise de confiança na Europa. Claro, há uma base econômica, com o desemprego em alta e bancos quebrando ou com risco de quebrar. Mas a questão vai além: há dúvidas sobre o futuro da Europa em si. Há sinais de descontentamento nas pequenas comunidades -- imagine a fragmentação espiritual no norte da Itália, no leste da Espanha ou mesmo nos Bálcãs -- com as unidades políticas fundamentais, sejam nacionais ou europeias, questionadas. É uma balcanização fora dos Bálcãs. As pessoas estão refletindo sobre a Europa e seu lugar no mundo, e, ao fazer isso, pensam em países como o Brasil, a Turquia, a China e as novas potências emergindo. Quando eu vou à Europa, noto uma sensação de exaustão, de estar ficando para trás na corrida. No norte da Europa, as coisas vão bem. Mas é claro que o ressentimento dos gregos em relação aos alemães e dos alemães em relação aos gregos mostra que algo está fora de sincronia. Portanto é justo dizer que os europeus estão questionando a Europa. Leticia Moreira/Folhapress O historiador americano Robert Darnton na Flip de 2010 A percepção de importância europeia persiste, mas a auto-estima parece afetada. Faz sentido? Eu concordo, é uma sensação de ter sido ultrapassado e não estar mais no "fast track" da história. E não só na economia, quando eles veem a qualidade da literatura, do cinema, da música que vêm da América Latina, aparece essa exaustão, e a vitalidade desse outro lado do mundo os ofusca. Há lados positivos, há um centro de estudos brasileiros em Paris florescendo, por exemplo. Mas o eurocentrismo morreu. A noção de que a Europa dita o ritmo na vida cultural não é mais verdade. Não que a cultura europeia tenha se esgotado, mas hoje os americanos -- tanto os norte-americanos quanto os latinos -- são mais centrais para a cultura. Ainda há literatura europeia florescendo. Verdade, há coisas boas. Há essa frase do [filósofo alemão do século 18] Hegel, "a coruja de Minerva abre suas asas após o anoitecer", que quer dizer que a cultura floresce quando os países parecem estar em declínio. As pessoas que conheço lá, jornalistas, críticos literários, seguem produzindo. Mas quando vou ao México ou ao Brasil, sinto uma vitalidade que não sinto mais em Paris ou Londres -- há Berlim, claro, que é uma cidade vibrante. A exaustão, além da economia, vem de onde? É difícil apontar, mas acho que um dos pontos de dificuldade é a educação superior. As universidades estão sofrendo na Europa inteira. As universidades italianas estão no caos, e os estudantes que obtêm doutorados na Europa partem para os EUA ou a América Latina porque lá não há lugar para eles, seja em física ou em filosofia. A Alemanha, que tinha um ótimo sistema, está tentando manter tudo em pé e manter seus centros de excelência, mas as universidades alemãs estão oferecendo seminários para turmas de cem pessoas, o que é inviável. As universidades francesas estão em má forma, sem o financiamento adequado, e na Inglaterra, que tem o melhor sistema, o financiamento afundou. Há um declínio na aprendizagem, e isso se reflete na sociedade. A Europa está sem recursos para manter esse maravilhoso sistema de universidades funcionando. É o dilema do ovo e da galinha, o declínio na educação afetará a economia. É um círculo vicioso, e há provas de que investimentos em educação melhoram a economia em vários aspectos, não só tecnológico, mas ao produzir uma força de trabalho que tenha domínio da linguagem, por exemplo. Quando eu vejo as pessoas na Europa cometerem erros de gramática, eu me preocupo. Pode soar pedante, besta, mas a deterioração da gramática é um sintoma da deterioração cultural. Qual seria o papel cultural dos emergentes, quase sempre deixados em segundo plano nos altos círculos? Há mais interesse nos EUA pela América Latina. Na Europa, sempre houve uma certa condescendência. Mas nos EUA eu diria que é mais ignorância do que outra coisa. Temos tanta coisa em comum com o Brasil que há uma abertura para a experiência latina nos EUA do que na Europa, embora a ignorância esteja lá ainda. Muitos amigos e alunos meus hoje falam espanhol, alguns falam português e há gente interessada em mandarim. Houve uma mudança no centro de gravidade cultural, e acho que haverá cada vez mais colaboração entre a América do Norte e a do Sul. Temos muito a aprender, e deveríamos começar tirando vantagem dessa nova habilidade linguística. O português não se disseminou tanto [nos EUA como o espanhol], mas há uma vitalidade cultural popular no Brasil que fascina os americanos. Eu acho que vamos ver aumentar o intercâmbio cultural entre o norte e o sul nas Américas e menos na Europa, embora eu fique impressionado com a sofisticação das pessoas em São Paulo que sempre sabem a última novidade da Rive Gauche. Vocês têm uma intelligentsia que não existe nos EUA, onde o prestígio de ser um intelectual é menor do que em outros lugares. Em Harvard, onde o sr. está, isso não parece verdade. Ah sim, os professores de Harvard se levam a sério demais, mas eu tento evitar... Mas acho que as universidades deveriam querer ter cada vez mais estrangeiros participando de sua vida. Tem sido uma meta, mas não sei se é um desejo genuíno de atrair o melhor ou uma questão financeira. É genuíno, as universidades prosperam com talento, e muitos desses talentos estão fora dos EUA. Por causa disso, o MIT [Massachusetts Institute of Technology] é um lugar mais vibrante do que Harvard, achou eu, embora estejamos trabalhando com eles em vários projetos, inclusive nas bibliotecas... Qual o futuro das bibliotecas, com a digitalização? O futuro é o acesso aberto. Abrir os tesouros intelectuais guardados nas nossas grandes bibliotecas de pesquisa, como a de Harvard, para o mundo. Eu recebi a incumbência de criar a Biblioteca Pública Digital da América, e há dois anos estamos trabalhando para criar um novo tipo de biblioteca. Vamos pegar coleções digitais de todas as grandes bibliotecas do país e usá-las como base de uma grande coleção de livros, manuscritos, filmes, gravações e canções que ficarão disponíveis de graça para todo mundo no mundo. Vamos estrear em abril do ano que vem. Será uma versão preliminar, mas vai crescer até um dia, eu acho, superar a Biblioteca do Congresso, a maior do mundo. Quantos títulos estarão disponíveis em abril? Não sei ainda, depende de quantas pessoas conseguirmos mobilizar. Hoje há cerca de 2 milhões de títulos de domínio público, que não estão mais vinculados a direitos autorais, e coleções especiais. A maioria das bibliotecas tem, além de livros raros, coleções específicas -- aqui temos os escritos de Emily Dickson. Isso será digitalizado e disponibilizado on-line. Com os anos, a riqueza intelectual acumulada será enorme. E nós temos dinheiro para fazer. Tecnologicamente, o Google nos mostrou o caminho, e em termos de financiamento, não dependemos de dinheiro público, do Congresso. Estamos arrecadando com fundações privadas. Quanto custa o projeto? Ainda não temos o orçamento para o futuro ainda, mas preparar as bases da biblioteca nos custou US$ 5 milhões, com instalações modestas aqui, um secretariado e uma pequena equipe, além de seis forças-tarefa pelo país que trabalham nos diferentes aspectos do projeto, como a questão dos direitos autorais. Porque queremos repeitar os direitos autorais, mas queremos ter na biblioteca livros cobertos por direitos autorais mas com a edição esgotada. E isso envolve milhões de livros, o século 20 inteiro, fora o 21. O Google tentou tentou disponibilizar esses livros em uma biblioteca comercial online, mas os tribunais vetaram. Acho que a nossa tentativa vai prosperar, porque estamos comprometidos com o bem comum, não visamos lucro. A questão é como fazer. O debate sobre direitos autorais hoje é um dos mais intrincados e difíceis... Pois é, estou ansioso para saber como está no Brasil, porque espero que possamos cooperar. A ideia é de uma biblioteca internacional com base nos EUA, e já assinamos um acordo com a Europeana, que é a tentativa pan-europeia de fazer o mesmo. Mas você tem razão, a contenda da propriedade intelectual é enorme, e tem sido dominada pelo lobby de Hollywood, preocupado com filmes e música, não com a herança cultural do país. Temos de arrumar uma forma de disponibilizar essa riqueza intelectual. Temos professores de direito aqui e em outros lugares estudando formas legítimas de fazer isso. Um jeito é por meio dos processos de "fair use" (uso justo) -- esperamos ampliar a extensão dele. Estudando a lei americana, é inevitável achar que ela precisa mudar. Eu também acho. A primeira lei americana, de 1790, seguia o exemplo britânico, que era de 14 anos renováveis por mais 14. Hoje, a vida do autor mais 70 anos, é mais do que um século, um absurdo. A questão é como mudar isso com esse Congresso. O país está desiludido com a capacidade desse Congresso de fazer qualquer coisa. Então estamos tentando mudar nos tribunais. E não pode ser tijolo a tijolo, pois queremos milhões de livros na biblioteca. Precisamos de uma estratégia que abra caminho para a digitalização em massa na comunicação. O sr. deu uma entrevista à minha colega da Folha Claudia Antunes, no ano passado, na qual mostrava otimismo com a Primavera Árabe. Como se sente mais de um ano depois? Como um estudioso da Revolução Francesa, eu estava esperando sintomas de liberação em todas as frentes, e hoje estou procurando sintomas de reação, que é o que acontece em tempos revolucionários. O lugar mais excitante é o Egito. É claro que houver reações, é interessante ver como o aumento de criminalidade e a desordem foi explorado por alguns candidatos à Presidência. Parece ser tudo sobre o que eles falam hoje. Eles também falam do movimento islâmico, da Irmandade Muçulmana, que foi parte do movimento desde o início. O que parece estar menos forte é o radicalismo secular. Acho que estamos agora em 1791 [da Revolução Francesa],e não em 1789, quando há um período de profunda preocupação com a ordem e a necessidade de se construir uma nova estrutura civil, com uma nova Constituição. Estou acompanhando o noticiários obre as eleições, atentamente, e há espaço para otimismo cauteloso. A Irmandade Muçulmana deve ganhar poder, o que é normal -- afinal, é um país muçulmano. Há muito medo do islã e incompreensão nos EUA. Mas eu sinto que o momento de fervor utópico passou e deu lugar ao momento de construção e consolidação. É menos dramático, mas é muito promissor. Só o fim da tortura, das prisões arbitrárias e, espero, da corrupção são um passo enorme adiante

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Enade - links

www.inep.gov.br http://portal.inep.gov.br/manual-do-enade http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/manuais/manual_enade_18_07_2011.pdf http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/manuais/manual_enade_18_07_2011.pdf http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/legislacao/2012/portaria_normativa_n6_enade_2012.pdf

terça-feira, 24 de abril de 2012

SÍRIA: POR QUE ASSAD NÃO CAI

Guerra civil recrudesce, e ONU condena tirania, mas Immanuel Wallerstein analisa: pressão internacional por sua derrubada não passa de retórica Por Immanuel Wallerstein | Tradução: Antonio Martins O presidente sírio, Bachar al-Assad suporta o peso de ser um dos homens menos populares no mundo. É apontado como tirano – um tirano muito sangrento – por quase todos. Mesmos os governos que se recusam a denunciá-lo parecem aconselhá-lo a conter a repressão e fazer algum tipo de concessão política a seus oponentes internos. Mas como ele pode ignorar todos estes conselhos e continuar a aplicar força máxima para manter o controle político de seu país? Por que não há nenhuma intervenção externa, para provocar sua derrubada? Para responder a estas questões, vamos começar reconhecendo suas forças. Primeiro, ele tem um exército razoavelmente poderoso; e até agora, com poucas exceções, o exército e outras estruturas de força na Síria permanecem leais ao regime. Além disso, ele ainda parece ter o apoio de ao menos metade da população, naquilo que está sendo descrito, cada vez mais, como uma guerra civil. Os postos-chaves do governo e nos quadros do exército estão em mãos dos alawitas, uma ala do Islã xiita. São uma minoria entre a população e certamente temem o que pode lhes suceder se as forças de oposição, largamente sunitas, tomarem o poder. Além disso, as outras forças de minoria significativas – cristãos, drusos e curdos – também parecem temer um governo sunita. Por fim, a ampla burguesia mercantil ainda não se voltou contra o regime do Partido Baath. Mas isso é suficiente? Se fosse tudo, duvido que Assad pudesse manter-se por muito tempo. O regime está sendo pressionado economicamente. O Exército Sírio Livre, na oposição, está sendo abastecido de armamentos pelos sunitas iraquianos e provavelmente pelo Qatar. O coro de denúncias na imprensa mundial, e em grupos políticos de múltiplas tendências, cresce a cada dia. Ainda assim, não creio que encontremos, em um ano ou dois, Assad fora do poder, ou o regime substancialmente mudado. A razão é que aqueles que mais o denunciam não desejam de fato que ele vá. Vamos analisá-los um por um. Arábia Saudita: o ministro do Exterior disse ao New York Times que “a violência tem de ser interrompida e o governo sírio não merece mais nenhuma chance”. Parece de fato duro, até que se leia o adendo: “a intervenção internacional deve ser descartada”. O fato é que a Arábia Saudita quer o crédito por se opor a Assad mas teme muito o que poderá sucedê-lo. Sabe que numa Síria pós-Assad (provavelmente, muito caótica), a Al Qaeda encontraria uma base; e que o objetivo número um da Al Qaeda é derrubar o regime saudita. Logo, “sem intervenção internacional”. Israel: sim, os israelenses continuam obcecados com o Irã. E sim, a Síria baathista continua sendo um poder favorável ao Irã. Mas no frigir dos ovos, a Síria tem sido um vizinho árabe relativamente tranquilo, uma ilha de estabilidade para os israelenses. Sim, os sírios ajudam o Hezbollah, mas o Hezbollah também tem se mantido quieto. Por que os israelenses desejariam correr o risco de uma Síria pós-baathista turbulenta? Quem assumiria o poder? Seja quem for, não teria que reforçar suas credenciais ampliando a jihad contra Israel? E a queda de Assad não abalaria a estabilidade relativa que o Líbano parece agora desfrutar? Isso não terminaria reforçando e renovando o radicalismo do Hezbollah? Israel teria muito a perder, e não muito a ganhar, se Assad caísse. Estados Unidos: a Casa Branca fala grosso. Mas você percebeu como ela é cautelosa, na prática? OWashington Post deu, a um artigo de 11/2, o título: “Massacre consuma-se, mas EUA não veem ‘nenhuma opção’ na Síria”. O texto frisa que Washington “não tem apetite para uma intervenção militar”. Nenhum apetite, apesar da pressão de intelectuais neocons como Charles Krauthammer – suficientemente honesto para admitir que “não se trata apenas de liberdade”. Trata-se, ele diz, de desconstruir o regime iraniano. Mas não é exatamente por isso que Obama e seus conselheiros não veem alternativas?Eles foram pressionados para aderir à operação na Líbia. Os EUA não perderam muitas vidas, mas será que obtiveram alguma vantagem geopolítica? O novo regime líbio – se é que há um novo regime líbio – será melhor que o anterior? Ou é o começo de uma longa instabilidade interna, como a que abalou o Iraque? Posso imaginar o suspiro de alívio em Washington, quando a Rússia vetou a resolução da ONU sobre a Síria. A pressão para iniciar uma intervenção de estilo líbio foi suspensa. Obama foi protegido, pelo veto russo, da pressão republicana em torno do tema. E Susan Rice, a embaixadora dos EUA junto à ONU, pôde jogar toda a culpa em Moscou. Eles foram “repugnantes”, disse ela, oh, tão diplomática. França: Sempre nostálgico do papel outrora dominante de seu país na Síria, o ministro do Exterior, Alain Juppé, grita e denuncia. Mas tropas? Você só pode estar brincando. Há uma eleição à vista, e enviar soldados não renderia voto algum – especialmente porque, ao contrário da Líbia, não seria um passeio. Turquia: o país ampliou de forma inacreditável suas relações com o mundo árabe, na última década. Ele está de fato descontente com uma guerra civil em suas fronteiras. Adoraria algum tipo de acordo político. Mas o ministro do Exterior, Ahmet Davutoglu teria garantido que “a Turquia não provê armas nem apoia desertores do exército”. Os turcos desejam, basicamente, ter boas relações com todas as partes. Além disso, a Turquia tem sua própria questão curda e a Síria poderia oferecer apoio ativo a esta minoria – o que, até agora, ela se absteve de fazer. Portanto, quem quer intervir na Síria? Talvez, o Qatar. Mas o país, embora rico, está longe de ser uma potência militar. O ponto de partida é que, ainda que a retórica seja dura; e a guerra civil, feia, ninguém quer de fato que Assad vá. Por isso, tudo indica que ele ficará. http://rnblogprog.org/2012/02/26/siria-por-que-assad-nao-cai/ Immanuel Maurice Wallerstein sociólogo estadunidense, mais conhecido pela sua contribuição fundadora para a teoria do sistema-mundo. Seus comentários bimensais sobre questões globais são distribuídos pela Agence Global para publicações como Le Monde diplomatique e The Nation.[1] No Brasil, seus artigos são publicados na revista Fórum e na revista virtual Outras Palavras.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Equipe de paz da ONU deve chegar à Síria em dois dias

http://topicos.estadao.com.br/siria

O ESTADO DE SP 03 Abril 2012

Equipe de paz da ONU deve chegar à Síria em dois dias

Ideia é discutir a distribuição de observadores para monitorar o cessar-fogo na Síria, afirmou o
porta-voz de Kofi Annan, Ahmad Fawzi
03 de abril de 2012 | 10h 46
GENEBRA - Uma equipe antecipada do departamento de manutenção de paz da
Organização das Nações Unidas (ONU) deve chegar a Damasco dentro de 48 horas para
discutir a distribuição de observadores para monitorar o cessar-fogo na Síria, afirmou o
porta-voz do mediador internacional Kofi Annan, Ahmad Fawzi, nesta terça-feira, 3.
"Uma missão de planejamento do
Departamento de Operações de Manutenção
de Paz (DPKO, sigla em inglês) deve chegar a
Damasco dentro de 48 horas", disse o portavoz de Annan à Reuters, em Genebra.
Como parte de um plano de paz de seis partes apresentado por Annan para acabar com os
confrontos, tropas de manutenção de paz da ONU estão planejando uma missão de
monitoramento do cessar-fogo composta por cerca de 200 a 250 observadores
desarmados.
A Síria prometeu retirar todas unidades militares das cidades até 10 de abril para abrir
caminho para um cessar-fogo com rebeldes dois dias depois, apesar de enviados ocidentais
estarem céticos quanto à intenção do governo sírio de acabar com a sua repressão de mais
de um ano a seus oponentes.
Annan, enviado conjunto da Liga árabe e da ONU que está baseado na Suíça, fez um
discurso para o Conselho de Segurança sobre o prazo por videoconferência na segundafeira.
"O senhor Annan está agradecido pelo apoio russo e chinês e a unidade que o Conselho de
Segurança mostrou novamente em apoiar seu plano e garantindo a sua implementação",
afirmou Fawzi.

terça-feira, 13 de março de 2012

Parlamento do Egito pede que governo revise acordos com Israel

12/03/2012 - 17h59

Parlamento do Egito pede que governo revise acordos com Israel

Folha São Paulo - DA EFE, NO CAIRO
A Assembleia do Povo do Parlamento do Egito pediu ao governo do país a revisão de todas as relações e acordos com o Estado de Israel, a primeira medida do gênero após a renúncia do ditador Hosni Mubarak, em janeiro de 2011.
Os congressistas da câmara baixa da casa, equivalente à Câmara de Deputados brasileira, qualificaram o país judeu como "inimigo número um do Egito e do mundo árabe". Após as eleições de janeiro, a casa ganhou maioria de militantes islâmicos, especialmente da coalizão formada pelo grupo Irmãos Muçulmanos.
Os parlamentares também aprovaram uma resolução que pede a expulsão do embaixador israelense no Cairo e a retirada do corpo diplomático egípcio de Israel. Apesar das aprovações, a Junta militar ainda possui o poder na política internacional e afirmou em diferentes ocasiões que não pretende reavaliar os tratados internacionais.
ENTIDADE SIONISTA
O documento, que chama Israel de "entidade sionista", contém oito pontos que marcam uma mudança na política egípcia no Oriente Médio.
Além de considerar Israel o principal inimigo do país e pedir a interrupção das relações diplomáticas, exige o fim imediato do envio de gás ao país e a revisão do acordo de não proliferação de armas nucleares enquanto o país judeu não assinar o documento.
A resolução também menciona os Estados Unidos, pedindo que os americanos e a comunidade internacional atuem "com seriedade" ante o perigo nuclear israelense da mesma forma que fazem com o Irã e diz que Israel é "extensão natural" americana.
O motivo apontado para a aprovação da moção contra Israel são os bombardeios israelenses contra a faixa de Gaza que, desde sexta-feira, já provocaram a morte de pelo menos 23 pessoas e ferimentos em outras 70.
A paz entre Egito e Israel foi assinada em 1978, através do contrato de Camp David. Com a queda de Mubarak, aumentou a hostilidade contra Israel e os ataques aos gasodutos que ligam os dois países.

Assad rejeita propostas da ONU e tropas atacam Idlib


10/03/2012 - 18h40

Assad rejeita propostas da ONU e tropas atacam Idlib

Folha de São Paulo DA REUTERS, EM BEIRUTE
O presidente sírio, Bashar al-Assad, disse neste sábado ao enviado especial conjunto da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, que não há nenhuma possibilidade de uma solução política na Síria enquanto grupos "terroristas" estiverem tentando desestabilizar o país.
"A Síria está pronta para garantir o êxito de qualquer esforço honesto para encontrar uma solução para os acontecimentos que ela está testemunhando", afirmou Assad, de acordo com a agência de notícias estatal SANA.
"Nenhum diálogo político ou atividade política poderão ser bem sucedidos enquanto houver grupos terroristas armados operando e espalhando o caos e a instabilidade", disse o líder sírio depois de cerca de duas horas de reunião com o ex-secretário geral da Organização das Nações Unidas.
Um porta-voz da ONU disse que Annan havia feito propostas a Assad para acabar com a violência e os assassinatos, permitir o acesso das agências humanitárias, libertar os detidos e iniciar um diálogo político na Síria.
As conversações foram "sinceras e abrangentes", teria dito Annan. Ele vai se encontrar com o presidente Assad novamente no domingo, antes de deixar a Síria para visitar o Catar. Mais tarde neste sábado, Annan se encontrou com líderes da oposição, jovens ativistas e empresários.
Milhares de pessoas já morreram na Síria desde que uma revolta popular contra Assad começou há um ano. Segundo a ONU, esse número já passa de 7.500 vítimas.
Enquanto Annan e Assad discutiam a crise, tropas sírias atacavam a cidade de Idlib, um reduto rebelde.
"Forças do regime acabaram de entrar em Idlib com tanques e bombardeios pesados estão ocorrendo agora", disse um ativista local por telefone. O barulho das explosões podia ser ouvido durante a chamada.
Dezesseis combatentes rebeldes, sete soldados e quatro civis foram mortos durante o combate em Idlib, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que afirmou que outras 15 pessoas, incluindo três soldados, morreram devido à violência em outra localidade.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que se encontrou com Annan no Egito mais cedo neste sábado, disse à Liga Árabe que o seu país "não estava protegendo nenhum regime", mas que não acreditava que a crise Síria fosse culpa de apenas um dos lados.
Ele pediu um cessar-fogo e o acesso de ajuda humanitária, mas o Catar e a Arábia Saudita criticaram fortemente a posição de Moscou.
Annan, que também se reuniu com Hassan Abdulazim, um antigo oponente de Assad, pediu que se encontrasse uma solução política, mas muitos líderes da oposição dizem que o momento para o diálogo já passou há muito tempo.
"A violência precisa cessar e os presos devem ser libertados para que um período de transição seja negociado", disse Abdulazim depois da reunião. "Não haverá nenhuma solução para a crise enquanto houver violência, matanças, prisões e ameaças."
O Conselho Nacional Sírio que está no exílio disse em um comunicado no seu site que qualquer diálogo está descartado enquanto Assad estiver no poder.
A visita de Annan a Damasco aconteceu depois de um dia violento em que, segundo ativistas, as forças de Assad mataram pelo menos 72 pessoas ao bombardear partes da cidade rebelde de Homs, além de tentar dissuadir manifestantes e esmagar rebeldes em outras partes do país.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Segundo pesquisa Computador prejudica o sono mais que cigarro, álcool e balada

Ficar na frente do computador à noite é pior para a saúde do sono do que beber, fumar ou sair para a balada. Uma pesquisa da Unicamp avaliou 710 universitários e descobriu que, de cada dez pessoas que usam o PC à noite, até sete enfrentam problemas para dormir.
Dentre todos os jovens analisados, 486 eram mulheres e 224 homens. Desse total, 60% (428) foram classificados como maus dormidores. Esse índice subiu quando eram avaliados apenas os internautas noturnos e os fumantes.

O estudo concluiu que, entre os que usam a o micro das 19h à meia-noite, 73,3% foram classificados como maus dormidores. Para quem assiste à televisão no mesmo horário, por exemplo, o sono foi prejudicado em 59,7% dos casos.

De acordo com a psicóloga Gema Galgani Mesquita, autora do estudo, a luminosidade do computador, assim como a da televisão e a das lâmpadas, estimula os neurônios e desregula a liberação da melatonina, o hormônio do sono. Isso impede que a pessoa chegue ao sono profundo e reparador.

- O grande vilão do sono é a luz. Exposto à luminosidade, o organismo não metaboliza o hormônio na forma que precisa para ter um sono reparador.

No caso do computador, os danos são ainda maiores por dois motivos: a proximidade com a tela e o conteúdo. Na comparação com a televisão, a internet demanda mais atividade mental do usuário.

Para a psiquiatra Ana Paula Hecksher, especialista em sono, o computador é mais presente na vida do jovem do que o álcool e o cigarro.

- O computador acaba sendo um vilão maior. Tem uma frequência mais intensa. E ele prejudica o jovem ainda que ele faça atividades adequadas, como uma pesquisa.

O que agrava o cenário, segundo a autora do estudo, é que as novas gerações estão acostumadas a se comunicar pela internet, hábito que não vai ficar para trás ao longo da vida.

- Para quem quer dormir bem, o ideal é sair às oito da noite do computador. Porque aí vai dar tempo de metabolizar o hormônio do sono.

Mulheres sofrem mais

O estudo da Unicamp revelou ainda que as mulheres são mais prejudicadas pelos efeitos do computador que os homens. Ao avaliar aquelas que usam o micro das 19h às 24h durante os fins de semana, 83,4% foram classificadas como más dormidoras. No caso dos homens, o maior índice não passou dos 62,5% e se refere àqueles que ficam conectados das 19 às 22h. De acordo com a autora do estudo, ainda não se sabe porque os resultados são diferentes para eles e elas.
- Talvez seja uma diferença hormonal, na metabolização do hormônio do sono, ou talvez seja a maior resistência física deles. Não sabemos ainda. Essa será a próxima fase da pesquisa.
Os efeitos do tabaco sobre o sono também foram significativos. Segundo a pesquisa, dentre os que fumam, 70,5% foram considerados maus dormidores. Já entre os não fumantes, 59,7% dormiam mal.

- O tabagista apresentou mais distúrbios do sono, como acordar no meio da noite, demorar mais para dormir ou ter pesadelos.
Apesar de o estudo ter avaliado pessoas com idade universitária, a pesquisadora afirma que os resultados devem se repetir em todas as faixas etárias. Com um agravante: para os adultos, idosos, crianças e adolescentes, as consequências são ainda piores.

- Um jovem está no auge da resistência física, resiste muito mais às agressões da vida do que um adulto, idoso, criança ou adolescente.


Riscos

Os perigos de dormir mal é que, no decorrer do tempo, o hábito pode levar a distúrbios psíquicos, segundo a autora do estudo.


Ela alerta que, no curto prazo, a memória e a concentração ficam prejudicadas e é aberto espaço para problemas gastrointestinais e outras doenças.
- A diabetes tipo dois e a obesidade também estão associadas à diminuição do tempo de sono em geral.
O estudo da Unicamp mostrou que até mesmo os exercícios podem prejudicar o sono se eles são combinados com maus hábitos. A pesquisa mostrou que aqueles que praticam exercícios, mas que ficam na frente do PC das 19h à meia-noite, tiveram mais problemas pra dormir do que aqueles que não praticavam exercícios e que passavam a noite no micro.

Apesar de ser um resultado surpreendente, Gema afirma que a prática de atividades leva a uma melhor noite de sono, desde a pessoa tenha uma boa alimentação, e evite o álcool e o PC.

- Não é malhar e depois ficar na frente do computador. Isso não adianta, não resolve nada.

Fonte : http://www.saocarlosoficial.com.br/noticias/?n=Segundo+pesquisa+Computador+prejudica+o+sono+mais+que+cigarro,+alcool+e+balada_3WYFHC4I6M

Palestra Enem


Blogs :  dicasdoprofmilton.blogspot.com  atualprofmilton.blogspot.com - simuladoprofmilton.blogspot.com

EnemAtenção às atualidades ajuda a desenvolver competências ... ultimosegundo.ig.com.br/.../enem/enem...atualidades+ajuda...dese... –
www.mundovestibular.com.br/.../Enem-2011-Provas...aplicadas-a.

Atualidades podem cair em mais de uma disciplina ... - Folha

www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1283451608.pdf
topicos.estadao.com.br/taleban

‘O Exame exige sobretudo a habilidade de analisar, relacionar, comparar e compreender fatos históricos, ‘
Inteligência = a função psicológica responsável pela capacidade que temos de compreender o significado das coisas, de conceituar.   A inteligência apresenta à consciência a circunstância em que se encontra, permitindo com que ela se situe no contexto em que se encontra, e para a partir disso tomar as decisões mais adequadas http://www.psicosite.com.br/pro/art004.htm  O Conceito de inteligência

[PDF] A contemporaneidade como idade mídia - Scielowww.scielo.br/pdf/icse/v4n7/03.pdf



 ‘A crença de que a sociedade tradicional seja estática e imóvel é um mito da ciência social vulgar. Até um certo ponto de mudança ela pode permanecer "tradicional": o molde do passado continua a modelar o presente, ou assim se imagina.’ pg25 ‘O domínio do passado não implica uma imagem de imobilidade social. É compatível com visões cíclicas de mudanças. É incompatível com a idéia de progresso contínuo.’  p. 25. Eric Hobsbawn Sobre História
Mais cedo ou mais tarde tudo se transforma no seu contrário . S. Freud
blog.passofundo.net/.../pesquisa-revela-jovens-nao-sabem-o-que... -
Política desacreditada reduz a participação de jovens eleitores http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=760732
Favoritos 2011 (façam suas apostas) : Primavera Árabe, Bin Laden (Al Qaeda, Afeganistão, Paquistão, 10 anos 11 Set) , Terremoto Japão,  Crise EUA, Crise Europa, Estado Palestino, Sudão do Sul, Pré Sal, Energia Nuclear, Irã, Novo Código Florestal Brasileiro, Dilma Roussef,  ‘Faxina nos Ministérios’,  Somália, Massacre Noruega ( NeoFascismo), UPPs no Rio de Janeiro, Marcha da Maconha e das Vadias, Steve Jobs, Massacre Realengo (desarmamento) , Bueiros RJ, Conflitos de Londres, etc etc
‘ Primavera Árabe ‘ : Links : * Geografia do Oriente Médio - * História da Região  -  Maomé e a Unificação sob o Islã + A expansão muçulmana -  O Império Turco Otomano +  O Imperialismo Europeu -  As nacionalidades após a 2ª guerra + Ditaduras -   A criação do Estado de Israel +  O conflito Israel x Palestina -  As relações com os EUA / Acordos Camp David 1979 -  A cultura muçulmana + Jovens & Mulheres - Revoltas e Revoluções   História Geral Revolução Inglesa sec XVII / Revol. EUA 1776 Revolução Francesa sec XVII Revoluções Sec XIX Europa ‘Primavera dos povos’ 1968 Os jovens em ebulição  História Brasil  Revoltas Brasil Colônia :  Inconf Mineira / Conjura Bahiana  Revoltas Brasil Império : Cabanagem,Balaiada,Sabinada e Farroupilha Revoltas Brasil República : Federalista, da Armada, Canudos, Contestado, Tenentismo, SP 1924, Revol  1930, SP 1932, Intentona Comunista 1935
11/ SET + 10 + Morte de Osama Bin Laden Links : Invasão Soviética Afeganistão  + Talebans (Our friends) Fundamentalismo & Terrorismo + Al Qaeda Afeganistão & Paquistão + Relações com os EUA  Doutrinas Bush & Obama + Retirada tropas EUA Guerras Iraque & Afeganistão Morte Osama & Eleições EUA
Terremoto Japão, links : Geologia, teoria Placas tectônicas, Mapa estrutura geológica da terra História Terremotos, Vulcões e Tsunamis  A Energia Nuclear + O Desastre Fukushima Os grandes perigos da energia atômica : Hiroshima, Nagasaki, Tree Mile Island, Chernobyl, etc  Energia Atômica & Brasil = Angra dos Reis
Crise $ EUA : Links A natureza da crise : a lógica ( perversa) do sistema financeiro História do capitalismo : mercantilismo, industrialismo e a financeirização do mundo  As  comparações com a Grande Depressão de 1929  A economia dos EUA no séc XX : Roosevelt e o New Deal   Nixon, Reagan, e Bush(s) = a volta da desregulamentação  Obama leu Roosevelt ? A economia mundial sec XXI : Os emergentes China, Índia & Brasil
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Brasil Novo Código Florestal : Links  A proposta de reforma do Código Florestal Brasileiro - O embate no Congresso - Ruralistas e Ambientalistas, personagens e argumentos O Código de 1965 e seus objetos :Margens de rios, Encostas, Reservas Legais, APPs, Reflorestamento e Anistia.- Economia e/ou Ecologia ? Convivência ou confronto - Os Biomas e suas devastações, um caso de esquizofrenia? -  Especialistas e referências : O que dizem Ongs, Ministérios, produtores e cientistas.- Brasil : Conflitos pela terra, uma velha, triste e sangrenta história.
Pré- Sal : Links : História do Petróleo Roteiro da exploração do petróleo no Brasil e no mundo Pré-Sal - A descoberta que pode mudar nossa história A problemática da exploração :  É viável ? A questão Ambiental O 'Marco Regulatório'  As Disputas Políticas A destinação dos recursos
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