terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Febre Amarela

19/01/2008 - 23h44
Confirmada 8ª morte por febre amarela; Saúde alerta para superdosagem de vacina
da Folha Online
O Ministério da Saúde confirmou no sábado (19) a oitava morte por febre amarela neste ano no Brasil. A elevação acentuada na procura pela vacina por pessoas que já tomaram a dose em prazo inferior a dez anos forçou a Secretária de Vigilância em Saúde emitir um alerta contra a superdosagem.
Ao todo, 12 casos da doença foram confirmados e outros oito --entre eles uma morte-- estão em investigação. Hoje o total de notificações chegou a 33, dos quais 16 já foram descartados e sete permanecem em investigação, seis deles em Goiás e um em Mato Grosso do Sul.
A oitava morte ocorreu em 4 de janeiro e foi informada pela Secretaria de Saúde de Goiás. De todos os casos confirmados até agora, dez ocorreram no Estado --entre eles todas as mortes-- e dois em Mato Grosso do Sul.
Segundo o Ministério da Saúde, a imunização é válida por dez anos e não deve ser tomada mais de uma vez no período. Segundo a pasta, há 31 casos de reações adversas à vacina contra febre amarela por superdosagem.
Estas pessoas, segundo o ministério, tomaram uma nova dose de vacina antes que a anterior expirasse. Em dois destes casos, os pacientes estão internados em estado grave. Existe um caso de uma pessoa que tomou a vacina anualmente desde 2004.
Entre os sintomas da superdosagem listados pelo Ministério da Saúde estão febre acima de 39º, vômito, enrijecimento dos músculos, alergia e problemas neurológicos.
A partir da segunda-feira (21), a Vigilância em Saúde irá pedir às secretarias estaduais de saúde que reforcem o alerta à população sobre os possíveis riscos de revacinação contra a febre amarela.
Endêmica
Os Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul estão na área onde a doença é considerada endêmica. Todos os Estados da região Norte, além de Maranhão e Distrito Federal também estão nesta classificação. O sul do Piauí, o oeste da Bahia e as faixas oeste de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são consideradas áreas de transição.
O melhor modo de se prevenir contra a febre amarela é a vacinação, por isso existe uma corrida aos postos de saúde para a imunização. Pessoas a quem a vacina é contra-indicada, (crianças com menos de seis meses, quem tem alergia a ovo, mulheres grávidas ou pessoas com Aids) devem evitar as regiões endêmicas, usar repelente e expor a menor área possível do corpo.
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22/01/2008 - 03h06
Cerca de 6,6 milhões vivem em áreas sob risco de febre amarela

da Folha Online
Mais de 6,6 milhões de brasileiros vivem atualmente em municípios considerados em alerta para a febre amarela, a maioria em Goiás, revela reportagem de Angela Pinho e Johanna Nublat publicada na edição desta terça-feira da Folha de S.Paulo (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
O levantamento feito pela Folha --com base em informações das secretarias estaduais da Saúde-- mostra que estão sob risco da doença 15 regiões do Distrito Federal e 92 municípios de seis Estados: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pará, Roraima e Mato Grosso do Sul.
A maior parte dos municípios em risco está em Goiás, local provável de contágio de 10 dos 11 casos confirmados da doença neste ano. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, são 66 as cidades em alerta.
Para ser considerado em alerta para a febre amarela, o município deve ter registrado casos recentes de morte de macacos próximos a áreas urbanas --tendo sido confirmada ou não a morte pelo vírus.
Até hoje, o governo confirmou oito mortes por febre amarela no país.
16/01/2008 - 17h02
Vacina é única forma de evitar febre amarela; saiba mais
da Folha Online
O surgimento de casos de febre amarela no início deste ano provocou uma corrida aos postos de vacinação. A imunização é a única forma de evitar a doença.
O governo federal afirma que todos os casos confirmados são da forma silvestre --contraídos em matas localizadas em áreas de risco-- e descarta a possibilidade de uma epidemia. A forma urbana da doença não é registrada no país desde 1942.
A febre amarela é transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo e hemorragias, além de pele e olhos amarelados.
A doença, que não possui tratamento específico, pode levar à morte. O paciente deve ser hospitalizado, permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sangüíneas, quando indicado, de acordo com o Ministério da Saúde.
A vacinação é indicada para todas as pessoas que viajam ou vivem em áreas consideradas de risco para a doença --regiões Norte, Centro-Oeste, Maranhão, Minas Gerais, sul da Bahia e do Espírito Santo e oeste do Piauí, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
A vacina é aplicada gratuitamente em postos de saúde de todos os municípios do país, além de salas de vacinação em portos, aeroportos e fronteiras. Pode provocar dor de cabeça, febre e mal estar em algumas pessoas.
A proteção vale por dez anos e deve ser tomada dez dias antes da viagem para a área de risco. A imunização, no entanto, é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos --pessoas com o sistema imunológico debilitado-- e pessoas alérgicas a ovo.
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