segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

OFA ACT Geografia Milton Santos - outros

O aspecto social é enfatizado na análise de diversos autores.
Ganha importância na análise de Santos (1997), segundo o qual
o espaço é uma instância social: “consideramos o espaço como uma instância da sociedade, ao mesmo título que a
instância econômica e a instância cultural ideológica. Isso
significa que, como instância, ele é contido pelas demais
instâncias, assim como cada uma delas o contém e é por
ele contida. A economia está no espaço, assim como o
espaço está na economia. O mesmo se dá com o político-institucional e o ideológico-cultural. Isso quer dizer que a
essência do espaço é social.”
O militante de idéias
Geógrafo Milton Santos criticou a globalização mas acreditava em transformação social
"O sonho obriga o homem a pensar"
Milton Santos
Milton Santos (1926-2001) é considerado o maior geógrafo brasileiro pelos colegas de profissão. O professor de voz calma e olhar tranqüilo sublinhou o aspecto humano da geografia e criticou a globalização perversa. Via na população pobre o ator social capaz de promover uma outra globalização, que defendeu em livros e conferências pelo mundo.


Milton nasceu em Brotas de Macaúbas (BA) a 3/5/26 e faleceu em São Paulo a 24/6/01.
(foto: Oswaldo J. dos Santos/Agência USP)


Milton introduziu importantes discussões na geografia, como a retomada de autores clássicos, e foi um dos expoentes do movimento de renovação crítica da disciplina. Preocupado com a questão metodológica, construiu conceitos, aprofundou o debate epistemológico e buscou na transdisciplinaridade uma visão totalizadora da sociedade.
Esquerdista convicto, não se filiou a partidos: "não sou militante de coisa alguma, apenas de idéias", diz em uma de suas frases mais divulgadas. O estilo independente revela a influência sartreana desse brasileiro que se celebrizou na França, onde obteve o doutorado e lecionou durante a ditadura.
Apesar da complexidade de seu pensamento, o alcance das idéias de Milton pode ser medido pela repercussão de uma entrevista concedida ao programa Roda Viva em 1998: os telefones ficaram congestionados com pessoas emocionadas, agradecendo a emissora pela transmissão. Sua produção acadêmica não permite modéstia: são cerca de 40 livros e 300 artigos científicos. Foi o único estudioso fora do mundo anglo-saxão a receber o mais alto prêmio internacional em geografia, o Prêmio Vautrin Lud (1994). Considerada equivalente ao Nobel na Geografia, a láurea marcou o reconhecimento de suas idéias no Brasil.


(foto: Jorge Maruta/Agência USP)


Milton foi consultor da Organização das Nações Unidas, da Unesco, da Organização Internacional do Trabalho e da Organização dos Estados Americanos. Também foi consultor em várias áreas junto aos governos da Argélia, Guiné-Bissau e Venezuela. Possuía 13 títulos de doutor honoris causa, recebidos no Brasil, França, Argentina e Itália, entre outros. Foi membro do comitê de redação de revistas especializadas em geografia no Brasil e exterior. Fez pesquisas e conferências em mais de 20 países, dentre eles Japão, México, Índia, Tunísia, Benin, Gana, Espanha e Cuba.
Recebeu em 1997 o prêmio Jabuti pelo melhor livro em ciências humanas: A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. Em 1999 recebeu o Prêmio Chico Mendes por sua resistência. Foi condecorado Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico em 1995. Hoje, o geógrafo tantas vezes laureado empresta seu nome ao Prêmio Milton Santos de Saúde e Ambiente, criado pela Fundação Oswaldo Cruz.
Milton Santos nunca participou de movimentos negros -- acreditava que deveriam conquistar reconhecimento em atitudes como, por exemplo, ingressar na universidade. "Minha vida de todos os dias é a de negro", declarou. "Mantenho com a sociedade uma relação de negro. No Brasil, ela não é das mais confortáveis."
Esta é a versão em html do arquivo http://www1.univap.br/~sandra/introducao2.pdf.
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PAISAGEM X ESPAÇO
˛
GEOGRAFIA => GEO GRAFIA
˛
Descrição => influência do POSITIVISMO
˛
Geografia => ciência e como tal tem um OBJETO de estudo;
˛
Seu objeto foi mudando, ao longo de sua história, em
complexidade. No início => PAISAGEM. Hoje => ESPAÇO
˛
ESPAÇO ≠
PAISAGEM, Porém há a
complementariedade entre os conceitos
˛
No dizer de Milton Santos (1997), “PAISAGEM é o domínio do
visível e não se forma apenas de volumes, mas também de
cores, movimentos, odores, sons etc. É o conjunto de objetos
que nosso corpo alcança e identifica”. Para este autor, a
dimensão da paisagem é a mesma da percepção, segundo a
crucial atuação do aparelho cognitivo. Assim, pessoas
diferentes apresentam diferentes versões do mesmo fato.
˛
O termo ESPAÇO, é portador de uma infinidade de
significados. Para Milton Santos (1996), o ESPAÇO é
entendido como “um conjunto de sistemas de objetos e de
sistemas de ações”. No espaço, segundo o mesmo autor, se
reúnem materialidade e ação humana.
TERRA
DESCRIÇÃO

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O ESPAÇO GEOGRÁFICO

São muitas as formas apreensão e abordagem sobre o espaço
geográfico;

É provável que a própria complexidade da constituição espacial
dificulte um consenso na abordagem do assunto;

Assim, dependendo do que se pretende analisar, o espaço
tende a receber uma atenção maior ou menor;

A noção de espaço é objeto de preocupação dos filósofos
desde Platão e Aristóteles. Todavia, cobre uma variedade tão
ampla de objetos e significações. Há o espaço terrestre, da
velha definição da geografia; há o espaço nação, sinônimo de
território, ESTADO; e há o espaço extraterrestre,
recentemente conquistado pelo homem e, até mesmo, o espaço
sideral.

O espaço que nos interessa é o espaço humano ou o social, que
contém ou é contido por todos esses múltiplos de espaço.

O aspecto social é enfatizado na análise de diversos autores.
Ganha importância na análise de Santos (1997), segundo o qual
o espaço é uma instância social: “consideramos o espaço como
uma instância da sociedade, ao mesmo título que a
instância econômica e a instância cultural ideológica. Isso
significa que, como instância, ele é contido pelas demais
instâncias, assim como cada uma delas o contém e é por
ele contida. A economia está no espaço, assim como o
espaço está na economia. O mesmo se dá com o político-institucional e o ideológico-cultural. Isso quer dizer que a
essência do espaço é social.”

Para as ciências econômicas, o espaço pode ser compreendido
a partir das atividades de troca, de produção, que nele
ocorrem, ou ainda, em função de uma problemática econômica.
Neste caso, o espaço geográfico passa a ser o espaço
econômico, que só pode ser entendido a partir da sua relação
comercial e intercâmbio com outros espaços. Dentro desta
perspectiva, algumas características do espaço, tais como sua
constituição física (natural), estrutura construída (infra-
estrutura) e localização não seriam tão importantes na
constituição do espaço, quanto as empresas instaladas.

No âmbito da história, o espaço é concebido como o PALCO (o
quadro natural) onde ocorrem as atividades e o
desenvolvimento das sociedades.

Para os arquitetos, o espaço constitui-se numa forma de
expressão social.

Nenhuma disciplina detém o monopólio de
estudo do espaço.

O geógrafo Milton Santos teve um papel fundamental nesta
discussão sobre o espaço geográfico. Como já colocado,
segundo o autor, a essência do espaço é social. Nesse caso, o
espaço não pode ser apenas formado pelas coisas, os objetos
geográficos, naturais e artificiais, cujo conjunto nos dá a
Natureza. O espaço é tudo isso, mais a sociedade: cada
fração da natureza abriga uma fração da sociedade atual;

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Segundo Santos(1985), “a compreensão da organização
espacial, bem como de sua evolução, só se torna possível
mediante a acurada interpretação do processo dialético entre
as formas, estrutura e funções através do tempo”.

Cada localização é, pois, um momento do imenso movimento do
mundo, apreendido em um ponto geográfico, um lugar. Por isso
mesmo, cada lugar está sempre mudando de significação,
graças ao movimento social

O espaço é composto por elementos: os homens, as firmas, as
instituições, o chamado meio ecológico e as infra-estruturas;
Seriam os atores que atuam estruturando e reestruturando o
espaço;
Esta é a versão em html do arquivo http://www.dpi.inpe.br/gilberto/infogeo/infogeo20.pdf.
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Geometrias não são Geografias: O Legado de Milton Santos
“O território é o dado essencial da condição da vida cotidiana”. Assim falava
o geógrafo e pensador Milton Santos, recentemente falecido. Neste artigo,
examinaremos algumas de suas reflexões, fundamentais para estabelecer as
bases da Ciência e Engenharia da Geoinformação. Esperamos que o texto
motive os leitores a conhecer melhor Milton Santos, de quem
recomendamos A Natureza do Espaço (ed. Hucitec, 1996) e Por uma nova
Globalização (ed. Record, 2000).
Começemos com um tema básico: o que é o espaço? Trata-se de um daqueles
conceitos que todos acham que sabem muito bem o que é e não hesitam em
discorrer sobre ele, mas atrapalham-se ao tentar defini-lo. Sabemos que as
geotecnologias são construídas a partir da idéia de produzir representações
computacionais do espaço. Mas será o espaço redutível a um agregado de
polígonos, tabelas, imagens e grades?
Para Milton Santos, o conceito de espaço era indivisível dos seres humanos
que o habitam e que o modificam todos os dias, através de sua tecnologia.
Em sua concepção, o espaço era ao mesmo tempo forma (como as estruturas
de uma imagem de satélite de nossa cidade) e função (o processo de ações
humanas que constroem a paisagem). Esta noção do espaço como um
conceito híbrido, em permanente mudança, está na base de sua síntese: “o
espaço é um conjunto de objetos e um conjunto de ações”. Síntese magistral e
de vastas consequências.
O que são “sistemas de objetos” e “sistemas de ações”? Todos aqueles que
lidam com geoinformação enfrentam estas questões no dia-a-dia, sem o
saber. Num GIS, o conceito de "sistemas de objetos" pode ser entendido
como resultante de uma modelagem conceitual orientada-a-objetos, que
estabelece uma correspondência entre o mundo real e sua representação
computacional. Por exemplo, quando especificamos um banco de dados
geográfico usando o modelo OMT-G, proposto pelos colegas Clodoveu
Davis e Karla Borges (veja mais em http://www.cdavis.hpg.com.br), estamos
definindo um “sistema de objetos”, ao caracterizar cada tipo de dados
espaciais (como eixo de logradouros, escola, bairro) e ao estabelecer seu papel
e seus relacionamentos.

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Mas Milton Santos não se limitou numa visão estática da realidade, tal como
a realizam os GIS de hoje. A noção complementar de “sistemas de ações”
aponta para a necessidade de capturarmos (explicitamente) os fatores de
mudança: Como estão evoluindo os indicadores sociais em nossas cidades?
Quais as novas articulações de poder que condicionam os diferenciais intra-
urbanos? O que vem acontencendo em São Paulo em função da
internacionalização da economia brasileira nos últimos 10 anos ?
Ora, diriam vocês, não cabe às geotecnologias responder sozinhas a estas
questões! Este é precisamente o cerne do argumento de Santos, que
completa: “geometrias não são geografias.” Aí está o grande desafio que
enfrentamos: o processo de entendimento da realidade geográfica vai muito
além da produção de mapas coloridos. Afinal, para quem toma decisões, as
ações e os processos são componentes fundamentais.
Deste modo, o conceito de espaço de Milton Santos contém em si tanto
aquilo que realizamos hoje com as geotecnologias – a definição de “sistemas
de objetos” – quanto os desafios que enfrentamos: caracterizar os “sistemas
de ações” que moldam a estrutura do espaço. Para colocar as geotecnologias
no centro dos processos de decisão política e empresarial, é preciso, como
dizia o mestre, “reinterpretar a lição dos objetos que nos cercam e das ações
que não podemos escapar.” Enquanto não conseguirmos realizar esta
totalidade, estaremos ancorados em uma comunidade fechada de
especialistas.
Sair do nicho tecnológico atual das geotecnologias implica em coloca-las
efetivamente à serviço da sociedade e não toma-las como um fim em si. No
limite, trata-se do desafio maior da sociedade brasileira, frente a uma
modernidade cada vez mais condicionada externamente.
Muito do pensamento de Milton Santos é dedicado a reagir criativamente a
este dilema. Ele dizia que “a técnica invadiu todos os aspectos da vida
humana, em todos os lugares”. Em sua concepção, as técnicas são hoje
autônomas e independentes das pessoas. No passado, uma parcela substancial
de nossos instrumentos de trabalho cotidiano era adaptada às nossas
capacidades. Hoje, os meios técnicos colocados à nossa disposição muitas
vezes foram pensados num outro contexto e para uma outra paisagem.

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Cabe lembrar que o panorama da evolução das geotecnologias aponta para
um conflito latente entre os chamados “GIS monolíticos”, com centenas de
funções e os “aplicativos geográficos”, personalizados para demandas
específicas. Trata-se da tensão entre um sistema “turn-key”, que vem pronto
para uso, concebido para Salt Lake City e não para Sobral, e um ambiente
construído por nossa competência, que pode utilizar tecnologia produzida
alhures (por exemplo, componentes OCX), mas que sabemos moldar e usar
de forma autônoma.
Neste dilema, Milton Santos toma o partido do saber competente: “as
técnicas podem ter outros usos que apenas a reprodução de uma suposta
ordem universal pré-determinada”. A partir da reafirmação da
individualidade e da força própria do lugar, com base em um profundo
esforço de auto-determinação e aprendizagem, podemos usar o potencial
latente das novas tecnologias para construir uma outra globalização. Nesta
visão, uma “modernidade à brasileira” depende de nossa capacidade de
rejeitar as soluções “chaves-na-mão” e de construir nossas próprias soluções,
usando criativamente as técnicas à nossa disposição.
A inspiração do mestre aponta assim para um papel histórico para nós,
especialistas em geoinformação, na sociedade brasileira: desmistificar as
geotecnologias para retomar o controle de nosso território. Quando usamos
a geoinformação para melhorar nosso sistema de seguro agrícola, para
planejar o desenvolvimento sustentado no Amapá, para mapear a exclusão
social em São Paulo, ou para racionalizar o sistema de matrícula escolar em
Belo Horizonte, estamos rompendo com a lógica de dominação cultural que
nos é imposta, mas está longe de ser irreversível. Para citar ainda uma vez
Milton Santos: “A memória olha para o passado. A nova consciência olha
para o futuro. O espaço é um dado fundamental nesta descoberta.”
SIGNIFICADOS DO CONCEITO DE PAISAGEM:
UM DEBATE ATRAVÉS DA EPISTEMOLOGIA DA GEOGRAFIA [1]

Demian Garcia Castro - UERJ
demiancastro@yahoo.com.br


Em momentos assim, num barco ou numa praia, pela janela de um trem ou em uma casa em um bairro qualquer, a paisagem esta sempre atraindo nossa atenção. É como se estivéssemos em um teatro, diante de uma cenografia recém revelada por um abrir de cortinas. Bela ou feia, clara ou mal iluminada, próxima ou distante – não importa – somos atraídos pela paisagem como são os olhares dos espectadores atraídos pelo palco. E o que vemos ou percebemos estimula nossa imaginação e desenvolve nossa capacidade de observação. Aquilo que os olhos vêem junte-se os estímulos sonoros provenientes de uma circunstância qualquer e já não somos alvo apenas do que vemos, mas também do que ouvimos. (Nunes, 2002, p.216)

INTRODUÇÃO
As discussões sobre epistemologia da geografia começam a ganhar espaço no cenário da Geografia Humana, a contribuição de Bailly e Ferras (1997) vem no sentido de sistematizar e esclarecer coisas que costumamos enxergar de forma muito parecida. História do Pensamento Geográfico, Metodologia da Geografia, Teoria da Geografia e Epistemologia da Geografia não são a mesma coisa. Podemos dizer, por exemplo, que epistemologia não significa história, não somente história, por outro lado não existe epistemologia sem história (Bailly & Ferras, 1997).
A palavra epistemologia etimologicamente divide-se em episteme (conhecimento científico) e logia (explicação, opinião, razão, proposição). Algumas expressões aparecem com significado similar, tais como: Gnosiologia, Teoria do Conhecimento, Filosofia da Ciência. As distinções revelam-se de acordo com a escola de pensamento com que se está trabalhando. No ”mundo” Anglo-saxão, epistemology, vincula-se a teoria do conhecimento, já no ”mundo” francês, épistémologie relaciona-se a filosofia da ciência. Podemos definir epistemologia como o estudo das ciências consideradas como realidade que se observam, se descrevem e se analisam, designando a estrutura dos conceitos, métodos, princípios, hipóteses e até mesmo o estudo do desenvolvimento histórico. (Machado, 2003)
Desenvolveremos a seguir um trabalho sobre Epistemologia da Geografia. A base filosófica de interpretação está relacionada as proposições de Habermas descritas em Unwin (1995). Habermas divide as ciências em empírico-analíticas, histórico-hemenêuticas e críticas. Não iremos aqui discutir estas filosofias, observaremos como o conceito de paisagem pode ser inserido em cada uma destas classificações a partir de três importantes autores da Geografia: Sauer, Duncan e Santos, tentando observar como estes são embasados por estas diferentes concepções teórico-filosóficas. Antes, porém, faremos uma apresentação a respeito do conceito de paisagem.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONCEITO DE PAISAGEM
Paisagem, palavra de uso quotidiano, que cada pessoa utiliza a seu modo; o que não impediu de se tornar um vocábulo à moda. Paisagem, uma destas noções utilizadas por um número sempre crescente de disciplinas, que muitas vezes ainda se ignoram. Paisagem, enfim, um dos temas clássicos da investigação geográfica. Conforme o interesse do que é objeto ou uma maneira como se encara a própria noção de paisagem difere. Se um geógrafo, um historiador, um arquiteto se debruçarem sobre a mesma paisagem, o resultado de seus trabalhos e a maneira de conduzi-los serão diferentes, segundo o ângulo de visão de cada um dos que a examinam. (Chantal & Raison, p.138)
O termo paisagem é extremamente polissêmico, e as acepções disciplinares a ele relacionadas são tão vagas quanto variadas. Para a geografia a paisagem é um conceito-chave, ou seja, um conceito capaz de fornecer unidade e identidade à geografia num contexto de afirmação da disciplina. A importância deste conceito ao longo da história do pensamento geográfico tem sido variada, sendo relegado a uma posição secundária, suplantada pela ênfase nos conceitos de região, espaço, território e lugar, considerados mais adequados as necessidades contemporâneas (Corrêa e Rosendahl, 1998, p.7).
Os geógrafos produziram uma reflexão conceitual própria, seguindo os passos de Humboldt e de outros naturalistas românticos. A geografia, tendo como objeto de estudo a paisagem, viabilizou-se enquanto disciplina acadêmica. Estes geógrafos associaram ”a paisagem a porções do espaço relativamente amplas que se destacavam visualmente por possuírem características físicas e culturais suficientemente homogêneas para assumirem uma individualidade” (Holzer, 1999, p.151). O conceito varia de sentidos de acordo com a escala de observação e os critérios de classificação, conforme a geografia for entendida prioritariamente como ciência natural ou como ciência humana (Chantal & Raison, ano).
O entendimento da paisagem geográfica conheceu duas fases: no início do século XX com a escola regionalista francesa na qual a paisagem era capaz de fornecer boa carga de informação sobre a organização social nela compreendida, e outra fase em meados do século XX com o desenvolvimento dos transportes e meios de comunicação, da circulação de mercadorias e capitais, o que fez com que ”(...) a paisagem perdesse seus fundamentos locais para refletir as relações das redes de economia e sua simbologia universalizante. (...) Entenda-se que uma medida econômica situada nos centros mundiais de decisão pode modificar a paisagem situada a milhares de quilômetros”. (Yázigi, 2002, p.19)
Depois de ser um tema central da Geografia no início do século XX, o conceito de paisagem teve sua importância reduzida no contexto de contestação que a geografia clássica passou com a incorporação de outras bases epistemológicas ao pensamento desta ciência, como as relacionadas ao positivismo lógico. Porém, o conceito está novamente em debate, mas o problema de seu significado permanece em aberto. Retomada com a emergência de uma Nova Geografia Cultural, a discussão sobre paisagem passou a ser revestida de novos conteúdos, devido a ampliação dos horizontes explicativos da disciplina com a incorporação de noções como percepção, representação, imaginário e simbolismo (Castro, 2002). Esta retomada da dimensão cultural no pensamento geográfico pode ser ampliada para o contexto do debate científico como um todo, no âmbito de revisão das questões que fundamentaram a modernidade.
Uma nota sobre o vocábulo alemão landschaft
Breve esclarecimento merece ainda as diferentes acepções que o vocábulo recebe de acordo com a língua em que é empregado. Assim, landschaft (alemão) e paysage (francês), certamente não significam a mesma coisa. A palavra alemã é mais antiga e possui um significado mais complexo que a de língua latina, associada ao renascimento e, em sua origem, as artes plásticas. De acordo com Holzer
"Landschaft” se refere a uma associação entre sítio e os seus habitantes, ou se preferirmos, de uma associação morfológica e cultural. Talvez tenha surgido de ”Land schaffen”, ou seja, criar a terra, produzir a terra. Esta palavra transmutada em ”Landscape” chegou a geografia norte-americana pelas mãos de Sauer que, cuidadosamente, enfatizava que seu sentido continua sendo o mesmo: o de formatar (land shape) a terra, implicando numa associação das formas físicas e culturais. (1999, p.152)
Podemos completar nos utilizando de Freitas et. al. (1999), que nos diz que landschaft não tem correspondente em outras línguas, comportando um conjunto de significados e visões de mundo que fornecem ao conceito uma gama de interpretações e utilizações muitas mais amplas que das demais escolas de geografia. Segundo estes autores ”a paisagem alemã compreende um complexo natural total, representado, de forma integrada, pela natureza e pela ação humana” (Freitas et. al., 1999, p. 31).
A pesar de amplamente utilizado na linguagem comum de diversos paises de histórias políticas e culturais absolutamente distintas, a paisagem guarda consigo o sentido de estar associada ao olhar.
A paisagem entre visibilidade e visualidade
Sendo a paisagem o que se vê, supõe-se necessariamente a dimensão real do concreto, o que se mostra, e a representação do sujeito, que codifica a observação. A paisagem resultado desta observação é fruto de um processo cognitivo, mediado pelas representações do imaginário social, pleno de valores simbólicos. A paisagem apresenta-se assim de maneira dual, sendo ao mesmo tempo real e representação (Castro, 2002).
Menezes nos diz que devemos descartar os enfoques polares, realistas ou idealistas. Os primeiros pautados na materialidade e objetividade morfológica da paisagem em seu modo dado ou marcado pela ação humana. Os segundos pensam a paisagem como uma projeção do observador. Segundo o autor não devemos pensar em duas faces do mesmo fenômeno, uma material, inerte e outra mental, criadora. Melhor é reconhecer que ela é ”um dado tal como percebido, um fragmento do mundo sensível tal qual está dotado de personalidade por uma consciência” (Lenclud apud Menezes, 2002, p. 32).
Lucrécia Ferrara nos traz importante contribuição ao discutir visualidade e visibilidade, categorias dos modos de ver, de natureza da imagem. A visualidade corresponde a imagem do mundo físico e concreto, já a visibilidade à elaboração reflexiva do que é fornecido visualmente transformado em fluxo cognitivo. Nas palavras da autora, se utilizando também de Jameson,
A visualidade corresponde registro um dado físico e referencial; a visibilidade, ao contrário, é propriamente, semiótica, partindo de uma representação visual para gerar um processo perceptivo complexo claramente marcado como experiência geradora de um conhecimento contínuo, individual e social (Jameson, 1994). Na visibilidade o olhar e o visual não se subordinam ou conectam-se um ao outro, como ocorre com a visualidade, ao contrário, ambos se distanciam um do outro para poder ver mais. Estratégico e indagativo o olhar da visibilidade esquadrinha o visual para inseri-lo, comparativamente, na pluralidade da experiência de outros olhares individuais e coletivos, subjetivos e sociais, situados no tempo e no espaço. (Ferrara, 2002, p. 74)
Talvez como síntese destas questões possamos apresentar o brilhante pensamento de Berque, segundo o qual a paisagem é simultaneamente uma marca, uma geo-grafia, que é impressa pela sociedade na superfície terrestre, e ao mesmo tempo estas marcas são matrizes, ou seja, constituem a condição para a existência e para a ação humana. Se por um lado ela é vista por um olhar pelo outro ela determina este olhar. Nas palavras do autor, ”(...) a paisagem é plurimodal (passiva-ativa-potencial.) como é plurimodal o sujeito para o qual a paisagem existe; (...) a paisagem e o sujeito são co-integrados em um conjunto unitário que se autoproduz e se auto-reproduz”. (Berque, 1998, p.86).
Partiremos a seguir para uma discussão pautada no pensamento filosófico de Habermas, apresentando suas diferentes abordagens de ciência e posteriormente observando como o conceito de paisagem pode ser inserido em cada uma destas classificações.

DIFERENTES ABORDAGENS DAS CIÊNCIAS
Nossas discussões têm por base o pensamento de Habermas, lido através da obra de Unwin (1995), que discute a teoria da geografia a partir das contribuições deste pensador. Aqui no Brasil tal classificação vem sendo utilizada, recebendo denominações um pouco diferenciadas, por Spósito (1999). Habermas divide as ciências em três tipos, ou seja, categorias de processo que apontam conexão entre regras metodológicas e interesse do conhecimento: 1. Empírico-analítica, no qual se enquadra o positivismo clássico e o positivismo lógico; 2. Histórico-hermenêutica, englobando a fenomenologia, a hermenêutica e o existencialismo; 3. Crítica, relacionada à Marx e Freud. É claro que não utilizaremos esta classificação como uma camisa de força, mas buscaremos através dela elementos para uma melhor compreensão de textos geográficos.

APRESENTANDO DIFERENTES LEITURAS DO CONCEITO DE PAISAGEM: UMA DISCUSSÃO EPISTEMOLÓGICA
Com a retomada do conceito de paisagem na década de 1970, surgiram novas definições embasadas em outras matrizes epistemológicas. Na realidade, na paisagem apresentam-se simultaneamente as diversas dimensões que cada matriz epistemológica privilegia. Assim, podem ser observadas as seguintes dimensões: morfológica, funcional, histórica, espacial e simbólica (Corrêa & Rosendahl, 1998). Desta forma analisamos a seguir os textos de Carl Sauer, Denis Cosgrove e Milton Santos, buscando estas dimensões.

Carl Sauer e a Morfologia da Paisagem
As proposições de C. Sauer para o estudo da paisagem estavam na tentativa de resolver os maiores problemas da geografia da época, isto é, suas dualidades fundamentais, geografia física e Humana, Geral e Regional, e também a ausência de um método objetivo próprio. As inspirações de Sauer são em grande parte provenientes de seu contato com a Geografia Alemã, e as obras de Schlüter e Passarge. Para estes o estudo da paisagem deveria se restringir às formas, aos aspectos visíveis, excluindo os fatos não materiais da atividade humana (Gomes, 1996).
Sauer logo no começo de seu artigo ”A morfologia da paisagem” afirma que a ciência adquire identidade através da escolha de um objeto e de um método, a geografia deveria se limitar ao que é evidente da mesma forma que as outras disciplinas. Neste caso o evidente está na paisagem, devendo esta ser o objeto fundamental da geografia.
Corrêa & Rosendahl indicam que para Sauer
a paisagem geográfica é vista como um conjunto de formas naturais e culturais associadas em uma dada área, é analisada morfologicamente, vendo-se a integração das formas entre si e o caráter orgânico ou quase orgânico delas. O tempo é uma variável fundamental. A paisagem cultural ou geográfica resulta da ação, ao longo do tempo, da cultura sobre a paisagem natural. (1998, p.9)
A análise de Sauer procura sempre um plano sistemático mais geral, enfatizando as análises estruturais e funcionais, observam-se claramente as bases do pensamento positivista em sua definição de paisagem.
Por definição a paisagem tem uma identidade que é baseada na constituição reconhecível, limites e relações genéricas com outras paisagens. Sua estrutura e função são determinadas por formas integrantes e dependentes. A paisagem é considerada, portanto, em um certo sentido, como tendo uma qualidade orgânica. (Sauer, 1998, p.23)
O que fica mais claro quando o autor nos fala da aplicação de um método morfológico, no qual ”A agregação e o ordenamento dos fenômenos como formas que estão integradas em estruturas e o estudo comparativo dos dados dessa maneira organizados constituem o método morfológico de síntese, um específico método empírico.” (1998 p. 30-31).
As criticas efetuadas ao pensamento de Sauer referem-se ao fato de que a análise da paisagem não pode estar limitada aos sentidos. O que a confundiria com o sentido genérico do senso comum que serve para designar ”a aparência de um espaço tal como ele é imediatamente percebido, e serve também, simplesmente para designar uma parte limitada do espaço.” (Gomes, 1996, p. 239).

Denis Cosgrove e o Simbolismo da Paisagem
O estudo de Cosgrove destaca questões que de forma alguma fariam parte de uma geografia pautada no positivismo clássico ou no positivismo lógico. Já em destaque no título de seu texto, o autor nos diz que ”a geografia está em toda parte”, para destacar a cultura e o simbolismo nas paisagens humanas. Temos aqui temas e abordagens próprias de uma renovação das ciências que ganha força na década de 1970, substituindo os ideais positivistas anteriores.
Cosgrove destaca que o geógrafo deveria se esforçar para mostrar que a geografia existe para ser apreciada, e que muitas das vezes temos agido no sentido de ”obscurecer em vez de aumentar esse prazer”. No meio de um funcionalismo utilitário, a explicação geográfica é estritamente prática. Sendo banidas da Geografia
"as paixões inconvenientemente, às vezes assustadoramente poderosas, motivadoras da ação humana, entre elas as morais, patrióticas, religiosas, sexuais e políticas. Todos sabemos quão fundamentalmente estas motivações influenciam nosso comportamento diário. (...) Contudo na geografia humana parecemos intencionalmente ignorá-las ou negá-las. (...) nossa geografia deixa escapar muito do significado contido na paisagem humana tendendo a reduzi-la a uma impressão impessoal de forças demográficas e econômicas". (Cosgrove, 1998, p.97)
O autor propõe-se a aplicar a interpretação das paisagens humanas as habilidades que empregamos ao analisar um romance, um poema, um filme ou um quadro. Assim, a trataríamos como expressão humana composta de muitas camadas de significados, o que é bastante incomum. Desta forma o que ele se propõe a tratar a Geografia como uma humanidade e como uma ciência social.
Uma característica importante de ser ressaltada é que o autor aborda estas questões relacionadas ao simbolismo e a cultura, o que encaixa seu trabalho em um determinado tipo de ciência, mas há também um forte conteúdo crítico. Observa-se como o estudo da cultura está intimamente ligado ao estudo do poder. Revelando as relações de dominação e opressão. Segundo o autor
Um grupo dominante procurará impor sua própria experiência de mundo, suas próprias suposições tomadas como verdadeiras, como a objetiva e válida cultura para todas as pessoas. O poder é expresso e mantido na reprodução da cultura. Isto é melhor concretizado quando menos visível, quando as suposições culturais do grupo dominante aparecem simplesmente como senso comum. Isto é as vezes chamado de hegemonia cultural. Há, portanto, culturas dominantes e subdominantes ou alternativas, não apenas no sentido político, mas também em termos de sexo, idade e etnicidade. (Cosgrove, 1999, p.104-105).
Muito do simbolismo da paisagem reproduz as normas culturais estabelecendo os valores de grupos dominantes por toda uma sociedade.
Podemos terminar esta parte observando como o autor propõe trabalhar as paisagens ao mesmo tempo de forma crítica e original, incorporando a dimensão simbólica, contribuindo sobremaneira ao pensamento geográfico
As paisagens tomadas como verdadeiras de nossas vidas cotidianas estão cheias de significado. Grande parte da Geografia mais interessante está em decodificá-las. (...) Porque a geografia esta em toda parte, reproduzida diariamente por cada um de nós. A recuperação do significado em nossas paisagens comuns nos diz muito sobre nós mesmos. Uma geografia efetivamente humana crítica e relevante, que pode contribuir para o próprio núcleo de uma educação humanista: melhor conhecimento e compreensão de nós mesmos, dos outros e do mundo que compartilhamos. (Cosgrove, 1999, p. 121)

Milton Santos e a distinção entre paisagem e espaço
O prof. Milton Santos dispensa apresentação, com uma postura sempre crítica, enxergando o mundo a partir do lugar, desenvolveu desta forma um pensamento singular sobre os países de Terceiro Mundo, reconhecido por toda comunidade geográfica.
Santos em seu livro a Natureza do Espaço (2002), estabelece uma necessidade de distinção epistemológica entre espaço e paisagem. Utiliza-se de Hägerstrand, segundo o qual, "a ação é uma ação na paisagem, sendo a paisagem que dá forma a ação". Santos discorda da posição do autor sueco, dizendo que onde este escreve paisagem teria escrito espaço. Paisagem e espaço não são sinônimos. "A paisagem é um conjunto de formas que, num dado momento, exprime as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre homem e natureza. O espaço são as formas mais a vida que as anima" (2002, p.103).
O autor nos oferece como exemplo desta distinção a bomba de nêutrons, um projeto do Pentágono abortado por Kennedy durante a Guerra Fria. Esta bomba seria capaz de aniquilar toda a vida humana em uma dada área, mas mantendo as construções. Se esta bomba fosse utilizada teríamos antes o espaço e após a explosão somente a paisagem.
Define a paisagem como sendo transtemporal, pois junta objetos passados e presentes em uma construção transversal. Já o espaço é sempre o presente, uma construção horizontal, uma situação única.
O seu caráter de palimpsesto revela um passado já morto que permite rever as etapas do passado numa perspectiva de conjunto. "A paisagem é história congelada, mas participa da história viva. São suas formas que realizam, no espaço, as funções sociais" (p.107).
O autor trabalha dentro de uma perspectiva crítica incorporando o materialismo histórico e dialético em sua análise. A questão é que ele esvazia o conceito de paisagem em prol de uma valorização do espaço. A paisagem é o que é possível de ser abarcada com a visão, destituída da sociedade, possuidora de um caráter histórico em suas distintas materialidades presentes. As contradições se realizam na dialética entre espaço e sociedade, nas palavras do autor
Não existe dialética possível das formas enquanto formas. Nem a rigor entre paisagem e sociedade. A sociedade se geografiza através das formas, atribuindo-lhe uma função que vai mudando ao longo da história. O espaço é a síntese sempre provisória entre o conteúdo social e as formas espaciais. A contradição é entre sociedade e espaço.(Santos, 2002, p.109)
Quando são atribuídos valores a paisagem esta se transforma em espaço geográfico. O fato de existirem simplesmente enquanto forma não basta. Porém, a forma utilizada é diferente, porque seu conteúdo é social. Assim, esta se torna espaço, porque forma-conteúdo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS (porém não conclusivas)
A definição mais simples de paisagem, como um espaço abarcado por um "golpe de vista", bastante usual no senso comum, não dá conta da complexidade que o termo abrange. Como buscamos demonstrar neste trabalho.
Chantal & Raison almejam "que em torno deste vocábulo, inçado de tantas inspirações existenciais quando de significados científicos, se realize uma síntese eficaz das relações dialéticas entre natureza e sociedade" (p.158).
O conceito de paisagem e seus significados objetivos e subjetivos, marca e matriz, real e representação, material e mental, tempo e cultura formatando o espaço, impregnado de diversos símbolos, reveladora de relações de poder, etc., nos confirma a polissemia e amplitude do conceito. Revelada de acordo com a matriz epistemológica segundo o qual se está embasado. Enfim, paisagem é um conceito-chave para nós geógrafos a partir do qual podemos construir diversificadas abordagens, as mais ricas possíveis para a nossa ciência.

Referências Bibliográficas:
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CASTRO, Iná Elias de. Paisagem e turismo. De estética, nostalgia e política. In: YÁZIGI, Eduardo (org.). Paisagem e Turismo. São Paulo: Contexto, 2002. 226p. p.121-140 (Coleção Turismo)
CHANTAL, Blanc-Pamard & RAISON, Jean-Pierre. Paisagem. In: Enciclopédia Einaudi. v.8. Lisboa: Imprensa Nacional. p. 138-159
CORRÊA, Roberto Lobato & ROZENDAHL, Zeny. Apresentando leituras sobre paisagem, tempo e cultura. In: CORRÊA, Roberto Lobato & ROZENDAHL, Zeny (orgs.). Paisagem, Tempo e Cultura. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998.123p. p.7-11
COSGROVE, Denis. A geografia está em toda parte: Cultura e simbolismo nas paisagens humanas. In: CORRÊA, Roberto Lobato & ROZENDAHL, Zeny (orgs.). Paisagem, Tempo e Cultura. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998.123p. p.92-123
FERRARA, Lucrecia d’Alessio. Os lugares improváveis. In: YÁZIGI, Eduardo (org.). Paisagem e Turismo. São Paulo: Contexto, 2002. 226p. p. 65-82 (Coleção Turismo)
FREITAS, Inês Aguiar de; PERES, Waldir Rugero; RAHY, Ione Salomão. A janela de Hitler. GeoUERJ, Revista do Departamento de Geografia, Rio de Janeiro, n.6, p.29-36, jul./dez.1999.
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MACHADO, Mônica Sampaio. Anotações de aula da Disciplina Epistemologia da Geografia. Programa de Pós-Graduação em Geografia da UERJ: Rio de Janeiro, 2003.
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NUNES, Celso. A paisagem como teatro. In: YÁZIGI, Eduardo (org.). Paisagem e Turismo. São Paulo: Contexto, 2002. 226p. p.215-223 (Coleção Turismo)
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo – razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2002. 384p.
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Mapa -IBGE
Representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de toda a superfície (Planisfério ou Mapa Mundi), de uma parte (Mapas dos Continentes) ou de uma superfície definida por uma dada divisão político-administrativa (Mapa do Brasil, dos Estados, dos Municípios) ou por uma dada divisão operacional ou setorial (bacias hidrográficas, áreas de proteção ambiental, setores censitários).

Um comentário:

Waldimiro de Souza disse...

O blog onegronobrasil1980.blogspot.com leu que este trabalho pode esclarecer o que significa o projeto de laboratório de geomorfologia e estudo regionais. Se for possível um analise mais profunda do projeto de Milton Santos que lego a nos a humanindade

Abraço
Waldimiro de Souza