terça-feira, 11 de setembro de 2007

Anac nega Crise Aérea

07/09/2007 - 18h37
Em meio a renúncias, Anac diz ter superado crise aérea
Após a renúncia de três de seus cinco diretores, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou nesta sexta-feira uma nota na qual afirma que a crise aérea "foi superada".
A declaração de Zuanazzi contradiz o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que admitiu ontem que a crise aérea ainda não tinha sido superada. "Ainda temos problemas, sim", afirmou em entrevista para oito emissoras de rádio, em Brasília.
Na nota, no entanto, a Anac ressalta o recente anúncio do diretor-presidente da agência, Milton Zuanazzi, de que a crise terminou para os usuários.
Na nota, a Anac afirma que, em setembro de 2006, quando houve o acidente com o Boeing da Gol que matou 154 pessoas em Mato Grosso, a média de atrasos de mais de uma hora era de 15% e de cancelamentos, de 12%. De acordo com a Anac, entre os últimos dias 27 de agosto e 2 de setembro, essas médias foram de apenas 9% e 10%, respectivamente.
Os dados apresentados pela Anac não incluem o primeiro trimestre da crise aérea --os meses de outubro, novembro e dezembro. Pelas informações da Anac, o ápice da crise ocorreu em julho passado, quando atrasos superiores a uma hora atingiam 36% dos vôos, em média, e os cancelamentos atingiam 13%.
Na nota, a Anac atribui a crise às reivindicações dos controladores de tráfego aéreo quanto a condições de trabalho; à retirada de seis aviões da TAM para manutenção no Natal passado; e à desativação de grande parte dos vôos operados pela Varig.
De acordo com a narração da Anac, a crise acabou após a transferência de controladores da Defesa Aérea Nacional para a Aviação Civil. "Excetuando as duas semanas subseqüentes ao trágico acidente com o Airbus da TAM, quando os índices aumentaram e o aeroporto de Congonhas foi fechado, houve uma redução significativa nos atrasos dos vôos."
Desde o acidente, o governo federal adotou diversas medidas para desafogar Congonhas. de acordo com a Anac, foi a desativação de diversos horários de transporte de Congonhas que impediu uma queda mais acentuada no número de cancelamentos. "Somente com a nova malha, a partir de 20 de setembro, é que os números relativos aos cancelamentos refletirão de forma inequívoca a realidade."
Diretoria
Ontem, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, encaminhou para a Casa Civil a indicação do nome do brigadeiro Allemander Jesus Pereira Filho para ocupar uma das três vagas abertas pela renúncia dos ex-diretores Denise Abreu, Jorge Luiz Veloso e Leur Lomanto. Da antiga diretoria, só restaram dois nomes: Milton Zuanazzi e Josef Barat.
Segundo informações de integrantes do Planalto, Allemander iria para o lugar de Veloso, que pediu demissão na semana passada.

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