"Foi de vital importância o fato de que, a partir do século XII, nobres e burgueses passaram a morar na parte cercada pelas muralhas das cidades. Os interesses e prazeres das duas classes tornaram-se assim semelhantes..." (Jacob Burckhardt, 1860).
"O puritanismo era uma teoria quase tanto quanto uma doutrina religiosa. Por isso, mal tinham desembarcado naquela costa inóspita [...] o primeiro cuidado dos imigrantes (puritanos) foi o de se organizar em sociedade."
A. de Tocqueville
"Os teólogos, portanto, tinham toda a preocupação voltada para as almas e para Deus, ou seja, para o mundo transcendente, o mundo dos fenômenos espirituais e imateriais. Os humanistas, por sua vez, voltavam-se para o aqui e o agora, para o mundo concreto dos seres humanos em luta entre si e com a natureza, a fim de terem um controle maior sobre o próprio destino. Por outro lado, a pregação do clero tradicional reforçava a submissão total do homem, em primeiro lugar, à onipotência divina, em segundo, à orientação do clero e, em terceiro, à tutela da nobreza, exaltando no ser humano, sobretudo, os valores da piedade, da mansidão e da disciplina. A postura dos humanistas era completamente diferente, valorizava o que de divino havia em cada homem, induzindo-o a expandir suas forças, a criar e a produzir, agindo sobre o mundo para transformá-la de acordo com sua vontade e seu interesse."
Nicolau Sevcenko
"Enquanto os portugueses escutavam a missa com muito "prazer e devoção", a praia encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os indígenas se ergueram e começaram a soprar as conchas e buzinas, saltando e dançando (...)"
Náufragos Degregados e Traficantes. Eduardo Bueno
" Quando o português chegou
Debaixo duma baita chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio teria despido
O português. " Oswald de Andrade:
"Quem quer passar além do Bojador,
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."
Fernando Pessoa, "Mar Português", in Obra poética. Rio de Janeiro,
Editora José Aguilar, 1960, p. 19
segunda-feira, 7 de junho de 2010
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