sexta-feira, 29 de maio de 2009

Roteiro para Elaboração da Entrevista - História Oral

01- É preciso que o aluno(a) desenvolva um envolvimento prévio com o tema que possibilite aproveitar melhor as informações presentes na fala do seu entrevistado(a).
Portanto se intere um pouco a respeito de seu(s) tema(s) para que voce possa oferecer argumentos / questionamentos que possam enriquecer a conversa.

Sempre lembrando que o foco principal está nas informações / impressões de seu entrevistado não nas nossas, mas também não é um monólogo.

02- Imagine e esquematize de maneira prévia um roteiro de perguntas a serem feitas no momento da entrevista. Acho importante que abordem algumas informações do entrevistado (a) que posam nos revelar um pouco do seu perfil.

Por exemplo : Nome, Idade, Profissão, Origem, Nível educacional, etc. e também outras informações que possam ajudar na conversa.

Atenção ao encadeamento, para que a conversa siga uma 'certa' lógica e mais atenção ainda para as possibilidades que surjam durante a entrevista , ou seja , muita atenção nas entrelinhas. Muitas vezes aquilo que é apenas sugerido é mais interessante do que aquilo que é afirmado textualmente.

As pessoas e os discursos são feitos de contradições, luzes e sombras, aproveite-os.

03- É importante que haja muita organização para a realização do projeto. Fique atento para :

a) Organização do material necessário : gravador (ou MP3, celular, etc) papel, caneta, etc

b) Organização do tempo disponível. É fundamental que NÃO haja PRESSA em se livrar do trabalho.

Se não houver calma, disponibilidade que possibilite uma interação de QUALIDADE entre o aluno e o entrevistado que possibilite que se crie um ambiente mínimo de 'confiança' e de interação, o projeto não faz sentido.

Construa um espaço de tempo dentro de sua vida cotidiana para que seja possível que ocorra uma ‘entrega’ para o trabalho. Se você não consegue controlar o ritmo de sua vida e determinar que durante o tempo necessário para a realização desta atividade você estará totalmente disponível, não tem por que fazê-la.

A alma da questão reside na interação entre entrevistador e entrevistado, se você não conseguir instituir um clima de tranqüilidade, calma, cumplicidade, sem ansiedade não irá conseguir sensibilizar seu depoente e simplesmente o depoimento vai refletir isso e as melhores questões não vão aparecer.

c) Organização da transcrição :
O material ( OBRIGATÓRIAMENTE) gravado irá se transformar, após transcrito, em texto num formato de depoimento ( sem as divisões perguntas x respostas).

Trata-se de um desenvolvimento de habilidades relativas a criação de textos em formato diferente daquele em que foi concebido originariamente.

Portanto é necessário que haja uma boa interação com o texto a ser produzido. Leia, releia, adapte, ‘ajeite’ e reescreva o texto quantas vezes seja necessário, mas não se esqueça de respeitar os sentidos originais daquilo que foi dito na entrevista.

Fique atento se as mudanças que você terá de fazer para as adaptações não irão alterar o sentido que seu entrevistado quis dar ao assunto.

d) Apresentação do texto, reeditado ao entrevistado :
Após a elaboração em novo formato, apresente o resultado para seu entrevistado. Anote as alterações / complementações sugeridas.

e) Reelaboração a partir do 2º encontro : reescreva o texto adaptando as sugestões.

f) Após a finalização do texto da entrevista, elabore um relatório que demonstre suas dificuldades ( pessoais, técnicas, específicas, materiais, etc), descobertas, progressos, aprendizagens, etc provocados pela experiência, ou seja tudo aquilo que este trabalho lhe proporcionou de ‘novo’, de descoberta, de experiência que tenha sido válido.


È , (só ) isso !!! rsrsrsrs Valeu ?

sábado, 23 de maio de 2009

Dicas de Filmes

Pessoal. Aqui estão algumas indicações de filmes com significado pedagógico para nosso processo de aprendizado histórico.

Escolha alguns que tenham relação com o tema que voce está estudando ( momento histórico ), faça uma boa interpretação e ganhe pontos na aula.

Bom Filme !

Pré-história
Fantasia (Disney), de 1940, produzido pelos estúdios Disney. O Rito da Primavera de Igor Stravinsky é acompanhado de uma animação sobre o surgimento da vida na terra até a extinção dos dinossauros.
A Guerra do Fogo, de 1981, dirigido por Jean-Jacques Annaud, com Everett McGill e Ron Perlman. O filme é baseado em um romance francês de 1911 de J.-H. Rosny aîné.
O Elo Perdido, de 1988, dirigido por David Hughes.
[1]A Tribo da Caverna Dos Ursos (The Clan of the Cave Bear), de 1986, dirigido por Michael Chapman. O filme baseado no romance de Jean M. Auel conta a história da menina Ayla, interpretada por Daryl Hannah, uma Cro-Magnon que é encontrada por uma tribo de Neandertais.

[editar] Antigüidade

[editar] Grandes monarcas e líderes
Alexandre, o Grande, de 2004, dirigido por Oliver Stone, com Colin Farrell
Júlio César, de 1953, dirigido por Joseph L. Mankiewicz, com Marlon Brando, baseado na peça de Shakespeare
Cleópatra, de 1963, dirigido por Joseph L. Mankiewicz, com Elizabeth Taylor e Richard Burton
Calígula, de 1979, dirigido por Tinto Brass, com Helen Mirren, Malcolm McDowell, Peter O'Toole e Teresa Ann Savoy
Elizabeth, 1998, dirigido por Shekhar Kapur, com Cate Blanchett

[editar] Guerras e revoluções
Tróia, de 2004, dirigido por Wolfgang Petersen, com Brad Pitt, Eric Bana e Brian Cox
Spartacus, de 1960, dirigido por Stanley Kubrick, com Kirk Douglas
300, de 2006, dirigido por Zack Snyder

[editar] Complementares
Ben-Hur, de 1959, dirigido por William Wyler, com Charlton Heston
Gladiador, de 2000, dirigido por Ridley Scott
Quo Vadis, de Mervyn LeRoy
Roma, série produzida pela BBC, HBO e RAI.

[editar] Religião
Jesus de Nazaré, minissérie para a televisão de 1977, dirigida por Franco Zeffirelli
O Pequeno Buda, de 1994, dirigido por Bernardo Bertolucci, com Keanu Reeves
A Paixão de Cristo, de 2004, dirigido por Mel Gibson

[editar] Idade Média

[editar] Grandes monarcas e líderes
Braveheart - Coração Valente, no Brasil ou O Desafio do Guerreiro, em Portugal, de 1995, dirigido por Mel Gibson, com Mel Gibson e Sophie Marceau.
Henrique V, de 1989, dirigido por Kenneth Brannagh, com Kenneth Brannagh e Emma Thompson

[editar] Guerras e revoluções
El Cid, de 1961, dirigido por Anthonny Mann, com Charlton Heston e Sophia Loren
Joana D'Arc, de 1948, dirigido por Victor Fleming, com Ingrid Bergman
Joana D’Arc, de 1999, dirigido por Luc Besson, com Milla Jovovich e John Malkovich
O mestre de armas, filme chinês de 2006
O Leão no Inverno, de 1968, dirigido por Anthony Harvey, com Peter O'Toole e Katharine Hepburn
O Incrível Exército Brancaleone, de 1966, dirigido por Mario Monicelli, com Vittorio Gassman
Ivanhoé, o vingador do rei, 1952 EUA direção: Richard Thorpe. Atores: Robert Taylor, Joan Fontaine, Elizabeth Taylor, Robert Douglas. Aventura histórica, ambientada na Inglaterra medieval, sobre a luta do cavaleiro Ivanhoé contra os inimigos do Rei Ricardo Coração de Leão. (106 min)

[editar] Cultura e ciência
Caravaggio, de 1986, dirigido por Derek Jarman
Os Sete Samurais, de 1954, dirigido por Akira Kurosawa

[editar] Religião
O Advogado, de 1993, dirigido por Leslie Megahey, com Collin Firth e Jim Carter
Maomé - O Mensageiro de Alah, de 1976, dirigido por Moustapha Akkad, com Anthony Quinn e Irene Papas
A Megera Domada, de 1963, dirigido por Franco Zeffirelli, com Elizabeth Taylor e Richard Burton e baseado em obra de William Shakespeare
Muito Barulho por Nada, de 1993, dirigido por Kenneth Brannagh, com Denzel Washington e Emma Thompson
Il Decameron, de 1971, dirigido por Pier Paolo Pasolini
A Rosa e a Espada (no Brasil) ou Amor e Sangue (em Portugal), de 1985, dirigido por Paul Verhoeven, com Rutger Hauer e Jennifer Jason Leigh
A Rainha Margot, de 1994, dirigido por Patrice Chéreau, com Isabelle Adjani e baseado num romance de Alexandre Dumas.
O Nome da Rosa, de 1986, dirigido por Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery e baseado em obra de Umberto Eco
Em nome de Deus, direção de Clive Donner atuação de Kim thompson. Narra a história do amor entre Abelardo, um filósofo e a inteligente heloísa, na França do século II.

[editar] Renascimento e Reforma religiosa

[editar] Reforma religiosa
Lutero, de 2003, dirigido por Eric Till, com Joseph Fiennes e Sir Peter Ustinov
Ana dos mil dias, de 1969, dirigido por Charles Jarrott, com Richard Burton e Geneviève Bujold
O homem que não vendeu sua alma, de 1966, dirigido por Fred Zinnemann, com Paul Scofield, sobre a vida de Thomas More.

[editar] Renascimento
Giordano Bruno, de 1973, dirigido por Giuliano Montaldo
Shakespeare Apaixonado, com Gwyneth Paltrow e Joseph Fiennes
Agonia e Êxtase, de 1965, dirigido por Carol Reed, com Charlton Heston e Richard Harris
Da vinci e a Renascença,1987 EUA Fala sobre a vida de Petrarca, Alberti e Leonardo da Vinci. (123 min)

[editar] Grandes navegações e absolutismo

[editar] Grandes monarcas e líderes
1492 - A Conquista do Paraíso, de 1992, dirigido por Ridley Scott, com Gérard Depardieu e Sigourney Weaver
A Rainha Tirana, de 1955, dirigido por Henry Koster, com Bette Davis
A Filha de D’Artagnan, de 1994, dirigido por Bertrand Tavernier, com Phillipe Noiret e Sophie Marceau
Mary Stuart, Rainha da Escócia, de 1971, dirigido Charles Jarrot, com Vanessa Redgrave e Glenda Jackson
Cromwell, de 1970, dirigido por Ken Hughes, com Richard Harris e Alec Guinness
Elizabeth, com Cate Blanchett e Joseph Fiennes
Joana, a Louca de 2001, dirigido por Vicente Aranda, com Pilar López de Ayala
O Homem da Máscara de Ferro, sobre uma suposta troca de Luís XIV por um irmão gêmeo.
O Libertino, de Laurence Dunmore.
Giordano Bruno, de 1973, dirigido por Giuliano Montaldo, com Gian Maria Volontè
Tudors, série de Michael Hirst baseada na história de Henrique VIII
A Outra- (The other Boleyn girl)de 2008, dirigido por Justin Chadwick, com Natalie Portman, Scarlett Johansson e Eric Bana

[editar] Complementares
O Outro Lado da Nobreza, de 1995, dirigido por Michael Hoffman, com Robert Downey Jr e Meg Ryan
O Gavião do Mar, de 1940, dirigido por Michael Curtiz, com Errol Flynn
Piratas!, de 1986, dirigido por Roman Polanski, com Walter Matthau
Orlando, a Mulher Imortal, de 1992, dirigido por Sally Potter, com Tilda Swinton

[editar] Colonização da América

[editar] Grandes monarcas e líderes
Aguirre, de Werner Herzog
Hans Staden, de Luiz Alberto Pereira (1999)
Como era gostoso o meu francês, de Nelson Pereira dos Santos (1971)

[editar] Guerras e revoluções
O Último dos Moicanos, de Michael Mann, com Daniel Day-Lewis
República Guarani, de Sílvio Back
O Guerreiro do Sol, de Federico García
Queimada!, de Gillo Pontecorvo, com Marlon Brando
Seminole

[editar] Religião
A Missão, de Rolland Joffé, com Jeremy Irons, Robert de Niro e Liam Neeson
A Letra Escarlate, com Demi Moore e Gary Oldman
As Bruxas de Salém, com Winona Ryder e Daniel Day-Lewis

[editar] Complementares
Desmundo, de Alain Fresnot, com Simone Spoladore e Osmar Prado
Aguirre, a cólera dos deuses, de Werner Herzog
O Novo Mundo, de Terrence Malick, com Colin Farrell e Q'orianka Kilcher.

[editar] Iluminismo e despotismo esclarecido

[editar] Grandes monarcas e líderes
Catarina, a Grande, com Julia Ormond
Catarina, Amor e Poder, com Catherine Zeta-Jones

[editar] Cultura e ciência
Amadeus, de Milos Forman, com Tom Hulce
Newton: A Tale of Two Isaacs, dirigido por Don McBreathy, com Karl Pruner

[editar] Complementares
O Pacto dos Lobos

[editar] Independência dos Estados Unidos
O Veleiro da Aventura, de Clarence Brown sobre os colonos de Plymouth e a chegada do Mayflower
O Patriota, Mel Gibson

[editar] Revolução francesa

[editar] Grandes monarcas e líderes
Calvário de uma Rainha, de Jean Delanoy
Maria Antonieta, de Sofia Coppola

[editar] Guerras e revoluções
Danton, o Processo da Revolução, de Andrzej Wajda
Morte ao Rei, de 2003, com Tim Roth.

[editar] Cultura e ciência
Jefferson em Paris, de Ismail Merchant, com Nick Nolte e Gwyneth Paltrow

[editar] Complementares
A Noite de Varènnes, de Ettore Scola
Casanova e a Revolução, de Ettore Scola

[editar] Ascensão e queda de Napoleão

[editar] Grandes monarcas e líderes
Napoleão, de Abel Gance

[editar] Guerras e revoluções
Guerra e Paz, de King Vidor, com Audrey Hepburn
Waterloo, de Sergei Bondartchuk

[editar] Complementares
Exército Perdido, de Andrzej Wajda

[editar] Revolução Industrial
Lola Montes, de Max Ophuls
Germinal, de Claude Berri, com Gérard Depardieu
Vidas Marcadas, de Bill Douglas
Oliver Twist, de David Lean

[editar] Guerra civil nos Estados Unidos - Século XIX na América

[editar] Grandes monarcas e líderes
Juarez, de William Diertele

[editar] Guerras e revoluções
...E o Vento Levou, de David Selznick, com Vivien Leigh e Clark Gable
Tempo de Glória, de e com Matthew Broderick
Gettysburg, de Ronald Maxwell, com Tom Berenger e Martin Sheen
Shenandoah, de Andrew McLaglen, com John Wayne
A glória de um covarde, de John Huston
O Álamo, de e com John Wayne
O Álamo, filme de 2004 de John Lee Hancock, com Dennis Quaid e Billy Bob Thornton
Motim, de Edward Dmytryk

[editar] Religião
Camila, de María Luisa Bemberg, com Susu Pecoraro e Imanol Arias

[editar] Complementares
Sangue de herói, de John Ford, com John Wayne e Henry Fonda
Sommersby, o Retorno de um Estranho, com Jodie Foster e Richard Gere
Danças com Lobos, com Kevin Costner
Gerônimo - Uma Lenda Americana, de Walter Hill, com Gene Hackman e Jason Patric
Amistad, de Steven Spielberg, com Anthony Hopkins e Morgan Freeman

[editar] Unificações italiana e alemã

[editar] Grandes monarcas e líderes
Garibaldi, de Luigi Magni

[editar] Guerras e revoluções
O Príncipe Rebelde, de Pino Mercanti
O Leopardo, de Luchino Visconti, com Burt Lancaster, Claudia Cardinale, Alain Delon.
A Trilha, de Bernard Favre

[editar] Complementares
Sedução da Carne, de Luchino Visconti

[editar] Imperialismo e política do Big Stick

[editar] Grandes monarcas e líderes
Walker, Uma Aventura na Nicarágua, de Alex Cox, com Ed Harris
Shaka, o Rei dos Zulus
Gandhi, de Richard Attenborough
O Último Imperador, de Bernardo Bertolucci

[editar] Guerras e revoluções
Zulu, de Cy Endfield
O Leão do Deserto, de Moustapha Akkad
Breaker Morant, de Bruce Beresford
A Revolta do Sudão, de Nathan Juran
E Estrelando Pancho Villa, de Bruce Beresford com Antonio Banderas
Daens – um grito de justiça , de 1992 por Stijin Coninx

[editar] Cultura e ciência
As Montanhas da Lua, de Bob Rafelson, com Patrick Bergin

[editar] Complementares
Khartoum, de Basil Dearden
A Honra do Regimento, de Michael Anderson
55 Dias em Pequim, de Nicholas Ray
Port Arthur, de Toshio Masuda
O Homem que Queria Ser Rei, com Sean Connery
Índia: Mistério, Amor e Guerra, de Peter Duffel
Entre Dois Amores, de Sydney Pollack
O Poder de um Jovem, com Stephen Dorf e Morgan Freeman

[editar] Processo imperialista no Japão e na China
O Último Samurai, filme japonês de 1974.

[editar] Primeira guerra mundial

[editar] Grandes monarcas e líderes
Lawrence da Arábia, de David Lean, com Peter O’Toole e Omar Sharif

[editar] Batalhas e revoluções
Galípoli, de Peter Weir, com Mel Gibson
Glória Feita de Sangue, de Stanley Kubrick, com Kirk Douglas
Flyboys, de Tony Bill, com James Franco, Scott Hazell, Mac McDonald, Philip Winchester, Todd Boyce.

[editar] Complementares
O Tiro que Mudou o Mundo
1918, com Matthew Broderick
Coronel Redl, de John Osborne, com Klaus-Maria Brandauer
Lendas da Paixão, com Brad Pitt, Anthony Hopkins e Julia Ormond
Mata Hari, com Gretta Garbo




[editar] Revoluções Sociais na Europa
Rosa Luxemburgo, de 1986, dirigido por Margarethe von Trotta.

[editar] Complementares
Metrópolis, de 1926, dirigido por Fritz Lang.
O Gabinete do Doutor Caligari, de 1919, dirigido por Robert Wiene.

[editar] Revolução russa e socialismo soviético

[editar] Grandes monarcas e líderes
Stalin, da HBO Pictures, com Robert Duvall e Julia Ormond
O Círculo do Poder, de Andrei Konchalovsky, com Tom Hulce
Agonia Rasputin, de Elem Klimov
Rasputin, de Uli Edel, com Alan Rickman

[editar] Batalhas e revoluções
O Encouraçado Potemkin, de Sergei Eisenstein
Reds, de Warren Beatty, com Warren Beatty, Diane Keaton e Jack Nicholson
Dr. Jivago, de David Lean, com Omar Sharif e Julie Christie
Outubro, de Sergei Eisenstein

[editar] Complementares
O Assassinato de Trotsky, de Joseph Losey, com Richard Burton e Alain Delon
O Assassino do Czar
O Sol Enganador, de Nikita Mikhalkov
Nicholas e Alexandra, de Franklin Schaffner
Anastácia, a Princesa Esquecida, com Ingrid Bergman

[editar] Período entre-guerras (Crise de 29 e nazi-fascismo)

[editar] Guerras e revoluções
Terra e Liberdade de 1995, dirigido por Ken Loach, com Ian Hart
Libertarias, de 1996, com Ana Belén e Victoria Abril
O Triunfo da Vontade de 1935, dirigido por Leni Riefenstahl
Rosa Luxemburgo, de 1986, dirigido por Margarethe von Trotta.

[editar] Cultura e ciência
Paixão Ardente, a História de Margaret Mitchell, de 1994.
Carrington, de 1995, com Emma Thompson e Johnatan Pryce
Avalon, de 1990.

[editar] Complementares
Berlin Alexanderplatz (1980), de Rainer Werner Fassbinder
A Noite dos Desesperados (1969), de Sydney Pollack
Por Quem Os Sinos Dobram (1943), de Sam Wood
Nosferatu, de Friederich W. Murnau
Tempos Modernos, de Charles Chaplin
O Ovo da Serpente, 1977 de Ingmar Bergman

[editar] Segunda guerra mundial

[editar] Líderes e governantes na guerra
Hitler, A Trajetória do Demônio, de Christian Duguay, com Com Robert Carlyle, Stockard Channing
A Queda - Os Últimos Horas de Hitler, de Oliver Hirschbiegel, com Bruno Ganz, Alexandra Maria Lara.
Arquitetura da Destruição, de Peter Cohen
O Grande Ditador, de Charles Chaplin
Warm Springs, sobre Franklin Delano Roosevelt, de Joseph Sargent
The Desert Fox: The Story of Rommel (1951), com James Mason

1492 - a conquista do paraíso
o filme de ridley scott que tem gerard depardieu no papel principal, focaliza o principal momento da expansão marítima espanhola, quando em 1492 cristóvão colombo tentou atingir o oriente navegando para o ocidente.


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1900 (novecento)
o filme faz uma retrospectiva histórica da itália desde o início do século xx até o término da segunda guerra mundial, com base na vida de olmo, filho bastardo de camponeses, e alfredo, herdeiro de uma rica fam&ia


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a familia
o filme focaliza a história da itália no século xx, através da vida da abastada família do intelectual carlo, caracterizando a bipolarização ideológica entre fascismo e comunismo que marcou o mundo d


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a lista de schindler
aproveitando a recente decisão do governo e de empresas alemãs em indenizar as vitimas do holocausto, conheça o principal filme sobre o trabalho escravo de judeus durante a segunda guerra.


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a missÃo
o filme retrata a "guerra guaranítica" na região de sete povos das missões, no final do século xviii, época dos tratados de fronteiras assinaados entre portugal e espanha.


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a odisséia
as aventuras de odisseu com os mitos e lendas característicos da grécia homérica, numa megaprodução de francis ford coppola.


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a rainha margot
o filme retrata a frança em 1572, quando do casamento da católica marguerite de valois e o protestante henri de navarre, acaba servindo de estopim para um violento massacre de protestantes conhecido como a "noite de são bartolomeu".


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aguirre, a cólera dos deuses
no século xvi, uma expedição de conquisladores espanhóis, enfrentando a febre, os índios e as feras, entra na selva amazônica em busca do eldorado, o fabuloso reino de ouro.


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amistad
o filme de spielberg retrata o julgamento de 53 negros nos estados unidos, que na tentativa de fugir para África, matam a maior parte da tripulação do navio negreiro la amistad em 1839.


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arquitetura da destruição
este filme é considerado um dos melhores estudos sobre o nazismo. lembra que chamar hitler de artista medíocre não elimina os estragos causados por sua estratégia de conquista universal.


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baile perfumado
amigo do padre cícero, o fotógrafo benjamim abrahão, parte para o sertão nordestino, para filmar lampião e seu bando nos anos 30.


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brava gente brasileira
a ficção passa-se no atual mato grosso do sul, quando no final do século xviii, um grupo de portugueses designados para fazer um levantamento topográfico na região do pantanal se envolve com estupro de índias da t


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cabra marcado para morrer
o filme 'cabra marcado para morrer' é um documento singular, um filme dentro do filme, em que personagens, equipe técnica e elenco se integram retratando a realidade da ditadura militar no brasil nos anos 60 e 70.


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carlota joaquina, princesa do brasil
a morte do rei de portugal d. josé i em 1777 e a declaração de insanidade de d. maria i em 1972, levam seu filho d. joão e sua mulher, a espanhola carlota joaquina, ao trono português.


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casanova e a revolução
mais uma obra prima de etore scola que, através de diferentes personagens, mostra as diversas visões sobre a revolução francesa, em meio a fuga de luís xvi.


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central do brasil
através da vida de uma professora, que ganha a vida escrevendo cartas para analfabetos, e de um garoto nordestino, que perde sua mãe em um acidente no rio de janeiro, a obra, retrata os problemas sociais que afetam a população


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cidade de deus
o filme cidade de deus, bem como seu sucesso de bilheteria, constitui um fato político, pois desnuda o brasil da dívida social e dos excluídos.


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contexto

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critica do signo do caos

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dança com lobos
depois de ter sido condecorado por bravura na guerra de secessão, o tenente da união john dubar retira-se do tenessee para um forte no sioux em 1863. esgotado com os valores da sociedade, passa a viver harmoniosamente com os indígena


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danton, o processo da revoluÇÃo
na fase popular da rev. francesa, instala-se o período do "terror", quando a radicalização revolucionária dos jacobinos encabeçada por robespierre inicia um violento processo político com expurgos, manipulaç


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eh pagu, eh
premiado como melhor documentário e melhor roteiro no xv festival de cinema de brasília, eh pagu, eh!, dirigido por ivo branco é agora lançado em vídeo.


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elisabeth
o filme analisa a inglaterra absolutista de elizabeth i (isabel, a rainha virgem), que subiu ao trono em 1558 para tornar-se a mulher mais poderosa do mundo.


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em nome do pai
em 1974, um atentado a bomba produzido pelo ira (exército republicano irlandês) mata cinco pessoas num pub de guilford, arredores de londres. o jovem rebelde irlandês gerry conlon e três amigos são presos e condenados pelo


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evita
o filme retrata a vida de evita perón, artista casada com o presidente da argentina e que tornou-se a "mãe dos descamisados" no contexto do populismo.


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gandhi
clássico do cinema épico, o filme é uma pequena biografia de mahatma gandhi, considerado o principal líder no processo de independência da Índia, com seu ideal de "resistência pacífica".


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hércules 56
documentário sobre a luta armada contra o regime militar. promoÇÃo do historianet e rio filmes, confira!


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indochina
a indochina, colonizada pela frança desde o final do século xix, é retratada nesse filme através do cotidiano de uma órfã vietnamita adotada por um casal de franceses. a crise do imperialismo e a revoluç&at


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joana d'arc
o filme retrata a figura de joana dâ?tarc, através de uma aventura estilizada e uma versão mais humanizada do mito que se tornou a jovem de origem camponesa que conseguiu exaltar o nacionalismo francês, na luta contra os ingleses duran


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lutero
doutorado em teologia, lutero não conseguia compreender alguns dogmas da igreja católica para com seus súditos. como por exemplo, a "oferta" de indulgências aos fiéis, em troca da salvação de suas almas do purgatório.


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mauÁ, o imperador e o rei
o filme mostra a infância, o enriquecimento e a falência do barão de mauá (1813-1889), empreendedor gaúcho, considerado o primeiro grande empresário brasileiro, responsável por uma série de iniciativas


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missing - desaparecido
o chile pós-golpe de estado, os primeiros dias da repressão e todo horror da ditadura chilena, considerada uma das mais violentas da américa latina, são fielmente retratados pelo filme.


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nós que aqui estamos por vós esperamos
um filme que resgata o século xx através de imagens que marcaram as principais transformações ocorridas na história.


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notas do diretor

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o Último dos moicanos
em 1757 franceses e ingleses na guerra dos 7 anos (1756-1763) lutam pela posse de terras na américa do norte, usando como soldados índios de diferentes tribos.


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o Último imperador
o filme faz uma retrospectiva da trágica saga de pu yi, herdeiro do trono chinês, que foi criado em meio à realeza, mas com a tomada do poder pelos comunistas, é deposto, ainda adolescente, e tem que se adaptar à vida no


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o encouraçado potemkin
o filme retrata a revolução de 1905 na rússia, que pode ser considerado um movimento democrático, contra o autoritarismo do czar.


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o gladiador
em cartaz em diversos cinemas do país, o filme é uma ficção, porém retrata aspectos importantes da vida cotidiana do império romano.


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o incrível exército de brancaleone
o filme é uma das mais clássicas comédias de época do cinema italiano, retratando a baixa idade média, através do cavaleiro brancaleone, que lidera um pequeno e esfarrapado exército.


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o nome da rosa
estranhas mortes começam a ocorrer num mosteiro beneditino localizado na itália durante a baixa idade média, onde as vítimas aparecem sempre com os dedos e a língua roxos.


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o sétimo selo
o filme do consagrado diretor ingmar bergman mostra a crise de um cavaleiro medieval diante da morte no século xiv assolado pela "peste negra".


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o signo do caos

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o sol - caminhando contra o vento
o filme retrata a história do jornal o sol, um dos primeiros veículos da imprensa nativa brasileira, produzido diariamente durante seis meses, num período conturbado, em 1968, momentos antes do governo militar decretar o ai-5. o diário impresso falava de cultura, política e educação por meio de sátiras.


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o tigre e o dragão
o filme mescla um romance épico com artes marciais, para retratar a china no início do século xix, através da disputa de dois casais de guerreiros por uma espada lendária.


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olga
estréia no próximo dia 20 de agosto o filme olga, dirigido por jaime monjardim e baseado no best seller de fernando moraes. vale a pena conferir e trabalhar em sala de aula.


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os dez mandamentos
o filme retrata importantes passagens na vida dos hebreus, que por volta de 1250 a c. conduzidos por moisés, fogem do egito, onde viviam na condição de escravos, para palestina. essa fuga é conhecida na bíblia como "&eci


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os duelistas
através de uma série de duelos entre dois cavaleiros, o filme retrata o contexto que caracterizou a frança e a europa napoleônicas no início do século xix.


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pelle, o conquistador
o filme retrata a vida de pelle, um menino pobre, que com seu envelhecido e viúvo pai, emigra da suécia para dinamarca, à procura de trabalho, enfrentando os problemas sociais produzidos pela crise do capitalismo no contexto da segund


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platoon
o filme do diretor oliver stone, que combateu no vietnã, é uma das primeiras obras críticas do cinema norte-americano sobre o maior fracasso militar da história dos estados unidos.


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quilombo
em meados do século xvii, escravos fugidos das plantações canavieiras do nordeste, organizam uma república livre, o quilombo dos palmares. o quilombo sobreviveu por mais de 70 anos, até a destruição final.


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reds
a vida do jornalista e militante comunista norte-americano john reed, autor do clássico os dez dias que abalaram o mundo, é retratada desde a sua militância nos estados unidos, até a sua participação na revolu&cced


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rei david
saul, o primeiro rei dos hebreus, foi sucedido por david em 1006 a. c. que destacou-se por derrotar o gigante filisteu, golias.


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senta a pua!
o filme resgata a participação do brasil na segunda guerra mundial através de depoimentos de pessoas envolvidas no primeiro grupo de aviação de caça do brasil.


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soldado de deus
o filme faz um retrato do que foi o integralismo e sua importância na vida política brasileira.


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sunshine - o despertar de um século
em um dos mais recentes filmes de istván szabó, o ator ralph fiennes, interpreta pai, filho e neto em três gerações de um clã de judeus, que vai perdendo a identidade em meio ao anti-semitismo, guerras e persegui&c


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tempo de glória
durante a guerra de secessão, líderes civis e militares do norte decidem criar o primeiro regimento negro dos eua. comandados por um oficial branco, os homens lutam pela liberdade e pela cidadania.


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tempos modernos
trata-se do último filme mudo de chaplin, que focaliza a vida urbana nos estados unidos nos anos 30, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da populaç


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terra e liberdade
o filme retrata a guerra civil espanhola (1936 - 1939), momento em que a esquerda, mundialmente, uniu-se em torno de uma causa.


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xica da silva
na segunda metade do século xviii, uma escrava negra se torna o centro das atenções no distrito diamantino, onde estão as minas mais ricas do país.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dicas de Leitura

3os

Nacionalismo, racismo e futebol: razão e paixão
www.espacoacademico.com.br/062/62ozai.htm - 41k -


Jovem na Sacada G. Balla 1912


O Cavaleiro do Apocalipse - C. Carra 1908


Transformação Espiritual - G. Balla 1918



Deixando o teatro . Carlo Carra

Manifesto Futurista

O Manifesto Futurista foi escrito por Fillippo Marinetti e publicado em "Lo Figaro" em 20 de fevereiro de 1909.



1. Queremos cantar o amor do perigo, o hábito da energia e da temeridade.

2. A coragem, a audácia, a rebelião, serão elementos essenciais da nossa poesia.

3. Até hoje, a literatura exaltou a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insónia febril, o passo de corrida, o salto mortal, a bofetada e o sopapo.

4. Declaramos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um carro de corrida com a carroçaria enfeitada por grandes tubos de escape como serpentes de respiração explosiva… um carro tonitruante que parece correr entre a metralha é mais belo do que a Vitória de Samotrácia.

5. Queremos cantar o homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada, por sua vez, em corrida no circuito da sua órbita.

6. O poeta terá de se prodigar, com ardor, refulgência e prodigalidade, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.

7. Não há beleza senão na luta. Nenhuma obra que não tenha um carácter agressivo pode ser considerada obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças ignotas, para reduzi-las a prostrar-se perante o homem.

8. Estamos no promontório extremo dos séculos!… Porque deveremos olhar para detrás das costas se queremos arrombar as misteriosas portas do impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós vivemos já no absoluto, pois já criámos a eterna velocidade.

9. Nós queremos glorificar a guerra, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias por que se morre e o desprezo da mulher.

10. Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de todo o tipo e combater o moralismo, o feminismo e todas as vilezas oportunistas ou utilitárias.

11. Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela revolta; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas eléctricas; as gulosas estações de caminho-de-ferro engolindo serpentes fumegantes; as fábricas suspensas das nuvens pelas fitas do seu fumo; as pontes que saltam como atletas por sobre a diabólica cutelaria dos rios ensolarados; os aventureiros navios a vapor que farejam o horizonte; as locomotivas de vasto peito, galgando os carris como grandes cavalos de ferro curvados por longos tubos e o deslizante voo dos aviões cujos motores drapejam ao vento como o aplauso de uma multidão entusiástica.


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É da Itália que lançamos ao mundo este manifesto de violência arrebatadora e incendiária com o qual fundamos o nosso Futurismo, porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, arqueólogos, cicerones e antiquários.

Há muito tempo a Itália vem sendo um mercado de belchiores. Queremos libertá-la dos incontáveis museus que a cobrem de cemitérios inumeráveis.

Museus: cemitérios!... Idênticos, realmente, pela sinistra promiscuidade de tantos corpos que não se conhecem. Museus: dormitórios públicos onde se repousa sempre ao lado de seres odiados ou desconhecidos! Museus: absurdos dos matadouros dos pintores e escultores que se trucidam ferozmente a golpes de cores e linhas ao longo de suas paredes!

Que os visitemos em peregrinação uma vez por ano, como se visita o cemitério no dos dos mortos, tudo bem. Que uma vez por ano se desponta uma coroa de flores diante da Gioconda, vá lá. Mas não admitimos passear diariamente pelos museus nossas tristezas, nossa frágil coragem, nossa mórbida inquietude. Por que devemos nos envenenar? Por que devemos apodrecer?

E que se pode ver num velho quadro senão a fatigante contorção do artista que se empenhou em infringir as insuperáveis barreiras erguidas contra o desejo de exprimir inteiramente o seu sonho?... Admirar um quadro antigo equivalente a verter a nossa sensibilidade numa urna funerária, em vez de projetá-la para longe, em violentos arremessos de criação e de ação.

Quereis, pois, desperdiçar todas as vossas melhores forças nessa eterna e inútil admiração do passado, da qual saís fatalmente exaustos, diminuídos e espezinhados?

Em verdade eu vos digo que a frequentação cotidiana dos museus, das bibliotecas e das academias (cemitérios de esforços vãos, calvários de sonhos crucificados, registros de lances truncados!...) é, para os artistas, tão ruinosa quanto a tutela prolongada dos pais para certos jovens embriagados por seu os prisioneiros, vá lá: o admirável passado é talvez um bálsamo para tantos os seus males, já que para eles o futuro está barrado... Mas nós não queremos saber dele, do passado, nós, jovens e fortes futuristas!

Bem-vindos, pois, os alegres incendiários com seus dedos carbonizados! Ei-los!... Aqui!... Ponham fogo nas estantes das bibliotecas!... Desviem o curso dos canais para inundar os museus!... Oh, a alegria de ver flutuar à deriva, rasgadas e descoradas sobre as águas, as velhas telas gloriosas!... Empunhem as picaretas, os machados, os martelos e destruam sem piedade as cidades veneradas!

Os mais velhos dentre nós têm 30 anos: resta-nos assim, pelo menos um decênio mais jovens e válidos que nós jogarão no cesto de papéis, como manuscritos inúteis. - Pois é isso que queremos!

Nossos sucessores virão de longe contra nós, de toda parte, dançando à cadência alada dos seus primeiros cantos, estendendo os dedos aduncos de predadores e farejando caninamente, às portas das academias, o bom cheiro das nossas mentes em putrefação, já prometidas às catacumbas das bibliotecas.

Mas nós não estaremos lá... Por fim eles nos encontrarão - uma noite de inverno - em campo aberto, sob um triste galpão tamborilado por monótona chuva, e nos verão agachados junto aos nossos aeroplanos trepidantes, aquecendo as mãos ao fogo mesquinho proporcionado pelos nossos livros de hoje flamejando sob o vôo das nossas imagens.

Eles se amotinarão à nossa volta, ofegantes de angústia e despeito, e todos, exasperados pela nossa soberba, inestancável audácia, se precipitarão para matar-nos, impelidos por um ódio tanto mais mais implacável quanto seus corações estiverem ébrios de amor e admiração por nós.

A forte e sã Injustiça explodirá radiosa em seus olhos - A arte, de fato, não pode ser senão violência, crueldade e injustiça.

Os mais velhos dentre nós têm 30 anos: no entanto, temos já esbanjado tesouros, mil tesouros de força, de amor, de audácia, de astúcia e de vontade rude, precipitadamente, delirantemente, sem calcular, sem jamais hesitar, sem jamais repousar, até perder o fôlego... Olhai para nós! Ainda não estamos exaustos! Nossos corações não sentem nenhuma fadiga, porque estão nutridos de fogo, de ódio e de velocidade!... Estais admirados? É lógico, pois não vos recordais sequer de ter vivido! Eretos sobre o pináculo do mundo, mais uma vez lançamos o nosso desafio às estrelas!

Vós nos opondes objeções?... Basta! Basta! Já as conhecemos... Já entendemos!... Nossa bela e mendaz inteligência nos afirma que somos o resultado e o prolongamento dos nossos ancestrais. - Talvez!... Seja!... Mas que importa? Não queremos entender!... Ai de quem nos repetir essas palavras infames!...

Cabeça erguida!...

Eretos sobre o pináculo do mundo, mais uma vez lançamos o nosso desafio às estrelas."


QUEM FOI MARINETTI

Marinetti, Filippo Tommaso

O futurismo, movimento estético surgido no início do século XX em oposição às fórmulas tradicionais e acadêmicas, teve no escritor italiano Filippo Tommaso Marinetti seu fundador e principal teórico.

Marinetti nasceu em 22 de dezembro de 1876 em Alexandria, Egito. Estudou em seu país e depois na Itália, Suíça e França, onde viveu muito tempo. Em 20 de fevereiro de 1909 publicou no jornal Le Figaro, de Paris, o primeiro manifesto futurista, em que expunha a necessidade de abandonar as velhas fórmulas e criar uma arte livre e anárquica, capaz de expressar o dinamismo e a energia da moderna sociedade industrial. As idéias de Marinetti foram adotadas por artistas como Umberto Boccioni, Giacomo Balla e Gino Severini, que em 1910 publicaram seu próprio manifesto.

A obra teatral Le Roi bombance (1909; O rei pândego) e o romance Mafarka le futuriste (1910; Mafarka o futurista), ambos em francês, constituíram a expressão literária das teorias de Marinetti, modeladas na estrutura caótica da trama e no emprego de livres associações lingüísticas. Em Guerra sola igiene del mondo (1915; Guerra, única higiene do mundo), defendeu a intervenção italiana na primeira guerra mundial. Tornou-se ativo militante fascista e, em Futurismo e fascismo (1924), chegou a afirmar que a ideologia fascista representava uma extensão natural das idéias futuristas. Marinetti morreu em Bellagio, Itália, em 2 de dezembro de 1944.

©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

História Oral

O que é História Oral







A história oral é uma metodologia de pesquisa que consiste em realizar entrevistas gravadas com pessoas que podem testemunhar sobre acontecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida ou outros aspectos da história contemporânea. Começou a ser utilizada nos anos 1950, após a invenção do gravador, nos Estados Unidos, na Europa e no México, e desde então difundiu-se bastante. Ganhou também cada vez mais adeptos, ampliando-se o intercâmbio entre os que a praticam: historiadores, antropólogos, cientistas políticos, sociólogos, pedagogos, teóricos da literatura, psicólogos e outros.

No Brasil, a metodologia foi introduzida na década de 1970, quando foi criado o Programa de História Oral do CPDOC. A partir dos anos 1990, o movimento em torno da história oral cresceu muito. Em 1994, foi criada a Associação Brasileira de História Oral, que congrega membros de todas as regiões do país, reúne-se periodicamente em encontros regionais e nacionais, e edita uma revista e um boletim. Dois anos depois, em 1996, foi criada a Associação Internacional de História Oral, que realiza congressos bianuais e também edita uma revista e um boletim. No mundo inteiro é intensa a publicação de livros, revistas especializadas e artigos sobre história oral. Há inúmeros programas e pesquisas que utilizam os relatos pessoais sobre o passado para o estudo dos mais variados temas.

As entrevistas de história oral são tomadas como fontes para a compreensão do passado, ao lado de documentos escritos, imagens e outros tipos de registro. Caracterizam-se por serem produzidas a partir de um estímulo, pois o pesquisador procura o entrevistado e lhe faz perguntas, geralmente depois de consumado o fato ou a conjuntura que se quer investigar. Além disso, fazem parte de todo um conjunto de documentos de tipo biográfico, ao lado de memórias e autobiografias, que permitem compreender como indivíduos experimentaram e interpretam acontecimentos, situações e modos de vida de um grupo ou da sociedade em geral. Isso torna o estudo da história mais concreto e próximo, facilitando a apreensão do passado pelas gerações futuras e a compreensão das experiências vividas por outros.

O trabalho com a metodologia de história oral compreende todo um conjunto de atividades anteriores e posteriores à gravação dos depoimentos. Exige, antes, a pesquisa e o levantamento de dados para a preparação dos roteiros das entrevistas. Quando a pesquisa é feita por uma instituição que visa a constituir um acervo de depoimentos aberto ao público, é necessário cuidar da duplicação das gravações, da conservação e do tratamento do material gravado. É o que faz o Programa de História Oral do CPDOC.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Enem terá ao menos duas edições por ano

Folha de S. Paulo
Objetivo é se adaptar ao calendário das federais que têm mais de um vestibular anual, segundo ministro da Educação

No primeiro semestre de 2010, a prova deve ocorrer entre março e abril; edição deste ano está marcada para 3 e 4 de outubro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O novo Enem, criado para substituir o vestibular nas universidades federais, terá pelo menos duas edições por ano, disse ontem o ministro Fernando Haddad (Educação).
A ideia é se adaptar ao calendário das universidades -algumas fazem mais de um vestibular por ano. A prova deste ano ocorrerá em outubro; a primeira de 2010, em março ou abril.
Há a possibilidade de o MEC promover mais de duas edições por ano, mas isso depende de orçamento, afirmou o ministro.
Até agora, 21 das 55 universidades federais anunciaram que vão aderir ao exame como única forma de seleção; sete não vão usar a prova neste ano.

Razões da mudança
O antigo Enem foi criado para o aluno se autoavaliar. Depois, passou a fazer parte do vestibular de faculdades e foi utilizado para comparar os desempenhos das escolas.
O ministério tem dois objetivos com a mudança: unificar a seleção de calouros para as federais e reestruturar o currículo do ensino médio.
O governo federal também entende que o modelo atual, em que cada universidade tem o seu vestibular, prejudica os estudantes com menor renda, que precisam se deslocar para diversas cidades.
Na nova modalidade, o número de questões passa de 63 para 200, mais a redação. Serão dois dias de prova.
As notas do Enem não terão validade limitada, já que o nível de dificuldade será sempre o mesmo. Um aluno pode, por exemplo, usar a nota de 2009 em uma seleção de 2011.
O novo exame é inspirado no modelo americano de seleção (SAT), que acontece sete vezes por ano. Ontem, o ministro apresentou a reitores das universidades a lista de conteúdos e habilidades exigidos na prova.
A ideia é que o novo Enem mantenha a maneira como as perguntas hoje são formuladas, privilegiando a capacidade de raciocínio em detrimento da memorização. A prova deverá ainda exigir um pouco mais de conteúdo informativo, mas sem decoreba.
A lista desses conteúdos será divulgada hoje no site do MEC. Segundo o ministro, ela corresponderá àquilo que já é ensinado hoje no ensino médio, até para que os estudantes não sejam prejudicados. "O aluno que se saía bem no vestibular tradicional vai se sair igualmente bem no novo Enem", afirmou.
Amaro Lins, presidente da Andifes (associação dos reitores das universidades federais), diz que na prova de matemática, por exemplo, será avaliada a capacidade de interpretação de gráficos e a ligação de disciplina com fenômenos do dia a dia.
Um simulado será divulgado pelo MEC nas próximas semanas. No exame, as 200 questões terão diferentes níveis de dificuldade. As mais complexas são fundamentais para permitir uma melhor seleção de alunos em carreiras mais concorridas, como medicina.análise

Em 400 anos, provas quase não mudaram
HÉLIO SCHWARTSMAN
DA REDAÇÃO

Apesar da revolução científica e de avanços na pedagogia, a noção de prova escolar sofreu muito poucas alterações desde sua criação pelos jesuítas quatro séculos atrás.
Tamanha estabilidade se justifica: o conceito funciona. Não é preciso mais do que fazer algumas perguntas aos alunos para distinguir aqueles que dominam a matéria dos que aprenderam pouco. Embora muitos tentem, é difícil enganar uma prova.
Mesmo testes de múltipla escolha, criticados por nove entre dez pedagogos, são bastante eficientes na hora de separar bons de maus alunos.
Estudo da Fuvest divulgado em 2005 mostrou que, se a segunda fase do exame (da qual constam as questões dissertativas) fosse eliminada, a relação final dos aprovados mudaria pouco, de 3% a 6%. Ou seja, em um curso com 50 vagas oferecidas, no máximo três vestibulandos que não estivessem entre os 50 mais bem posicionados nos testes da primeira etapa seriam aprovados por conta de seu desempenho nas respostas escritas.
Isso não significa que não haja vantagens em substituir os vestibulares pelo Enem. Elas existem e são muitas. As mais palpáveis são de ordem logística. O candidato a uma vaga no ensino superior não precisaria mais submeter-se a uma maratona de provas. Também seria poupado das múltiplas taxas de exame cobradas pelas universidades.
Igualmente interessante, o sistema de ensino superior ganharia mobilidade. Um aluno formado no Nordeste, por exemplo, munido de sua nota nacional teria melhores condições de pleitear vagas em instituições do Sudeste.
Outro efeito positivo tende a dar-se sobre a organização dos "curricula". Atualmente, são os principais vestibulares que, numa inversão de papéis, acabam definindo o que as escolas ensinam. Um colégio pode até querer ensinar linguística em vez de gramática prescritiva ou mecânica quântica no lugar de física newtoniana -posições em princípio justificáveis-, mas dificilmente o fará porque precisa responder à demanda de preparar seus alunos para o vestibular.
Se o novo Enem de fato ganhar aceitação e firmar-se como uma prova que valorize mais a capacidade de raciocínio do que a memorização de conteúdos, as escolas não precisariam desdobrar-se para cobrir toda a matéria exigida nos vestibulares. Reencontrariam, então, espaço para trabalhar melhor o que consideram ser suas prioridades e até para experimentar um pouco mais.

sábado, 9 de maio de 2009

Dicas de Leitura Maio 2009

"Vírus da gripe suína não é mais grave que o de gripe comum", diz especialista
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u563062.shtml

Brasil e Paraguai não fecham acordo sobre Itaipu
http://www.estadao.com.br/noticias/economia,brasil-e-paraguai-nao-fecham-acordo-sobre-itaipu-,367527,0.htm

América do Sul está preparada para a gripe, diz OMS
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,america-do-sul-esta-preparada-para-a-gripe--diz-oms,367663,0.htm

Mapa da gripe Suína
http://www.estadao.com.br/especiais/mapa-da-gripe-suina,56142.htm

"A cultura do Brasil é de degradação"
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2060/a-cultura-do-brasil-e-de-degradacao-ambientalista-diz-que-132804-1.htm

A energia que vem das estradas
Através de geradores, israelenses transformam o tráfego intenso de veículos em eletricidade
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2060/tecnologiaa-energia-que-vem-das-estradasatraves-de-geradores-israelenses-transformam-132839-1.htm

Gripe Suína -
http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2009/gripesuina/

África do Sul encerra apuração com vitória do partido governista; Zuma deve ser novo presidente
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u556208.shtml

Lula diz que não há crime em deputado levar mulher para Brasília com passagem da Câmara
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u559135.shtml

Justiça e PF iniciam operação para retirada de não índios da Raposa/Serra do Sol
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u559100.shtml "A cultura do Brasil é de degradação"
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2060/a-cultura-do-brasil-e-de-degradacao-ambientalista-diz-que-132804-1.htm

Gripe Suína -
http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2009/gripesuina/

África do Sul encerra apuração com vitória do partido governista; Zuma deve ser novo presidente
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u556208.shtml

Lula diz que não há crime em deputado levar mulher para Brasília com passagem da Câmara
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u559135.shtml

Justiça e PF iniciam operação para retirada de não índios da Raposa/Serra do Sol
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u559100.shtml

domingo, 3 de maio de 2009

Gripe Espanhola - História

30/04/2009 - 08h24
Gripe de 1918 matou entre 20 milhões e 100 milhões no mundo; leia trecho de livro

da Folha Online

A "Gripe de 1918", também conhecida como "Gripe Espanhola", é apontada como a mais devastadora de todos os tempos. Historiadores estimam que o vírus matou entre 20 milhões e 100 milhões de pessoas em diversos países do mundo.

"Acabou tão misteriosamente como surgiu. E quando tudo estava terminado, a humanidade havia sido abalada por uma doença que em poucos meses tinha matado mais gente do que qualquer outra enfermidade na história do mundo", afirma a americana Gina Kolata, repórter especializada em ciências do New York Times e autora do livro "Gripe: A História da Pandemia de 1918" (Record, 2002).

No livro, a repórter americana conta a história da mortífera "Gripe de 1918", investiga sua origem e revela os erros e acertos dos homens que tentaram combatê-la.

Leia abaixo trecho de introdução do primeiro capítulo do livro.

Atenção: o texto reproduzido abaixo mantém a ortografia original do livro e não está atualizado de acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico. Conheça o livro "Escrevendo pela Nova Ortografia".

*
Logo a praga estava por toda parte. E ninguém estava a salvo. A doença afetou os jovens e saudáveis. Um dia você estava muito bem, forte e invulnerável. Podia estar ocupado, trabalhando em seu escritório. Ou talvez estivesse tricotando um cachecol para as tropas de bravos soldados que lutavam na guerra para acabar com todas as guerras. Ou talvez você fosse um soldado recebendo treinamento básico, pela primeira vez longe de casa e da família.

Divulgação

Capa do livro "Gripe: A História da Pandemia de 1918", de Gina Kolata
Você começava sentindo uma forte dor de cabeça. Seus olhos começavam a arder. Vinham os calafrios e você ia para a cama, enrolado em cobertores. Mas não havia nem manta nem cobertor que conseguisse aquecê-lo. Você adormecia sem repousar, delirando e tendo pesadelos à medida que a febre aumentava. E quando você começava a despertar, entrando num estado de semiconsciência, seus músculos doíam e sua cabeça latejava e, de alguma maneira, ficava sabendo aos poucos que, embora seu corpo gritasse debilmente "não", você caminhava para a morte. Isso podia durar alguns dias, ou algumas horas, mas nada podia deter o progresso da doença. Médicos e enfermeiras aprenderam a reconhecer os sinais. Seu rosto assumia um tom castanho arroxeado escuro. Você começava a tossir sangue. Seus pés ficavam pretos. Por último, quando o fim já estava próximo, você sentia uma terrível falta de ar. Uma saliva tingida de sangue saía de sua boca. Você morria --afogado, na verdade-- à medida que seus pulmões enchiam-se de um líquido avermelhado.

E quando fosse fazer a autópsia, o médico observaria que seus pulmões estavam pesados e encharcados em seu peito, saturados de um líquido sanguinolento ralo, inútil, como pequenos pedaços de fígado.

A praga de 1918 foi chamada de gripe, mas não era como nenhuma outra gripe já vista. Parecia mais a concentração de alguma profecia bíblica, algo como o Apocalipse, que dizia que o mundo seria primeiro assolado pela guerra, depois pela fome e, em seguida, com o rompimento do quarto selo do rolo de pergaminho prevendo o futuro, o aparecimento de um cavalo, "amarelo-pálido; o que estava montado nele tinha por nome Morte e seguia-o o Inferno".

A praga irrompeu em setembro daquele ano e, ao terminar, meio milhão de americanos haviam morrido. A doença espalhou-se às partes mais remotas do globo. Alguns povoados esquimós foram dizimados, praticamente eliminados da face da terra. Vinte por cento dos habitantes da Samoa Ocidental pereceram. E onde quer que atacasse, o vírus infectava um grupo normalmente de pequeno risco - jovens adultos que em geral são poupados da devastação das doenças infecciosas. As curvas de mortalidade tinham a forma de "W", com picos para os bebês e crianças com menos de 5 anos, para os mais velhos na faixa de 70 a 74 anos e para pessoas de 20 a 40 anos de idade.

Crianças tornavam-se órfãs, famílias eram destruídas. Alguns sobreviventes diziam ter sido algo tão horrível que não queriam sequer falar no assunto. Outros tentavam interpretá-la como mais um pesadelo da guerra, assim como a luta nas trincheiras e o gás mostarda. Ela veio quando o mundo estava cansado da guerra. Varreu o globo em meses e, junto com a guerra, se foi. Acabou tão misteriosamente como surgiu. E quando tudo estava terminado, a humanidade havia sido abalada por uma doença que em poucos meses tinha matado mais gente do que qualquer outra enfermidade na história do mundo.

Quando pensamos em pragas, imaginamos terríveis e estranhas doenças. Aids. Ebola. Esporos de Antraz. E, naturalmente, a Peste Negra. Preocupamo-nos com sintomas horripilantes --pústulas ou golfadas de sangue saindo por todos os orifícios. Ou homens jovens, que tinham o físico de deuses olímpicos, reduzidos a figuras esqueléticas, cambaleando pelas ruas com seus membros raquíticos, apoiando-se em bengalas, tiritando de frio. Hoje nossa preocupação é a guerra biológica - um novo vírus feito de uma combinação de varíola e antraz ou varíola e Ebola. Ou nos preocupamos com a possibilidade de uma nova doença terrível estar sendo incubada em algum lugar, em uma região quente, e estar sendo preparada, com a destruição de antigas florestas, para de repente surgir e matar a todos nós.

Mas a gripe jamais figura na lista das pragas letais. Ela parece ser inócua. Aparece no inverno e todos a contraem mais cedo ou mais tarde. Uma vez que alguém adoece, não existe um tratamento eficiente, mas isso não importa. Praticamente todo mundo fica bem novamente, muito poucos não se recuperam. Trata-se apenas de uma doença inconveniente, que inflige, em geral, cerca de uma semana de sofrimento. Não se supõe que gripe seja uma doença letal, pelo menos para adultos jovens, que têm poucas razões para temer a morte e as enfermidades. O próprio nome em inglês e em italiano, influenza, insinua sua característica de aparecer periodicamente a cada inverno. Influenza é uma palavra italiana que, sendo uma hipótese, foi cunhada pelas vítimas da doença na Itália em meados do século XVIII. Influenza di freddo significa "influência do frio".

A gripe parece ser entretanto inevitável. Ela se dissemina pelo ar e pouco pode ser feito para evitar que sejamos infectados. "Eu sei como contrair Aids", diz Alfred W. Crosby, um historiador da gripe de 1918. "E não sei como pegar gripe."

E talvez porque a gripe seja tão familiar, o terror que provocou em 1918 foi muito assustador. É como uma história macabra de ficção científica em que o que é comum torna-se monstruoso. Quando a doença foi observada pela primeira vez, os médicos relutaram mesmo em chamá-la de gripe. Parecia ser uma nova doença, diziam eles. Alguns chamaram-na de broncopneumonia, outros de infecção respiratória epidêmica. Alguns médicos sugeriram que poderia ser cólera ou tifo, ou talvez dengue ou botulismo. Outros diziam ainda que era simplesmente uma doença pandêmica não-identificada. Os que usavam o termo "gripe" insistiam em colocá-lo entre aspas.

Uma forma de se contar a história da gripe de 1918 é através de fatos e imagens, uma coleção de dados de impacto é entorpecedor e de magnitude quase inconcebível. Quantos adoeceram? Mais de 25 por cento da população dos Estados Unidos. O que se passou com os que prestavam serviço militar, aqueles rapazes jovens e saudáveis que foram os alvos favoritos do vírus? A Marinha informou que 40 por cento de seus membros contraíram a gripe em 1918. O Exército estimava que cerca de 36 por cento de seus membros foram atacados. Quantos morreram no mundo todo? As estimativas vão de 20 a mais de 100 milhões, mas o número verdadeiro jamais poderá ser conhecido. Muitos lugares atacados pela gripe não apresentam estatísticas de mortalidade e, mesmo em países como os Estados Unidos, os esforços para registrar as mortes pela gripe foram complicados pelo fato de naquela época não haver um exame definitivo que realmente mostrasse que uma pessoa tinha a gripe.

E além disso a baixa estimativa do número de óbitos é surpreendente. Em comparação, a Aids matou 11,7 milhões de pessoas em 1997. A Primeira Guerra Mundial foi responsável por 9,2 milhões de mortes em combate e por um total de cerca de 15 milhões de mortes. A Segunda Guerra por 15,9 mortes em combate. O historiador Crosby chama a atenção para o fato de que, qualquer que seja o número exato de baixas ocasionadas pela gripe de 1918, uma coisa é indiscutível: o vírus "matou mais seres humanos do que qualquer outra doença num período de mesma duração na história mundial".

*
"Gripe: A História da Pandemia de 1918"
Autor: Gina Kolata

sexta-feira, 1 de maio de 2009

EXPANSÃO MARÍTIMO COMERCIAL Links

www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u13316.shtml - 30k -

pt.shvoong.com/social-sciences/1738724-expansão-maritima-comercial/ - 71k -

pt.shvoong.com/humanities/h_history/1695853-expansão-maritima-comercial/ - 68k -

www.10emtudo.com.br/demo/historia/expansao_maritimo_comercial/index_1.html - 13k -

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